Tanto na Avenida Angélica e em algum lugar distante dali o Sol nascia, aquele amanhecer era diferente dos outros os raios solares iluminavam dois casais apaixonados. Aquela luminosidade trouxe o brilho que só tem quando realmente amamos alguém. Por um lado depois de ter passado inúmeras decepções com o seu finado marido Júlio, Eleonora se permitiu a dar uma nova chance ao amor e se entregou ao amado Afonso. E Genu, uma mulher que todos a julgavam por ser autêntica no fundo ela havia deixado os seus sentimentos que sente pelo marido Virgulino que resolveu mudar seu jeito para conseguir conquistar o homem de volta.
Na casa de Genu, como de costume todos levantavam cedo para tomar café juntos, a mesa era posta com pães frescos que sempre eram comprados da primeira fornada do armazém de Afonso juntamente com um café feito na hora e bolo mas hoje não aconteceu isso.
Lili e Lúcio estranhavam a ausência dos pais a menina disse ao irmão:
- Que estranho a mesa não está posta, não tem café pronto e nada de pães e bolo. Você reparou Lúcio que nem a mamãe foi comprar pão e nosso pai não está lendo jornal esperando o café da manhã ficar pronto?
- Eu percebi Lili será que os dois acordaram indispostos por isso não se levantaram até agora, acho melhor irmos até o quarto deles ver o que está acontecendo.
Lili e Lúcio vão ao quarto dos pais, o menino tenta abrir a porta mas estava trancada ele bateu na porta:
- Mãe! Pai! Ao mesmo tempo batia insistentemente a porta e chamava pelos pais. Uma voz lá de dentro só respondeu:
- Já vai! Um minuto. - Genu olhou para Virgulino que ainda dormia como um anjo, ela não acreditava que há muito tempo não tinha uma noite tão maravilhosa ao lado dele, ela começou a se espreguiçar dando um leve suspiro e Virgulino abriu os olhos.
- Bom dia genuzinha! Que noite foi essa que me proporcionou foi magico o seu toque, perfeita a sintonia dos nossos corpos, seu corpo pedindo o meu, seu gemido alucinada de prazer me deixou louco, incrível a jornada que tivemos, se morresse agora morreria feliz pois por alguns dias lhe tive em meus braços e foi único diante da sublime mansidão que tivemos.
Genu e Virgulino ouviram os filhos chamarem novamente e Genu disse:
- É, pelo visto perdemos a noção da hora que nossos filhos estão nos chamando.
- Mais foi por um motivo maravilhoso que pode se repetir mais vezes. Já vamos meus filhos nos esperem na sala. - Virgulino deu um sorriso safado para a esposa e a mesma retribuiu da mesma forma.
Genuína e Virgulino se levantaram e foram se arrumar, alguns minutos depois eles saíram do quarto e foram em direção a sala onde os filhos os esperavam, assim que os viram Lili disse:
- Aí graças a Deus pensávamos que vocês estavam doentes e já ia chamar um médico.
- Não estamos minha filha simplesmente perdemos a hora.
- Vocês não são de acordar tarde, o que houve?
Genu e Virgulino ficaram olhando um para o outro sem graça, sem saber o que responder até que Virgulino disse:
- Dormimos mais tarde foi só isso.
- Hum sei, e os barulhos que eu ouvi quando cheguei tem alguma coisa a ver meu pai com vocês terem ido dormir mais tarde? Pelo que eu ouvi a noite foi boa não é mesmo?
- Lúcio!!! - Disse Genu envergonhada com as mãos no rosto.
- Meu filho esse assunto não é para você e só entre eu e sua mãe. E agora vamos mudar de assunto. Vamos tomar nosso café?
- Lili vamos comigo para a cozinha me ajudar a preparar o café.
Assim que Lili e Genu saíram, Lúcio olhou para Virgulino e disse:
- E então meu pai a noite foi boa não foi?
- Foi sim, sua mãe mudou muito nesses últimos dias fazia muito tempo que não tínhamos momentos assim só nosso.
- Fico feliz meu pai, pelos dois.
- Eu andei pensando nisso desde o dia que eu e sua mãe saímos juntamente com Afonso e dona Lola, acho que vou levá-la para fazer um piquenique ao ar livre o que acha meu filho?
- É uma ótima ideia meu pai! Se me permite dar uma sugestão de lugar?
- Claro meu filho!
- O Parque Ibiraquera é um ótimo lugar para se fazer um passeio ao ar livre.
- É um ótimo lugar mesmo! Assim que nós terminarmos o nosso café vou até o armazém do Afonso comprar umas coisas para o piquenique.
Na cozinha Lili ajudava a sua mãe a preparar o café da manhã, a garota falava toda sorridente:
- Pelo visto a senhora escutou meus conselhos não é minha mãe?
- Aí Lili! Assim você me deixa vexada! - Genu segurava o seu rosto demonstrando a sua vergonha.
- Não precisa ficar vexada! Eu não sou mais criança minha mãe, não precisa nem dizer porque nos últimos dias, meu pai está diferente e feliz com certeza o amor entre vocês está mais vivo do que nunca.
- Minha filha eu tenho que te agradecer por me abrir os olhos vendo que eu estava cometendo o maior erro da minha vida.
- Imagina minha mãe! Eu acho que a senhora deve ter esquecido esse amor entre vocês porque a senhora havia dado dois filhos lindos e nos educou mas deixou de lado o seu papel de esposa.
- Você tem razão minha filha eu me foquei tanto em ser mãe que acabei me esquecendo que além de mãe sou esposa, mulher. Deixei de lado não só o seu pai como a mim mesma.
- Eu agora percebo um brilho diferente no olhar não só do meu pai mais também no seu minha mãe vocês estão se reconciliando, saindo daquela rotina que estavam a muito tempo.
- Acho melhor levar o café para mesa porque os dois devem estar morrendo de fome assim como nós não é mesmo? - Genu tentou quebrar a tensão daquela conversa.
Mãe e filha retornam à sala onde estavam Virgulino e Lúcio a esperando com o café. Os quatro tomam café juntos.
Em algum lugar distante dali o casal Afonso e Eleonora estavam acordando, o português olhou para a sua amada e disse:
- Bom dia meu amor! Dormiu bem?
- Bom dia Afonso! Fazia tempo que eu não dormia tão bem. Ainda mais ao lado da pessoa que se ama é melhor ainda.
- Eu não conseguiria imaginar que nós teríamos a nossa primeira vez em um lugar como esse. Mas foi a melhor noite da minha vida.
-Que todas as noites sejam iguais à noite passada. Poder sentir novamente seu toque, seu aroma, seu calor em todas as noites restantes de minha vida.
- É mesmo Lola? Eu não sei você, mas ainda quero te proporcionar um final de semana lá na serra já que estamos quase lá vamos seguir viagem ou prefere voltar a São Paulo?
- Sim Afonso! Eu quero seguir viagem, não é porque tivemos um problema no meio da viagem que iremos desistir dela. Nós merecemos um final de semana só nós dois, longe de tudo e todos, sem preocupações e viver só do nosso amor.
- Você tem razão! Vamos se ajeitar e iremos procurar ajuda, quem sabe até encontrarmos algum lugar para tomar nosso primeiro café da manhã juntos.
Ao mesmo tempo que os dois se arrumavam para procurar ajuda, Lola admirava o homem da sua vida que estava ao seu lado e dizia a si mesma: "Como um anjo você apareceu na minha vida preenchendo todos os espaços vazios, cicatrizando todas as feridas deixadas pelo amor. Com você aprendi que amar é somar forças. É esquecer todas as magoas e frustrações, voltando a acreditar nos nossos sonhos." O português ao olhar a doceira o encarando disse com sua voz doce:
- Daria tudo para saber o que minha namorada está pensando. - Afonso sorria e ao mesmo tempo admirava sua namorada.
- Eu encontrei o homem da minha vida. Por você eu busquei e encontrei forças que jamais achei que teria, eu chorei lágrimas que pareciam não acabar, eu me senti amada como nunca achei que alguém me amaria. Obrigada por ser um homem tão maravilhoso.
- Eu que tenho que agradecer meu amor por você ser essa mulher tão maravilhosa, em todos os sentidos. Afonso se aproximou de Lola e lhe deu um beijo apaixonado.
Enquanto isso na Avenida Angélica Virgulino tinha saído de casa sem que Genu visse e foi até o armazém comprar algumas coisas para a surpresa que queria fazer a ela. Genu que sentiu a falta dele olhou para Lúcio e disse:
- Meu filho aonde está seu pai?
- Ele foi até o armazém minha mãe mais volta logo. Bem eu já vou indo, Lili quer que eu lhe acompanhe até a casa do Marcelo?
- Quero sim irmão, Até mais tarde minha mãe.
Lúcio e Lili se despediram de Genu e saíram de casa, assim que saíram Lili perguntou a Lúcio:
- Porque você ficou tão estranho quando a mamãe perguntou do papai?
- É que o papai foi até o armazém comprar umas coisas pois quer fazer uma surpresa para a mamãe.
- Que surpresa? - Perguntou Lili curiosa.
- Ele irá levar a mamãe para o parque para fazerem um piquenique.
- Que romântico! Eu fico tão feliz em ver nossos pais assim.
- Eu também!
Lúcio e Lili seguiram juntos até a casa de Marcelo e depois Lúcio foi encontrar com alguns amigos.
Já Virgulino voltou para casa e encontrou Genu o esperando que assim que lhe viu disse:
- Onde você estava homem?
- Tinha ido até o armazém comprar umas coisas. Tenho um convite para lhe fazer.
- Que convite meu querido?
- O que acha de fazermos um piquenique no parque Ibirapuera?
- Eu adorei a ideia meu querido será ótimo passar um momento só nos dois.
- Então vamos nos arrumar para sairmos. Genu e Virgulino se arrumaram e saíram, meia hora depois eles chegaram ao local onde iriam fazer o piquenique, arrumaram as coisas em cima de uma toalha xadrez que tinha levado a pondo embaixo de uma árvore.
- O que acha do lugar minha querida?
- Está perfeito!
- Sente aqui perto de mim então. - Disse Virgulino que estava sentado no chão escorado na árvore.
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O Sincronismo do Nosso Olhar
FanfictionEleonora Amaral, conhecida por sua família e seus amigos por seu lindo apelido Lola. Afonso Oliveira dono de um armazém na avenida Angélica, gentil e carinhoso com todos os seus amigos principalmente com Lola. Desde a morte de Júlio e a partida de S...