capítulo 36||I would never lie to you

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Draco Malfoy

— Contar? O que eu tenho para te contar?— Ela disfarçou, e foi inevitável não rir ironicamente.

— Eu esperava mais de você. Mas se fosse algo que eu não soubesse eu provavelmente estaria mais irritado.

— Espera, você sabe sobre a Hermione? E como sabia que eu iria te contar?— S/n franziu, enquanto continuávamos a andar sem rumo.

— Pansy chegou a comentar sobre a tão falada visão de Hermione. Era real, S/n, tudo visto foi verdade...

Seus passos diminuíram, ela piscou rapidamente, incrédula. S/n engoliu seco e soltou sua mão da minha em seguida

— Eu sei que talvez eu não vá para Azskaban. Mas a ideia de te perder. A ideia de perder o laço que temos. É tão ruim quanto. Eu não vou voltar pra casar com Pansy, mesmo que isso signifique minha liberdade. Prefiro ser um fugitivo com você do que viver em liberdade com outra pessoa.

Ela sorriu, envergonhada e em seguida colocou uma mecha de seu cabelo ruivo atrás da orelha.

— Você me faz sentir como se eu estivesse impedida de amar outra pessoa, e eu amo isso. Obrigada— Ela começa a mexer em seu cabelo. Normalmente ela faz isso em seus momentos de timidez.

Eu seguro sua mão novamente e vejo seu rosto tomar cor, sorrio para ela e ela retribuiu com o mesmo sorriso tímido e sincero.

(...)

S/n Snape

Foi tudo perfeito, foi tudo como eu imaginei, ele sempre sútil e delicado, com suas palavras eu estava apaixonada por Draco Malfoy. Somos um casal problemático e por isso é tão emocionante, tão melhor do que simples beijos e idas ao cinema. Estamos lutando contra tudo em nossa volta e só podemos confiar um no outro. Temos muito em comum, toda nossa vida foi uma mentira e diante disso tomamos decisões ruins e agora temos que lidar com isso.

No momento, eu e ele estamos em uma biblioteca, procurando informações sobre o meu possível poder, citado por Voldemort. É necessário saber com o que estamos lidando e quais consequências teremos diante disso. Não vai ser fácil e vamos precisar de ajuda, mas isso cuidamos depois.

— Achou alguma informação importante?— O loiro pergunta, fechando o livro em sua mão com um ato rápido e minha atenção se volta para ele.

— Acho que sim, já sabemos que pra meu poder ser ativado, eu preciso sentir uma raiva repentina, e existe um feitiço que faz isso. Podemos ir a um armazém de poções e fazer.

— Mas... Se você usar o poder, você morre! Não é isso?

— Eu acho que tem como me salvar caso algo aconteça, não fique tão tenso.— Menti, aparentemente se eu usar meu poder eu morrerei e isso é quase irreversível, porém inevitável.

Depois de andarmos por tanto tempo até a biblioteca da cidade, pude parar e pensar. A vida de Draco está em risco, e a minha também. Mas estou pronta a me sacrificar por ele, e por algo que eu causei. Não suportaria viver sem sua presença e isso não irá mudar de maneira tão simples. Eu preciso dele, e mesmo que ele precise de mim, preciso protege-lo de alguma forma.

Apesar de todas as nossas juras de amor eu sei que ele vai se machucar uma hora ou outra. Alguém tem que matar Voldemort e se terei que morrer pra isso acontecer, então que assim seja.

—Você tem certeza disso? Eu acho que não, mas se tem tanta certeza, eu confio em você, sei que não mentiria para mim!

— Exato, eu nunca mentiria para você...

Malfoy volta a ler seu livro, e eu começo a fazer algumas anotações em um caderno. Mentir para Draco me dá uma sensação terrível, eu sou uma das poucas pessoas que ele pode confiar e agora estou quebrando isso.

Não sei se estou fazendo o certo, em voltar e tentar lutar com o Lorde das trevas, obviamente não sozinha, mas quem pode morrer sou eu. Minha única preocupação é ele, Draco Malfoy, ele nunca aceitaria meu sacrifício e jamais me perdoaria.

— Você sabe bem que eu só quero o melhor para você não é?...— Seguro em sua mão, sem expressão nítida e o mesmo franzi— Eu sei que tem problemas paternos e eu tenho também.

— Não estou entendendo, porque isso do nada? Você quer me contar mais alguma coisa?

Abri a boca, mas as palavras não saíram. Eu queria dizer a ele, queria contar que em breve eu já não estaria ao seu lado. Mas prefiro que ele pense que foi algo que eu não sabia...

— Não... Só queria te falar que acho devemos ir para Hogwarts!— Em um ato rápido, me levanto da cadeira da biblioteca e começo a guardar minhas coisas enquanto Draco tentava raciocinar.

— Por que? Não estamos prontos ainda! Não é algo tão simples quanto você pensa.

— Pare de se esconder na sua zona de conforto, eu sei, você prefere ficar aqui do que ir enfrentar a tempestade do mundo lá fora, mas você sabe bem Malfoy, sabe bem que quando eles nos acharem, vão nos torturar e nos matar. Por que esperar? Eu já sei tudo o eu deveria!— Contrário, em tom alterado e autoritário.

— Você não vê o seu adversário?? É só uma adolescente de 14 anos, você não sabe o que tá fazendo e...

— 15...— Interrompi e o menino ficou pensativo por rápidos minutos e logo se lembrou que hoje é 12 de fevereiro, meu aniversário.

— Porque não me disse que era hoje? Eu teria lhe preparado algo!

— O que você prepararia? Um vídeo vida com a minha família inteira e meus amigos dizendo o quanto me amam? Ou um bolo surpresa na nossa casa, ah é verdade, somos fugitivos, sem família e amigos. Não se tem nada para comemorar, eu quero esquecer que esse dia existe!

Ele levantou segurando minha mão e me fazendo o olhar, parando então de juntar tudo o que eu podia na bolsa.

— Eu quero comemorar! Quero comemorar porque você é a pessoa mais importante no mundo para mim e a única que se importa comigo. Não sei o que seria de mim sem você, então espero que isso sirva de consolo— Ele suspira, decepcionado, e então se volta a sentar no mesmo lugar, apoiando seu queixo em sua mão, que estava em cima da mesa.

— Me desculpe, não era minha intenção

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— Me desculpe, não era minha intenção...

— Sei bem quais eram suas intenções, não minta. Só quero que fique ciente que você tem todo o meu amor...— Me aproximo do mesmo, o interrompendo ao dar uma beijo em sua bochecha

— Vamos fazer isso juntos?...

Issues || Draco&YouOnde histórias criam vida. Descubra agora