Capítulo 58

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Maya.

      Acordo cedo, no meu horário da escola, eu estava apenas colocando meu sapato, ou pelo menos tentando.

-Ruby, eu preciso colocar meu tênis, ele não é para você comer!- digo puxando meu tênis da boca dela, que late para mim- nem vem, quem manda aqui sou eu- ela deita no chão, me encarando, bufo negando com a cabeça-tchau garota, depois eu volto- faço um carinho em sua cabeça e saio dali, descendo e vendo todos na cozinha- oi gente, bom dia- me sento ao lado do meu pai, o encaro, vendo que ele não havia me respondido-bom dia pai.

-Bom dia- ele seco e sem me encarar, respiro fundo.

-Aconteceu alguma coisa?- Natasha pergunta.

-Sim, aconteceu, ele acha que eu vou ser uma criança para sempre e não aceita que eu já vou fazer 18 anos!- exclamo.

-Você é uma criança, pelo menos para mim!- meu pai diz- ou você pelo menos era.

-Fala sério, você não tem direito algum de ficar bravo!- digo irritada, ele larga a xícara de café.

-Você diz que vai sair e.... e faz essas coisas!- me encara.

-A qual é, não é como se nunca tivesse pensado que nunca dormiria com meu namorado!- falo irritada- quer saber? Eu estou atradada- me levanto, pegando minha bolsa.

-Você não tomou café- ele diz seco e alto.

-Você me fez perder a fome que eu tinha- digo séria, saindo andando.

-Happy...

-Eu vou andando-o corto, entrando no elevador.

      Respiro fundo, irritada com isso, ele estava sendo idiota por fazer esse drama todo!. Assim que chego na portaria vejo peter me esperando na porta.

-Oi Pete- digo suspirando, dando um beijo em seu bochecha.

-Oquê aconteceu?-ele pergunta.

-Nada, alguns problemas com meu pai- respondo começando a andar- será que podemos não falar disso?.

-Tudo bem, você que sabe- ele diz passando o braço por minha cintura, respiro fundo, encostando minha cabeça em seu ombro.

     Pode não ter sido tanto, mas foi a primeira vez que eu briguei com meu pai, mas poxa, ele deveria intender.

      Fomos o caminho em silêncio, acabei me separando dele e apenas segurando em sua mão. Quando chegamos na escola não vimos ninguém, olho no relógio, vendo que estamos atrasados. Entramos e fomos para nossa aula de química, bato na porta e abro, chamando a atenção da professora.

-Licença, desculpe o atraso, podemos entrar?- pergunto.

-Claro, tem dois lugares ali no fundo- ela responde de cenho franzido, e eu sabia porque.

     Fomos para os dois lugares que tinha ali no fundo, por ser aula de química, sentavamos em dupla, e infelizmente MJ e Ned não tinham essa aula com a gente. Se ouvia apenas alguns sussurros e outros nem disfarçavam para encarar. Me sento bufando, droga, por quê tinha que ser tão ruim brigar com ele?.

-Não precisa ficar assim, sabe que ele não consegue ficar bravo com você por muito tempo- Peter diz.

-É, eu sei- digo respirando fundo.

     As aulas foram se passando devagar, eu não encontrei mais com Peter, nem tinha visto Ned ou MJ. Eu estava ficando irritada, todos falando ou ficam em cima do Peter, qual é, até ontem ninguém dava a mínima para ele!.

    O sinal para ir embora toca, junto minhas coisas e espero para ser a última a sair. Assim que saio, vejo Peter na porta me esperando, sorrio para ele.

-Oi- digo lhe dando um beijo na bochecha, já que tivemos apenas a primeira aula juntos- o consultório é a duas quadras daqui, se importa de ir andando?- pergunto e ele nega.

-Então, como foi seu dia?- ele pergunta.

-Normal, um pouco mais entediante que o normal- respondo a ele- o seu pelo jeito foi bem agitado.

-Nem me fale, eu só queria sumir- ele diz respirando fundo, sorrio, fazendo um carinho em sua mão.

-Logo eles se acostumam- digo, ele sorri para mim.

    Como o consultório era perto, chegamos rápido, eu estava nervosa, na verdade muito nervosa.

-Oi, boa tarde- digo chamando a atenção da secretária- eu tenho um consulta marcada para agora.

-A sim, claro, qual seu nome?- ela pergunta sorrindo simpática.

-Maya Miller Stark- digo a ela.

-Claro senhorita Stark, o doutor está te esperando, é só entrar- ela diz sorrindo para mim.

-Assim, ele pode entrar?- pergunto me referindo a Peter.

-Ele seria?- pergunta.

-Namorado.

‐Claro, sem problemas- ela diz, sorrio agradecendo.

–Por quetem que ser homem?- Peter sussurra para mim.

–Culpe a Pepper, acha que se fosse mulher eu iria pedir para você vir junto?- sussurro de volta, batendo na porta e entrando na sala.

       O doutor nos atendeu muito bem, olha, eu sinceramente espero não ter que vir nunca mais, era estranho, muito estranho, uma pessoa completamente desconhecida tocando em mim, nojento.

       A mão do Peter devia estar vermelha de tanto que eu apertava, aquilo me deixou muito  nervosa.

–Eu não gostei disso-Peter murmura, se referindo a consulta, dou risada.

–Eu também não tá legal? Espero não ter que vir mais- digo a ele, antes que o mesmo me responda, vários carros de Polícia passam em disparada, ele me encra, sorrio- vai lá, depois me liga- dou um beijo em sua bochecha, o mesmo sorri, saindo correndo e sumindo em um beco que tinha ali- enfim, oquê eu posso fazer?- pergunto para mim mesma- Já sei!- exclamo, fazendo sinal chamando um táxi.

         O mesmo para e eu entro, mostro a ele o endereço do hotel em que meus avós estão ficando. Não demora muito já chego lá, pago o mesmo e desço do carro, sorrio quando vejo os dois ali fora, vou fingir que sabiam que eu vinha.

–Oi vó, oi vô- digo sorrindo, chegando perto deles, que me encaram e sorriem.

–Oi querida-ela diz me dando um pequeno abraço- estávamos indo te buscar.

–Sério? Pra que?- pergunto com o cenho franzido.

–Estamos indo buscar Maria no aeroporto- ela diz.

–A mesma Maria que eu estou pensando?- pergunto.

–Sim, Maria a sua ex babá- ela diz sorrindo, abro a boca.

–Olha, se você for gritar entre no carro- meu avô diz, sorrio e entro no carro, eles entram atrás.

–AAAAA ISSO É UMA NOTÍCIA MARAVILHOSA!- grito animada, fazendo eles sorrirem.

–Sabíamos que iria gostar- meu avô diz sorrindo, me fazendo sorrir animada.

Filha do Homem De FerroOnde histórias criam vida. Descubra agora