Mutilação à multidão

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Mãos  frias apalpam este meu corpo

Corpo quente em chamas e corrompido

As velas já se acabaram

Chá e tapetes espalhados pela sala

Flores cheia de vida

Mas a sala quase que sem vida

Sem amor
Sem feliz
Sem seres iguais

Caminhe na brasa

Acenda o fósforo em meio a gasolina

Corra no mar sem fim

Pule do prédio do sétimo andar

Corra em direção  ao infinito

A vida é um vazio

Mas a morte é um complexo

Em um sopro se acaba

Grite

Levante e olhe ao seu redor do quarto branco

Algemas não seguram seus pensamentos

Mutilação à multidão

Deite e durma mais uma noite

Correntes em circulos paralelos

Sangue ao chão

No topo do prédio em Milão

Se o chão não te segura

Atravesse o chão

E entre na escuridão.




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