Capítulo 33

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Milagres acontecem, não é mesmo? Vamos nos desculpar pelo mesmo motivo de sempre: merdas acontecem e isso acaba ferrando com nosso psicológico, emocional e etc. Mas é importante pra nós que vocês saibam que não vamos abandonar essa história, temos um carinho enorme por ela e por vocês que nos acompanham com tanta paciência e carinho. Tentaremos não demorar muito com o próximo, mas é aquilo, shit happens. Sobre este capítulo: finalização de um arco da história e duas boiolinhas. Alerta de gatilho: menção de assédio. Nos vemos nas notas finais!

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Regina Mills

Segundo a meteorologia, não havia possibilidades de mais nevascas e, apesar da temperatura não estar negativa como na semana passada, ainda estava frio o suficiente para que os alunos fossem imediatamente para suas casas após a aula. Comigo não foi diferente naquele fim de tarde.

Sempre fui uma grande apreciadora do frio, poder passar algum tempo ao redor da lareira tomando vinho... era algo que via meus pais fazerem. Sempre juntos, sempre com seus sorrisos, enquanto Zelena e eu ficávamos deitadas no tapete, colorindo nossos desenhos e sendo cobertas pela atmosfera de amor dos dois. Aquela era uma das lembranças mais doces que eu tinha da minha família.

Minha mãe ainda estava na prefeitura e minha irmã, em seu quarto descansando. O começo do ano tinha sido difícil para ela com tantos plantões, isso era uma das consequências daquele inverno congelante. Liguei a lareira e fui para o meu próprio quarto, precisava de um banho e roupas limpas, mesmo em casa, meu dia ainda não havia terminado.

Enquanto sentia a água quente escorrer por todo o meu corpo, não conseguia tirar os olhos de Emma dos meus pensamentos. Durante toda a aula, mas não de uma forma constrangedora e, sim curiosa, seus olhos não me deixaram. Não havia me tornando uma pessoa experiente em todas as nuances de Emma Swan, mas nas pequenas entrelinhas do seu rosto, podia ver minha própria verdade escrita: ela precisava de respostas e eu precisava acalmar seu coração.

Nessas divagações, enquanto rolava minha lista de contatos no celular, percebi que não havia Emma Swan entre eles. Afinal, não havia qualquer motivo para que eu tivesse seu número, Emma ainda era minha aluna. Essa constatação me inquietou de uma forma que não acreditava ao menos ser possível.

Depois do Daniel não namorei ninguém, estava traumatizada demais e com medo de que qualquer pessoa que ousasse se envolver comigo fosse morta. George Nolan fez questão de dizer isso várias vezes até que a mensagem penetrasse na minha cabeça adolescente manipulável. Ao morar longe de Storybrooke, ir para a terapia, faculdade, conhecer pessoas que não faziam ideia de onde eu vim, tudo se tornou mais fácil, mas ainda não estava realmente pronta para romances. Claro, até Graham surgir.

Ele já estava quase se formando e costumava ser um dos alunos monitores na faculdade, nos tornamos próximos, amigos, namoramos, ficamos noivos e no fim, veio o desastre.

Com todos esses pontos bastante claros na minha cabeça, decidi que procuraria por Emma e não iria atrás de formas de ter seu celular, isso poderia ser muito inapropriado e até mal interpretado. Precisava agir com a razão, mesmo que todas as emoções causadas por aquela jovem de belos olhos verdes, me afastasse desse foco.

— Oi, mãe, boa noite. — Pela hora, para ela estar me ligando, estava presa com os afazeres da prefeitura ainda.

— Tentei falar com sua irmã, mas ela ainda deve estar adormecida. Você prepara o jantar? Vou chegar um pouco tarde. — Ela perguntou e eu usei a brecha para avisar que sairia de casa.

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