Capitulo 23 Goteiras do Amor

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Todos se direcionaram as suas casas àquele dia tinha sido longo e mereciam o descanso. Assim que chegaram na casa de Genu Lúcio e Lili foram se recolher nos seus quartos permanecendo apenas Clotilde e Genu:
Vamos até a cozinha, eu faço um café e assim podemos conversarmos mais a vontade o que acha?
Clotilde balançou a cabeça confirmando a sugestão da dona de casa, as duas se dirigiram a cozinha onde Genu começou a contar para irmã de Lola tudo que havia acontecido nos últimos dias além disso revelou o seu segredo do seu passado que agora não era mais tão confidencial, pois a pessoa mais importante da sua vida o havia descoberto da pior forma possível...
- E foi isso que aconteceu agora estou aqui sozinha fazendo de tudo para o Virgulino me perdoar e tenho muito medo que o Vicente apareça novamente.
- Nossa dona Genu eu estou surpresa com tudo isso que a senhora me contou. Mas você já fez de tudo que podia para o seu Virgulino, agora de um tempo a ele tenho certeza que logo ele voltará para casa e vocês voltarão ter a vida de vocês de volta. Quem sabe até poderiam recomeçando dando um irmãozinho para a Lili e Lúcio?
- Que história é essa de dar um irmãozinho aos meninos? Nós não temos mais idade para essas coisas! Não vejo a hora dele voltar para casa!
- Quanto menos você esperar ele estará entrando por aquela porta com as malas e dizendo que agora nada mais importa o que realmente importa é só você e os meninos.
- Acredito que depois da noite passada ele ficou bem mexido, passamos uma linda noite de amor.
- Dona Genu eu não sabia que a senhora fosse assim podia jurar que era uma mulher timida pelo visto me enganei não é mesmo?
- Clotilde assim você me deixa vexada! Mudando de assunto será que a Lola vai ter paz finalmente para se acertar definitivamente com seu Afonso?
- Eu não tenho a menor dúvida disso! Os dois merecem toda felicidade do mundo. Agora preciso ir tenho que ajudá-la com o jantar. Até mais ver!
Clotilde se retirou da casa de Genu, que não parava de pensar nas palavras ditas pela irmã de Lola e se esperaria o tempo do marido ou resolvesse tentar conquista-lo.
Hotel dos Viajantes
No quarto do hotel lá estava Vicente hospedado pensando em uma maneira de ter a ex namorada nos seus braços custe o que custar mas como fazer isso porque ela deixou bem claro que não o ama. Veio uma ideia que com certeza ele vai ter aquela mulher de volta: primeiro teria que convencê-la que estava disposto a não importuna-la mais, depois seus capangas entrariam em ação a colocando no carro e a levariam para um lugar afastado.
Naquele instante um telefonema ecoou na suíte o vilão atende ele começou a dar às ordens:
- Sim eu quero tudo ajeitado para amanhã mesmo! Não esqueçam que tudo vai acontecer por volta da hora do almoço às 12:00 no local combinado. Até amanhã!
Vicente desligou o telefone, colocou sua cabeça sob o travesseiro e com sorriso nos lábios disse a si mesmo: "você podia ter facilitado as coisas para mim, agora terei que fazer algo que não queria você vai ser minha custe o que custar querida Genu."
Horas depois...
Virgulino estava sozinho no seu quarto do hotel pensando em tudo que havia acontecido nos últimos dias, ele se deu conta que precisava falar com os filhos que com certeza não estava entendendo nada o que está acontecendo entre ele e a mãe deles ao ver que a uma hora dessa eles estariam em casa correu para ter uma conversa com os filhos.
O amigo de Afonso seguiu para à Avenida Angélica assim que chegou lá ficou parado na frente da casa em dúvida se entrava direto ou batia na porta foi quando Lili surgiu abrindo a porta dando de cara com o pai. Ela ficou feliz com sua presença ali e disse:
- Meu pai que bom que o senhor está aqui. Por que ainda não entrou? Venha!
- Eu acabei de chegar é que...
- Entre Lúcio e a mamãe estão lá dentro com certeza vão ficar felizes de vê-lo aqui.
Lili e Virgulino entraram Lúcio estava sentado no sofá assim que viu o pai deu um pulo do sofá e foi logo o cumprimentar:
- Meu pai que surpresa! O senhor saiu daqui daquele jeito que até agora não entendi nada.
- Foi justamente por isso que estou aqui vim me explicar com vocês!
- Claro pai! Eu achei que o senhor veio falar com a mamãe depois de ela ter passado a noite fora acredito eu que vocês se acertaram.
- É uma história longa falando na mãe de vocês onde ela está?
- Está na cozinha preparando o jantar.
- Então eu vou falar com ela e depois venho  aqui conversar com vocês me esperem aqui.
- Pai vamos fazer o seguinte eu acho que o senhor tem muita coisa pra conversar com nossa mãe eu e Lúcio vamos dar uma volta e depois nós conversamos.
Lili foi logo arrastando o irmão para fora nem dando tempo para ele responder Virgulino aproveitou a saída encaminhou-se a cozinha.
Chegando na cozinha ficou olhando Genu de costas cozinhando foi quando se virou deu de cara com o marido:
- Aí Virgulino que susto eu não sabia que você estava aqui.
- Eu acabei de chegar precisava falar com nossos filhos do que está acontecendo entre nós, mas Lili achou melhor nós conversarmos primeiro e arrastou Lúcio para fora de casa por acaso você contou algo para ela?
- Ela já sabe de tudo Virgulino!
- Você contou toda a verdade a ela? E Lúcio também sabe?
- Não Virgulino, eu sei que estou sendo covarde com nosso filho em falar sobre isso, mas assim que eles voltarem para casa eu prometo contar. Mas se você quiser conversar com eles contando como se sente a respeito disso eu não vou achar ruim vai ser bom porque assim eles veem como está sendo para nós dois.
- Genu tente entender eu estou com ciúmes só de ver aquele abutre te rodeando mas eu não consigo esquecer a noite de amor que nós tivemos é que...
- Shhh! Não fala mais nada! Só me beije homem.
A paixão entre eles falou mais alto, ele puxou-a para junto dele que era bem nítido o quanto as respirações estavam aceleradas e não perdeu tempo a beijou. Iniciou um beijo cheio de carinho, sereno e terno as mãos dele começou a descer em direção a coxa dela ela disparou um olhar faminto dizendo:
- Aqui não! Vamos ao nosso quarto!
Ao correrem para o quarto deles, Genu fechou a porta que começou a prestar atenção nos olhos azuis do esposo, estavam um tanto brilhantes que fitavam-a de forma intensa ele foi retomar de onde pararam na cozinha mas a mulher implorou seu perdão novamente:
- Aqui estou eu implorando novamente seu perdão e repito eu o amo.
Virgulino ergueu nos braços Genu que estava ajoelhada aos seus pés os lábios do casal se uniram a um beijo fervido. Ao mesmo tempo ela inclinou sua cabeça permitindo que a boca dele beijasse seu pescoço e pequenas mordiscadas bem devagar ela tirou seu colete, abriu cada botão da camisa daquele grisalho, olhos azuis que refletem o seu amor e desejo por ela.
As mãos dele soltaram os seus cabelos, tirando seu avental que cobria parte do seu vestido, depois o seu vestido era aberto deixando apenas a mulher com apenas lingerie. Os raios da lua do céu que invadiram o quarto deles focou exatamente neles que ainda estavam com poucas peças de roupas.
Tanto ele e ela estavam refletindo a luxúria, um dos maiores pecados que dizem ser o pior deles. Ambos arrancando as últimas peças que ainda estavam vedadas foram expostas chegando nos finalmente e se entregarem um ao outro tendo mais uma tórrida noite de amor.
A noite realmente pegou fogo na casa dos Coutinho, Virgulino e Genu passaram mais uma noite juntos no quarto deles, com inúmeras juras de amor e dormiram abraçadinhos nos braços do outro.
O Sol já estava dando as caras, eles foram acordando aos poucos Genu continuava bem agarrada nos braços de Virgulino com medo deles saírem daquela redoma que os envolviam e o marido resolvesse ir embora novamente.
Passados alguns minutos a mãe de Lúcio e Lili tomou coragem resolvendo encarar tudo foi dando indícios que estava acordada ao abrir os olhos Virgulino a olhava:
- Bom dia! Está acordado há muito tempo?
- Não muito. Eu preciso ir embora.
- Virgulino espere! Eu queria...
- Não Genu é melhor nos levantarmos depois conversamos sobre isso.
- Virgulino por favor nos dois sabemos que não podemos ficar longe um do outro, nos amamos volte para casa e para mim meu amor. Não existe pessoa que eu amo mais do que você além da nossa família Virgulino. Mesmo que o Vicente tente ele não terá nenhuma chance comigo.
- Está bem Genu eu volto para casa, você tem toda razão irei me arrumar para o trabalho agora, mais tarde eu passo no hotel pego minhas coisas e volto para cá.
- Eu te amo Virgulino! Você é e será para sempre o grande amor da minha vida!
- Eu também a amo Genu! - Ele pegou a mão dela ajudando a se levantar da cama  que selou aquela reconciliação com um beijo tão gostoso nos lábios finos dela.
Virgulino e Genu saíram do quarto, foram se arrumar, alguns minutos depois o casal eles estavam sentados juntos na mesa tomando o seu café juntos quando os filhos deles apareceram e ficaram surpresos ao ver o pai deles ali se deram conta que ao voltarem para casa como estava tudo silencioso acharam que o homem havia ido embora mas foi exatamente ao contrário.
- Meu pai o senhor dormiu aqui? Isso quer dizer que...
-Dormi sim isso quer dizer que eu e sua mãe se reconciliamos. Mais tarde buscarei minhas coisas no hotel e volto para casa.
- Aí que bom nós estávamos muito tristes com a separação de vocês.
- Acreditem nós também não estávamos aguentando ficar separados, agora nós reatamos eu não consigo viver sem a mãe de vocês.
- E nem eu vivo sem você Virgulino.
O casal se beijaram sob o olhar dos filhos que aplaudiam aquela reconciliação deles Lúcio interrompe aquele momento trazendo a tona de volta a realidade triste que estava acontecendo com Afonso:
- Eu sei que hoje é motivo de festa para gente, mas pai o senhor já falou com seu Afonso depois do que aconteceu?
- Como assim? O que foi que aconteceu?
- Virgulino com esse turbilhão de coisas que vem acontecendo eu não consegui te falar que dona Shirley faleceu.
- Como foi isso?
- Me parece que foi um atropelamento. Eu não sei direito a história, ontem quando cheguei de manhã os meninos me contaram o que havia acontecido.
- Por Deus eu preciso falar com o Afonso. Genu eu vou lá falar com ele, depois vou para o trabalho nos vemos mais tarde.
- Claro querido eu estarei lhe esperando ansiosamente.
Os pombinhos apaixonados se despediram Virgulino foi até o armazém ver Afonso que ainda não acreditava naquilo que sucedeu em Campinas ele nem viu o amigo entrar que deu os pêsames:
- Sinto muito amigo! Acabei de saber pela Genu e os meninos o que aconteceu com dona Shirley. Eu não vim antes porque havia acontecido umas coisas lá em casa que agora tudo voltou ao que era antes. - Como foi isso Afonso?
- Eu tinha recebido uma carta supostamente vinda dos meus parentes lá de Campinas, falando que precisava muito de mim lá o quanto antes. Assim que recebi a carta viajei às pressas, ao chegar lá descobri que tudo não passou de uma artimanha de Shirley para me afastar da Lola. Shirley foi atrás de mim tentou fazer com que reatasse nosso casamento, a Lola já estava pensando que o nosso sumiço tinha a ver com uma possível reconciliação.
- Que enrascada meu amigo! Mas o atropelamento foi aqui ou lá?
- Foi em Campinas justamente no dia que eu descobri sua armação, ela tentou me convencer a dar uma nova chance a nós eu recusei, ela estava tão atordoada que nem percebeu que um carro veio na sua direção e a pegou de forma certeira.
- Por sorte deu tempo de socorrê-la, ela ficou desacordada por pouco tempo o motorista a ajudou e nós a levamos para o hospital. Ao chegar no hospital descobriram um tumor na cabeça, ela começou a passar mal e não conseguiu resistir.
- Quando eu voltar para casa nós terminamos a nossa conversa Afonso. Até logo!
Virgulino foi se afastando da avenida Angélica, já um bonde chegou naquele instante uma mulher desceu ali no local. Era uma moça morena, olhos castanhos esverdeados, de um metro e setenta ficou parada olhando uma casa que estava entre a casa da protagonista e Genu Durvalina estava indo para casa de Lola viu aquela desconhecida e perguntou:
- Com licença, a senhora precisa de ajuda?
A mulher desconhecida toda simpática se virou respondendo:
- Não! Estou esperando meu corretor de imóveis que me falou dessa casa aqui que está para venda, eu agradeço a ajuda pelo visto ele tinha razão que a casa é linda.
- A senhora vai gostar muito daqui! Aqui a vizinhança é muito boa. Todos aqui se ajudam.
O corretor chegou atrasado ali, vendo que a sua cliente estava conversando com alguém da vizinhança já ficou animado que o negócio vai ser concluído ele se aproximou delas e as cumprimentou:
- Bom dia! Senhora Alencar peço desculpas pelo atraso vamos ver a casa?
- Vamos! Obrigada senhora...
- Durvalina, seja bem vinda. A senhora vai gostar muito daqui.
- Obrigada!
A empregada se retirou, os desconhecidos entraram na casa que estava à venda a mulher ficou fascinada com o imóvel e já deu o seu parecer:
- Vou ficar com ela! Onde eu assino?
- Aqui.
O contrato de venda foi fechado, a nova casa tem uma nova moradora: Virginia; ela pegou as chaves e programou sua mudança para o dia seguinte.
Passam-se algumas horas, era horário de almoço Genu estava saindo de sua casa para comprar algo para fazer um jantar bem especial ao seu amado ela estava indo pegar o bonde uma mão pegou seu braço impedindo que ela subisse ao se virar disse:
- VOCÊ!
- Calma Genu! Nós precisamos conversar!
- Eu não tenho nada para conversar com você. Me solta ou eu vou gritar!
- Eu não vou fazer nada de mal, desce daí! Vamos conversar ali!
Para evitar um escândalo no meio da rua a melhor amiga de Lola desceu do bonde Vicente soltou o braço dela e os dois ficaram parados no local que havia sugerido. O vilão começou a fazer seu teatro:
- Genu eu vim dizer que prometo não irei mais te procurar e vou deixar você e o seu marido viver em paz.
- Você está falando sério? Não sei se devo confiar em você, depois do que você me fez no passado eu não consigo acreditar em qualquer coisa que venha da sua boca.
- Essa é a verdade Genu! Depois do nosso último encontro precisava te ver para te pedir perdão.
- Se você está dizendo a verdade realmente me esqueça e não me apareça mais por pouco você quase acabou com o meu casamento com o Virgulino.
- Então pelo menos podemos ser amigos?
- Isso já é pedir demais. Agora preciso ir!
No momento que estava indo embora Genu é atacada por trás, um homem coloca um lenço umedecido com clorofórmio no seu nariz a fazendo desmaiar que cai nos braços de Vicente e a põe no carro.

Algumas horas depois Virgulino saiu do trabalho e foi até o hotel pegar seus pertences, ele não se aguentava de tamanha felicidade por ter se acertado com Genu no caminho para casa ele passou em frente a uma floricultura e resolve comprar um lindo ramalhete de flores. Pouco depois ele chegou em casa todo empolgado encontrou seus filhos muito nervosos e disse:
- O que houve meninos? Que caras são essas?
- Meu pai a mamãe sumiu!
Virgulino continuou olhando os filhos esboçando nenhuma reação porque ainda estava incrédulo que aquilo podia ser verdade, o buquê que estava em suas mãos caiu no chão.
- C.. como assim a Genu sumiu?
- Ela saiu depois do almoço para comprar algumas coisas e não voltou até agora. Nós saímos para procurá-la e não a encontramos em lugar nenhum. Também perguntamos para os vizinhos, a viram conversando com um homem perto do bonde e depois disso não souberam mais nada dela.
- E como era esse homem?
Lili descreveu como era o homem Virgulino ficou pensando de onde conhecia alguém com aquela descrição até que veio na sua mente quem se encaixava perfeitamente:
- Eu não posso acreditar que aquele desgraçado do Vicente foi capaz de fazer isso.
- Será pai que esse homem foi capaz de vir até aqui atrás da nossa mãe e ainda levá-la a força? - Falava Lili.
- Peraí gente eu não tô entendendo nada quem é esse ai? E por que levaria nossa mãe?
- Ele é louco minha filha eu tenho medo do que possa acontecer com a sua mãe nas mãos daquele crápula. Lúcio é uma longa história, não podemos perder tempo preciso encontrar a mãe de vocês, mas como? Onde será que você está Genu?

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