Vocês não esperavam que o "em breve" fosse tão breve assim, né? EHUEHUEHUE Mas é isso mesmo, fadas existem e milagres acontecem! Eu, Bea, quero reforçar o que a wifey disse nas notas do capítulo anterior e creio que as coisas vão melhorar um pouco por aqui, para voltarmos ao nosso ritmo. Entretanto, reforço também uma cautela para a leitura desse capítulo também. Creio que aqui fechamos um arco importante pra história, pingamos alguns "is" e agora vamos lidar com as consequências do que vem pela frente. No mais, nos vemos lá embaixo!
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Emma Swan
Minha rotina dos últimos dias aparentavam ser muito iguais. Eu não conseguia dormir durante a noite, passava a manhã com a minha mãe e durante as tardes, ligava a TV na sala para fingir assistir algo, enquanto tentava recuperar a noite de sono perdido sem levantar qualquer suspeita do motivo que não me deixava dormir no meu próprio quarto. Era a morte de Daniel.
Nunca me considerei uma garota medrosa, não tinha medo de dormir no escuro e nunca temi demônios ou fantasmas porque nunca acreditei neles de fato. Meu subconsciente não me deixava dormir no meu quarto sem que uma ansiedade me consumisse durante a noite e me fizesse despertar com as mesmas palavras que me perseguiam há dias: Regina. Daniel. Varanda. Homicídio.
Por mais que eu tentasse juntar as peças desse maldito quebra-cabeça, nada se encaixava ao ponto de compreender porquê teriam matado seu ex namorado. Eu despertava, olhava para as portas fechadas da varanda, imaginava alguém entrando aqui e isso foi o suficiente para que eu arrumasse desculpas para não dormir ali dentro.
Com a chegada do natal, a aproximação do ano novo e o fato de estarmos sem aula, fez com que os meus pais não se importassem tanto de me deixar sair para dormir na minha tia Ingrid ou na casa da Ruby. E nesses últimos dias após o natal, poder ficar longe de casa sem ter que dar explicações que não fosse "curtir o ano novo", me deixou mais relaxada.
Precisei voltar pra casa apenas no penúltimo dia do ano, minha mãe estava dizendo que sentia minha falta e que queria alguma companhia da minha parte que não fossem apenas visitas para buscar roupas no meu quarto. Então, eu finalmente consegui dormir. Não tinha mais tantas olheiras pesadas e, mesmo o meu quarto com sua história de terror peculiar, não tinha sido capaz de me tirar ao sono.
No véspera de ano novo, acordei cedo porque minha mãe precisava que tirasse o lixo enquanto o serviço de coleta ainda estava funcionando, já que devido ao ano novo, ele só voltaria no dia 2 ou 3. Acabei não prestando muita atenção devido ao meu estado de sonolência.
Ao descer os degraus percebi que não usava nada além dos meus pijamas e que provavelmente ficaria doente se me desse o trabalho de ir lá fora do jeito que estava. Então, voltei para o meu quarto e ali da porta, minha visão focou diretamente na argolinha embaixo da cama. Baixei-me para tatear o local onde a caixa pertencia para ter certeza de que ela ainda estava ali e, estava.
Dormi nesse quarto nos últimos meses e, não fui capaz de perceber que embaixo da minha cama, havia uma caixa escondida que precisava de uma chave para ser aberta.
— A chave no cofre! — Acabei falando um pouco alto demais quando a ideia me atingiu.
— Emma!? Você ainda não desceu? — O susto foi tão grande que a caixa nas minhas mãos foi parar no chão e rolou para baixo da cama num barulho estrondoso. Então, ouvi os passos da minha mãe vindo na direção do meu quarto.
— Vim buscar um roupão, tinha descido sem nenhum agasalho. — Corri até o meu banheiro e o tirei de trás da porta. Sorri sem jeito, escondendo minha mentira.
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Polished Girl
Teen FictionA maneira que o universo tem de unir alguns destinos nem sempre é agradável. Ao voltar para a cidade que nasceu e viveu durante sua infância, Emma se vê encarando os conflitos que acompanham a passagem da adolescência para a fase adulta, enquanto en...