Afonso foi embora da casa de Lola pensando no que poderia fazer para que a volta de Shirley e Inês não atrapalhasse o seu namoro com Lola ele ja tinha decidido que no dia seguinte iria alugar um lugar para que Shirley ficasse pois não queria que ela ficasse em sua casa. Estava muito feliz por ter a filha de volta mais ao mesmo tempo pensava que a volta delas poderia atrapalhar seu namoro com Lola.
Lola também não estava muito contente com a chegada de Shirley que algo dizia que ela podia causar sérios problemas ao nosso casal. A sua cabeça estava girando deixando a dona de casa muito pensativa que veio uma dúvida: será que Afonso ainda sente alguma coisa pela dona Shirley?
Ela precisava desabafar não resistiu e foi falar com Clotilde ao chegar perto ela disse:
- Minha irmã será que podemos conversar?
- Claro Lola! Pensei que você já estava dormindo.
- Eu já estava indo dormir mais aí o Afonso veio aqui e eu fiquei mais confusa do que já estava!
- Me explica direito isso Lola!
- É que eu tô com uma dúvida rondando a minha cabeça que não consigo sossegar.
- Que dúvida?
- Será que o Afonso ainda sente algo pela dona Shirley?
- Lola eu vou ser bem sincera com você. O seu Afonso é uma das pessoas mais sinceras que eu conheço se ele ainda sentisse algo pela dona Shirley ele não diria que te ama.
- Eu não sei minha irmã, ele é homem por mais que diga que sente algo por mim os dois estão sob o mesmo teto e você sabe muito bem que não conseguimos controlar nossos impulsos, quero dizer eu pelo menos eu estou tentando.
- Pois é minha irmã agora mais do que nunca você tem que se mostrar mais presente ao lado da vida dele para dona Shirley achar que pode conseguir algo com ele que não tem com você.
- Eu sou muito insegura minha irmã não estou pronta para ter algo mais íntimo com ele. Você sabe que, no dia da noite de núpcias do meu casamento com o Júlio não foi nada daquilo que eu sonhei, ele foi o pai dos meus filhos e de certa forma eu aprendi o amar pelo seu jeito.
- O que você está me dizendo ele não foi carinhoso com você nesse momento?
- O Júlio nunca soube ser carinhoso talvez seja por isso que eu esteja com medo de me entregar para o Afonso.
- Minha irmã não é porque foi assim com o Júlio que vai acontecer a mesma coisa com o Afonso. Vamos ser sinceras que os dois não tem nada de parecido um com o outro.
- Nisso você tem razão eu sinto uma confiança, um sentimento pelo Afonso que nunca senti nem parecido com o Júlio eu me sinto segura com ele.
- Aí minha irmã! Quer um conselho?
- Estou precisando muito Clotilde.
- Se aproxime mais do seu Afonso mostre que a dona Shirley não terá vez por ali que agora você é a namorada dele. Mesmo que não aconteça nada ainda entre vocês dois não demonstre para ela sua insegurança demostre que o Afonso agora é seu e que ninguém conseguirá tirar vocês um da vida do outro.
- Você está certa Clotilde mais para lhe ser sincera não sei como fazer isso!
- Me responde só uma coisa como você tratou ele agora a pouco quando ele veio falar com você?
- Ele veio dizer que não mudava nada entre nós a volta da dona Shirley e eu disse que estava confusa e pedi pra gente conversar depois. Ele aceitou mais eu percebi que ele saiu daqui triste.
- Pois comece por aí minha irmã amanhã vá fazer uma visita para ele no armazém tenho certeza que ele ficará muito feliz em te ver assim vocês aproveitando e se entendem sem contar que você marcar presença e deixa a dona Shirley bem longe do seu namorado.
- Você está certa Clotilde é isso que vou fazer amanhã irei até o armazém e falarei com o Afonso! Não posso deixar que a volta da dona Shirley abale a minha relação com o Afonso ele é o homem que amo e a dona Shirley não irá conseguir afasta-lo de mim.
- É assim que se fala!
Na casa ao lado de Lola, Virgulino estava escrevendo uns cartazes com a ajuda de Lúcio Lili e Genu olhavam incrédulas com os dizeres dos cartazes: "FORA GETÚLIO!", "ABAIXO A OPRESSÃO"
- Pelo amor de Deus vocês não podem escrever isso e levar às ruas, eu não quero que meu marido e filho sejam presos. - Disse Genu.
- Minha mãe não podemos ficar de braços cruzados vendo os desmandos desse ditador, precisamos lutar por nossos direitos. - Fala Lúcio.
- Virgulino olha o exemplo que você está dando ao nosso filho, por favor meu coração não vai aguentar se souber que algo de ruim acontecer a um de vocês.
- Mãe eu e meu pai vamos ficar bem! Vai ser um ato pacífico só vamos discursar em frente a minha faculdade. - Lúcio tentava acalmar a mãe.
-Está vendo Genu! Você devia ter um orgulho do nosso filho que se tornou um homem de caráter e não se submeterá a pessoas que o humilhem.
- Agora está tudo pronto para amanhã meu pai, vou dormir vamos Lili que nossos pais estão precisando ficar a sós.
Os dois filhos de Genu e Virgulino foram se recolher, o casal ficou na sala sozinhos e Genu cruzou os braços e ficou parada encarando o marido.
- Genu o Lúcio tem razão não irá acontecer nada!
- Eu não acredito Virgulino que novamente você vai se meter nessas coisas.
- Genu por favor não vamos discutir por isso.
- Você tem razão não vamos discutir se é isso que você quer fique aí eu vou dormir.
- Genu espera! Genu não escutou mais o que Virgulino falou e foi para o quarto se trancando lá.
No dia Seguinte Logo cedo Lola estava em sua casa preparando o café da manhã junto com Clotilde enquanto conversavam:
- Clotilde você consegue tomar conta da preparação dos doces sozinha enquanto eu vou até o armazém falar com o Afonso.
- Claro Lola assim que os meninos saírem você pode ir lá e pode deixar que eu tomo conta de tudo por aqui.
- Minha irmã eu não sei o que faria sem você aqui, vou me arrumar e já saio.
Lola subiu as escadas, os passos dela chamaram a atenção dos filhos dela que a encontram no meio do corredor e eles estavam descendo para tomar o café da manhã Alfredo pergunta:
- Minha mãe a senhora está bem? - Não foi nada meu bem vão tomar o café senão vai esfriar. Lola fechou rapidamente a porta do quarto, os filhos dela se entreolharam não entendendo nada o que está havendo e encontraram Clotilde terminando de por a mesa do café:
- Tia você sabe o que nossa mãe tem? - Pergunta Isabel.
- Não houve nada Isabel ela só vai sair depois do café e foi se arrumar.
- Por um acaso ela irá encontrar o seu Afonso? Disse Isabel
- Isabel isso não é assunto pra vocês eu não vou ficar falando o que a Lola me conta para vocês.
- Está bem tia não está mais aqui quem falou.
- Não está mesmo Isabel porque nós quatro temos que ir trabalhar. Disse Carlos
- É verdade até logo tia. Disse Isabel
Eles se despediram de Clotilde e saíram cada um para um lado. Logo depois Lola desceu as escadas já arrumada e perguntou a Clotilde:
- Os meninos já foram?
- Já acabaram de sair!
- Bem agora eu vou lá conversar com o Afonso.
- Boa Sorte irmã.
- Obrigada eu vou precisar estou muito nervosa.
- Calma Lola vai lá e faz o que eu te disse.
- Pode deixar irmã irei seguir os seus conselhos.
Lola saiu de casa ansiosa para falar com Afonso quando chegou lá Afonso estava organizando umas coisas e Shirley atrás dele tentando falar com ele quando ela percebeu que Shirley estava se aproximando demais de Afonso ela sentiu um ciúmes que nunca tinha sentido antes e então ela resolveu se manifestar e disse:
- Afonso posso falar com você?
- Claro! Vamos dar uma volta aí conversamos melhor. Cuide do armazém Shirley que eu não sei que horas eu volto.
Afonso pegou sua boina colocando na cabeça, ele pegou na mão de Lola e os dois saíram do armazém deixando Shirley morta de raiva. Afonso não disfarçava sua alegria de estar com a namorada e disse:
- Como eu fiquei feliz com sua visita o que você queria falar comigo Lola?
- Me diz olhando no meu olho que realmente você não sente mais nada pela dona Shirley?
- Lola eu não a amo, a mulher que amo é você. Eu vou dar um jeito de ela sair da minha casa e assim não temos que nos preocupar com ela.
- Eu tenho um medo aqui dentro que me diz que ela não vai deixar você em paz e vai fazer de tudo para te reconquistar Afonso. Afonso pegou na mão de Lola continuou olhar bem no fundo dos olhos dela:
- Lola, eu te peço que confie em mim que vou resolver essa situação o quanto antes, dou a minha palavra.
O português tocou os cabelos negros da dona de casa, ela foi se aproximando do rosto dele, as respirações ficaram aceleradas e ele encostou os seus lábios nos dela. Os dois trocam um beijo apaixonado.
Quando pararam o beijo por falta de ar Afonso olhou para Lola e disse:
- Que tal irmos namorar um pouco?
- Eu iria adorar estou com tempo livre a sua cunhada praticamente me expulsou de casa e deixou bem claro que depois que nos entendêssemos eu pra mim aproveitar o dia com você e não me preocupar com nada que ela iria cuidar de tudo. Só me preocupasse com nós dois.
- Já vi que posso contar com minha cunhada para me ajudar quando for preciso.
- Engraçadinho!
- Bem Vamos?
- Posso saber pra onde o senhor irá me levar?
- Vamos passear aproveitar o dia só nós dois o que acha minha querida?
- Eu irei adorar!
Lola e Afonso passaram o dia juntos namorando, passeando conseguiram por um momento esquecer os problemas que estavam rondando o namoro dos dois e então Afonso aproveitou que Lola já estava mais calma para lhe contar da conversa que tinha tido com Shirley na noite anterior então ele disse:
- Lola eu preciso lhe contar da conversa que tive com a Shirley ontem.
- Diga meu querido.
- Bem ela me pediu pra ficar lá em casa disse que tinha voltado por três motivos. O primeiro era por causa de Inês, o segundo porque está doente e o terceiro ela disse que percebeu que me ama. Mais eu deixei bem claro para ela que nunca a amei que estou com você e é só você que eu amo!
- Eu suspeitei que ela tinha voltado com segundas intensões foi por isso que lhe fiz aquela pergunta.
- Eu não quero que você se sinta mal por conta disso já lhe disse que a única mulher que amo é você minha querida.
- Ai Afonso com você eu tenho sentimentos que nunca senti por ninguém!
- Como por exemplo?
- Me sinto segura com você, te amo de todo meu coração e não vou negar que sinto ciúmes principalmente agora com a dona Shirley tão perto de você.
- Oh minha querida nunca pensei que eu iria ouvir de você que tem ciúmes de mim, mas pode ficar tranquila que ela não tem a menor chance de conseguir algo comigo.
- Eu confio em você, mas ela não. Ela pode usar métodos que podem fazer você cair na pilha dela e assim conseguir o que quer.
- Eu não estou conseguindo entender que tipo de métodos ela pode usar para me ter de volta?
- Ela pode se aproveitar de você, melhor pode te seduzir e conseguir passar uma noite com você.
- Isso não vai acontecer meu amor, a única pessoa que eu quero ter nos meus braços um dia é você e não se sinta pressionada vou respeitar o seu tempo e quando estiver pronta eu a irei cobri-la com muito carinho.
- Afonso eu te amo!
- Eu também te amo minha querida!
- Bem infelizmente acho que precisamos voltar. E sobre o assunto que nós estávamos conversando antes realmente sua cunhada lhe ajuda muito foi por causa dos conselhos dela que tomei coragem para lhe procurar. Se não fosse ela me incentivar a não demonstrar certas coisas eu não sei se teria tido coragem de lhe procurar.
- É realmente é uma pena que já tenhamos que ir por mim ficaria aqui com você para sempre! Não entendi, que Coisas?
- Nada demais ela somente me fez ver que eu era a errada em me afastar de você dando espaço a dona Shirley para que ela tentasse conseguir o que queria.
- Então vamos dizer que minha cunhada estimulou o seu ciúmes para você ficar mais perto de mim vamos dizer assim marcar mais presença?
- Exatamente
- Lembre-me de agradecer a minha cunhada!
- Eu vou agradecer ela sim porque sei o quanto ela gosta de você, mas também a irmã dela que está diante de você te ama muito.
Afonso abriu um sorriso ao ouvir a declaração de Lola, ele pegou sua mão encostando aqueles lábios e o seu bigode ao tocar aquela pele macia dela a faz ficar arrepiada. O português e a dona de casa caminham de mãos dadas de volta em direção ao armazém sem perceber que Shirley os observava de longe.
Um pouco afastado da avenida Angélica, nos arredores do campus do largo da São Francisco estavam um grupo de manifestantes reunidos fazendo um comício e gritava:
- FORA GETÚLIO! ABAIXO A OPRESSÃO!
Estava tudo indo bem no comício com bem Lúcio e Virgulino tinham dito para Genu estava sendo uma manifestação pacífica mais infelizmente a polícia que estava do lado de Getúlio chega ao Local e começam a tirar nos manifestantes com balas de festim mais pelo visto não era só a polícia que estava contra eles o tumulto já estava grande quando de repente alguém começou a atirar de cima de um prédio e as pessoas começaram a sair correndo tentando escapar dos tiros.
Lúcio e Virgulino acabam tendo que se separarem no meio da multidão e então cada um foi para um lado. Algum tempo depois Virgulino chegou em casa e disse:
- O Lúcio já chegou?
- Ainda não pai eu achei que ele estava com o senhor.
- Não nós tivemos que nos separar.
Genu escutou a voz de Virgulino correu até a sala e logo viu que Lúcio não estava ali começou a brigar com Virgulino:
- Onde está Lúcio Virgulino? E por que não veio com você? Fala homem.
- Calma Genu! Tivemos que nos separar porque a polícia chegou no comício e começou a atirar bala de festim. Aí a confusão ficou pior que surgiram tiros de cima de um prédio.
- Aí meu Deus do céu eu disse que não isso acabar bem Virgulino espero que não tenha acontecido o pior com nosso filho senão você a de se ver comigo.
- Não aconteceu nada Genu, daqui a pouco ele vai entrar por essa porta são e salvo.
Não demorou Lúcio apareceu em casa Genu correu para abraçá-lo e o beijou:
- Meu filho está vivo! Graças a Deus voltou para casa, nunca mais faça isso com sua mãe menino.
- Calma mãe eu estou bem! Eu acho que essa confusão não vai ficar só por isso mesmo meu pai. - Eu também acho meu filho. Sua mãe estava quase me esfolando vivo se algo de ruim te acontecesse.
- Agora você Lucinho trate de tomar um banho e descanse. Quanto a você Virgulino vamos ter uma conversa no nosso quarto venha comigo.
Lúcio acatou o conselho da mãe indo direto tomar banho Lili para quebrar um pouco aquela tensão que ficou ali na sala:
- Eu vou encontrar o Marcelo lá no armazém prometo não ficar até muito tarde.
Lili nem esperou a resposta dos pais saindo logo em seguida Genu disse:
- Agora vamos ter a nossa conversa senhor Virgulino Coutinho lá no nosso quarto.
O marido de Genu com a cabeça confirmou caminhou lentamente juntamente com ela até o quarto deles e os dois se fecharam no cômodo:
- Muito bem senhor Virgulino Coutinho, o senhor quer me deixar viúva antes do tempo? Isso não se faz homem de Deus!
- Você estava certa na sua intuição quando eu vi a polícia atirando contra nós só pensei em você Genu. Eu tive muito medo de perder você.
- Eu também tenho medo de te perder Vírgulino. Que ódio que me dá de você não me ouvir. Vamos por uma pedra nesse assunto.
- Genu! Virgulino acarinhou os lábios de Genu, sob lágrimas no rosto de ambos ele deu um selinho nela ela segurou o rosto dele, depois passou os dedos nos cabelos dela selando com um beijo a reconciliação deles.
Enquanto isso na casa de Lola ela falava com Clotilde sobre o dia que ter com Afonso:
- Aí minha irmã foi um dia maravilhoso. Mais confesso que se não fosse os seus conselhos eu não teria feito nada.
- Que bom que deu tudo certo. Mais Lola você precisa ser mais confiante minha irmã.
- Como assim?
- Sim minha irmã seja mais confiante todos os dias vá fazer uma visita ao meu cunhado.
- Falando no seu cunhado ele me pediu para lhe agradecer.
- Agradecer pelo que?
- Pela ajuda que você deu para que nos reconciliacemos.
- tudo que eu quero é ver vocês dois felizes e juntos! Mais falando em juntos como vai aquele outro assunto?
- Que Assunto?
- Aí Lola de vocês se entregarem um para o outro.
- Eu continuo insegura hoje nos conversamos sobre isso e eu contei para ele meus medos e também disse que tenho ciúmes dele.
- E o que ele disse?
- Ele disse que sobre o meu medo eu não precisava me preocupar que ele iria esperar o tempo que fosse por mim e a única mulher que quer em seus braços sou eu.
- Que romântico esse meu cunhado. Mais que um conselho não der armas para a dona Shirley não demostre nervosismo na frente dela e muito menos que vocês ainda não se entregaram.
- O que você quer dizer com isso Clotilde?
- Aí Lola o que eu quero dizer é que o seu nervosismo quando vocês dois estão mais próximos qualquer um percebe que vocês ainda não tiveram nada não deixe isso aparecer para que ela não saiba seja romântica com seu namoro o cumprimente com um beijo não demostre o seu nervosismo.
- O pior é que você está certa Clotilde.
- Eu lhe conheço Lola. Você sabe que entre as irmãs você é a que mais me conhece e eu sou a que mais te conheço.
- Aí irmã eu vou sentir tanto a sua falta você tem certeza que não vai querer morar aqui comigo?
- Lola tudo irá depender de como ficará a minha situação com o seu Almeida você sabe disso.
- Eu acredito que logo vocês vão se acertar Clotilde é uma questão de tempo para as coisas entre vocês se ajeitarem.
- Caso a gente se acerte definitivamente minha irmã eu vou pedir ao Almeida que alugue ou compre uma casa aqui perto porque não quero ficar longe da minha querida irmã e dos meus sobrinhos.
- Aí minha irmã não sei o que faria sem você ao meu lado nos momentos que mais eu preciso. As irmãs Amaral se abraçaram emocionadas.
Já no armazém Afonso estava cuidando dos seus afazeres e Shirley pede para conversar com ele:
- Afonso será que você tem um minuto para gente conversar?
- Não está vendo que eu estou muito ocupado agora Shirley. Mais tarde nos falamos.
- Afonso por f... Naquele instante Shirley simulou um desmaio e caiu aos pés do português ele se agachou para socorrê-la:
- Shirley acorde! Acorde!
Inês ao escutar o barulho foi correndo para o armazém e quando chegou lá viu a mãe "desmaiada" e disse:
- Mãe! O que foi que aconteceu meu pai?
- Não sei de repente ela desmaio! - O puço está normal meu pai deve ter sido apenas uma queda de pressão. Disse Inês examinando a mãe
- E o que nós fazemos minha filha?
- Pegue álcool meu pai pode ser que com o cheiro forte ela retorne.
Assim que Afonso voltou Inês colocou o álcool perto de Shirley e ela logo voltou do "desmaio" mais como nem tudo é perfeito para os que querem fazer o mal Afonso percebeu que ela estava estranha como se tivesse apenas fingindo o desmaio.
- Acho que já está melhor e posso voltar para os meus afazeres não é mesmo Shirley?
- Afonso por favor me ajude pelo menos até ir para o quarto porque eu posso sentir alguma tontura ou mal estar.
- A Inês pode ajudá-la Shirley porque eu tenho umas coisas para resolver aqui depois conversamos.
- Vamos minha mãe! A senhora precisa de repouso.
Mesmo contrariada Shirley disfarçou sua ira perante o português e a filha, as duas mulheres sobem para a casa a ex mulher de Afonso disse a si mesma:
- Não posso deixar que o Afonso e aquela tricoteira fiquem juntos, se eles acham que eu vou embora daqui estão muito enganados.
Enquanto isso Afonso que tinha ficado no armazém sozinho pensava: "será que a Lola está certa e a Shirley está tentando nos separar? Mesmo que ela tente ela não irá conseguir." Afonso ficou pelo o armazém e quando percebeu já estava tarde então ele resolveu fechar o armazém mais quando estava terminado de fechar o armazém para subir para casa viu Lola no portão de sua casa olhando as estrelas então ele terminou de fechar o armazém e ao invés de subir para casa ele foi ao encontro de Lola que estava tão distraída que não percebeu a presença dele foi quando ele se manifestou dizendo:
- Posso saber em que minha namorada tanto pensa?
- Aí Afonso que susto nem vi você chegando.
- Eu percebi estava distraída.
- Eu estava admirando a noite o seu está estrelado hoje.
- Está sim eu só conheço uma coisa que esta mais bonito do que esse seu estrelado está noite aliás uma coisa não alguém.
- Posso saber quem é esse alguém?
- Claro que pode esse alguém é a senhora minha namorada.
- Aí Afonso. Eu te amo!
- Eu também te amo mais preciso lhe contar uma coisa prometi que iria ser sincero com tudo que acontecesse e pretendo cumprir a minha promessa.
- O que houve?
- A Shirley hoje queria falar comigo eu não lhe dei atenção e de repente ela desmaio mais depois eu tive a impressão que ela estava fingindo este desmaio. - Será que ela seria capaz disso meu querido?
- Eu acho que ela estava fingindo o mal estar, para eu ficar com pena dela e essa doença que diz ter deve ser mentira. Mas eu não vou entrar nesse jogo dela.
- Não vamos pensar nisso agora Afonso eu quero aproveitar esse momento maravilhoso ao seu lado.
Afonso e Lola pegaram as mãos um do outro, os olhares deles eram com as estrelas que brilhavam intensamente no céu por um breve segundo Lola deslocou sua cabeça para o ombro do namorado que sentiu aquele aroma de baunilha nos cabelos dela.
Aproveitando aquele clima de romance Afonso fez um convite a sua namorada:
- Vamos passar um fim de semana só nós dois meu amor?
- Eu não sei se é possível tenho que terminar umas encomendas acho que melhor deixarmos para outro momento.
- Não precisa falar mais nada eu já entendi Lola. Agora preciso ir. Afonso soltou a mão da namorada, se despediu com um semblante decepcionado e caminhou em direção ao armazém.
Clotilde estava na janela da sala observando o casal e viu que o clima entre eles ficou pesado por conta da recusa de Lola assim que ela entrou em casa Clotilde disse:
- Minha irmã deixa de ser boba vai viajar com meu cunhado eu cuido de tudo. Tá querendo que a outra roube seu homem vai a luta! Esqueceu dos conselhos que eu te dei?
- Eu não sei o que me deu Clotilde o que eu queria dizer era sim, mas do nada eu recusei e tô muito arrependida o que o Afonso deve estar pensando?
- Meu cunhado deve achar que você não o ama tanto assim como ele. Agora trate de ir lá na casa dele e dizer que vai viajar com ele.
- Aí será Clotilde?
- Vai logo Lola antes que fique tarde demais e você use a desculpa que não que o encomodar por estar tarde demais.
Lola fez o que a irmã disse e saiu correndo atrás de Afonso por sorte ele ainda não tinha entrado em casa estava pensando que "talvez Lola não o amasse como ele amava ela" foi quando ela se aproximou dele e disse:
- Não pense besteiras sobre a minha recusa Afonso!
- Lola você aqui!
- Sim vim atrás de você porque eu não sei porque eu te disse não. - Como assim?
- Porque eu queria e ainda quero dizer sim a não ser que você tenha mudado de ideia!
- Não eu não mudei de ideia só que pensei........
- Que eu não te amo? Afonso você já me conhece bem demais para saber como sou as vezes e foi por isso que vim atrás de você porque sim eu quero viajar com você.
- Afonso que tal nós irmos viajar juntos esse fim-de-semana?
A voz de Eleonora próxima do português fez ele se virar abrindo um sorriso que estava só esperando o aceite dela ele fala:
- Como fico feliz que tenha mudado de ideia meu amor eu vou providenciar tudo para o nosso passeio garanto que não vai se arrepender.
- Perdão eu estou me comportando como uma criança que só faz burrada e depois se arrepende uma hora você vai se cansar e terminará tudo entre nós.
- Não vou fazer isso sabe por que?
- Porque eu te amo demais Lola.
- Eu também te amo Afonso. Vou te provar nessa viagem que nada e ninguém vai atrapalhar nosso amor.
- Concordo com você meu amor, mais posso saber porque mudou de ideia tão rápido?
- Um certo cupido me ajudou a ver a burrada que eu tinha feito! - Cupido? Que cupido?
- É um cupido mais conhecido como sua cunhada! Eu nunca vi uma pessoa pra ajudar mais o cunhado do que a minha irmã.
- Ainda bem. Sinal que tenho uma aliada!
- Engraçadinho! Bem e então você não me respondeu que tal viajarmos neste final de semana?
- Quando você quiser minha querida!
- Bem agora eu acho justo nós voltarmos a fazer o que estávamos fazendo não é mesmo?
- Muito Justo! Até porque minha intenção em ir até você não foi só propor está viagem!
- E posso saber qual foi o outro motivo?
- Que tal namoramos um pouco?
Afonso estava completamente apaixonado por Eleonora ele se aproximou dela os corpos deles ficaram quase colados um no outro com a proximidade do português, os corações de ambos batiam intensamente como um tambor que não conseguiram resistir a forte paixão que existe entre eles dando um beijo intenso que tanto os lábios dele precisavam dos dela e os dela precisavam dele. Aquele beijo deles era presenciado por Shirley que aumenta cada vez sua ira e promete se vingar do casal.
Vixi o que Shirley vai fazer? A viagem vai ter?
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O Sincronismo do Nosso Olhar
Fiksi PenggemarEleonora Amaral, conhecida por sua família e seus amigos por seu lindo apelido Lola. Afonso Oliveira dono de um armazém na avenida Angélica, gentil e carinhoso com todos os seus amigos principalmente com Lola. Desde a morte de Júlio e a partida de S...