"Algumas pessoas dizem, que você vai se apaixonar, e que quando acontecer, você vai ficar com essa pessoa, para sempre! Que sua vida não terá sentido sem ela, mas nem tudo o que dizem, é verdade! "
_ Autor desconhecido. _
Amigos desde a infâ...
— Meu amor, eu tive uma ideia ótima! Ainda estávamos na cabana e a chuva caía forte lá fora. Bella ainda estava aqui, deitada ao meu lado, com a cabeça apoiada no meu peito depois de uma noite e tanto de amor e prazer. Ela vira e apoia o queixo nas mãos toda sorridente. Então, a menina pergunta: — E que ideia ótima seria essa? — O que você acha de a gente fugir? Fugir para qualquer lugar, só nós dois?! E aí, a gente aproveita e se casa por lá mesmo, sem ninguém, só a gente! — É brincadeira, né, amor? — Sorrio. — Mas até que foi engraçado! — Olho para ela sério. E Bella se senta. — Eu... — Ai, meu deus, Jacob! Não era brincadeira? — Não, não era brincadeira! Sabe, eu só queria ficar longe disso tudo. Desculpe pelo que eu vou falar, mas a gente tem que manter distância da sua mãe e também da Raquel. Eu sinto que, se a gente não se afastar delas, nós nunca vamos ser felizes! — Espera aí, deixa eu entender! Você quer fugir comigo para longe daqui, longe das nossas famílias, dos nossos amigos, só para poder casar escondido, como se a gente estivesse fazendo algo errado?! — Calma! — Peço. — Eu só queria que fosse um momento nosso, sem preocupações, sem nada; apenas nós dois, longe de tudo isso! — Eu sei que a minha família assusta e agora, com a chegada da Raquel, apareceram medos, inseguranças. Mas, poxa, é o nosso casamento perante Deus e eu quero que todos presenciem o nosso amor. Eu não quero ter que fazer isso longe dos meus pais, dos meus amigos, e acho que você também não! Ela ergue uma sobrancelha, acho que aguardando minha resposta. Pela sua carinha, Bella espera que seja uma reação positiva. Então, penso por alguns instantes e resolvo falar: — É. Você tem razão! É loucura da minha parte, mas quero que nós nos casemos o quanto antes. Que tal em um mês?! — Um mês é pouco. E outra, tem os preparativos... — Tá legal. Você está certa, mas tem que ser o quanto antes! — Tudo bem, amanhã mesmo iremos na igreja falar com o padre Miguel. Para marcar a data do nosso casamento! — Sim! Enfim saberei o dia em que me tornarei seu marido — digo, e ela me beija suavemente. — A chuva passou, acho melhor a gente ir. — É, vamos! Saímos da cabana quase onze horas da manhã e eu já estava com muita fome, meu estômago reclamava por isso. O frio era outra coisa que não estava ajudando, já que eu estava apenas de camisa, sem uma blusa de frio, porque acabei dando a única que vestia para a Bella. Quando cheguei em casa, minha mãe não estava. Abro a geladeira e pego um suco e um pedaço do bolo que estava sobre a mesa. Como.
Isabella
Hoje é meu dia de folga e, por não ter ninguém em casa, resolvo cuidar de mim. Começo por um belo banho de banheira: coloco-a para encher e entro nela, ficando imersa sobre as águas. De banho tomado e cabelos lavados, faço uma bela hidratação; deixei o produto por algum tempo e fui pintar minhas unhas com um preto fosco, cor pela qual sou apaixonada. Quando as unhas secaram, já era hora de retirar a hidratação do cabelo. Depois de lavados, me olhei no espelho e ele estava maravilhoso! Meu celular começa a tocar. Olho a tela e vejo que é a Mirela. — Oi, Mih, tudo bem? — Tudo bem um cacete, onde você se meteu na festa? — Você só pode estar tirando com a minha cara! — Não, não estou tirando com a sua cara! Você me largou lá, e sozinha. E se eu tivesse ficado bêbada ou algo do tipo? O que eu faria, já que você me deixou para trás? Reviro os olhos pelo drama que a Mirela fez. — Acabou? Posso falar agora? — Silêncio. — Primeiro, você é que me deixou sozinha, saiu para buscar cerveja e não voltou. Sabia que o Caio estava te procurando? Ouço sua risada. — Talvez ele tenha te achado, ou estou enganada? — Nossa, amiga, desculpa, ok? Eu só me empolguei um pouco e você sabe ele é um gatinho! — Tudo bem, Mirela. Eu te desculpo! — Amiga, depois que você sumiu, nem imagina quem apareceu na festa, voltou definitivamente para a cidade. — Sei, sim, e não gostei nada de vê-la novamente! — A Raquel já chegou causando, foi? Vai, me diz o que ela fez dessa vez. — Comigo nada! Só beijou o Jacob! — Mentira que aquela safada fez isso! — Fez, sim! E foi isso que me fez sair de lá. — E você e o Jacob? Não me diga que vocês... — Não, a gente até brigou, e que briga viu? Mas já tá tudo resolvido. — Sorrio alto. — Quero detalhes! Já almoçou? — Não, ainda não! Por quê? — pergunto curiosa. — Beleza, passo na sua casa em meia hora. — Tá bom, te espero. Desligamos e fui me arrumar. Para falar a verdade, apenas me vesti, já que tinha acabado de tomar banho e arrumado o cabelo. Como a Mirela é meio louquinha da cabeça, meia hora para ela eram apenas vinte minutos ou menos para mim. Vesti uma calça jeans preta, uma blusa de alcinha azul e um tênis branco. Peguei um casaco, pois o tempo ainda estava muito frio. Passei batom e perfume e desci as escadas exatamente no momento em que a minha amiga tinha chegado, passados apenas quinze minutos. E, ainda assim, ela se superou. — Tá atrasada! — digo, entrando no carro dela. — Sério? Foram quantos minutos dessa vez? — Cinco minutos! — Da próxima vez, eu faço melhor! — Sorri e dá partida. A minha amiga é realmente muito bonita com seus cabelos castanhos e olhos cor de mel, ela encanta a qualquer um, inclusive o Caio. Assim que deu partida no carro, vi que Mi vestia um macaquinho preto e uma sandália plataforma da mesma cor. Por cima do macaquinho, usava uma jaqueta jeans que favorecia muito o look. Vestida para matar, como ela mesma disse. Senti-me uma mendiga perto dela, usando meus famosos tênis e calça jeans. — E você, estava pretendendo sair para algum lugar? — ela pergunta enquanto dirige. — Não! Aliás, cheguei há pouco tempo, duas horas, eu acho. Resolvi curtir um pouco da minha folga cuidando de mim. E aí, para onde você tá me levando? — Almoçar, ué; depois, cinema. — E onde a gente vai almoçar? — Marina! — Tá tirando, né? — pergunto brava — Não! Ah, qual é, Bella? É o melhor restaurante que tem nesse fim de mundo! — A gente trabalha lá todos os dias! E na nossa folga, para onde a gente vai? Marina! — Bufo, reviro os olhos e solto o ar preso nos pulmões. Minha amiga me olha de lado e fala: — Se você não quiser, a gente pode ir para outro lugar! De boa, mas não garanto que vai ser a mesma coisa! — Tá bom! Tá bom! — Isso aí! — comemora.
(...)
Chegamos ao restaurante quando já passava da hora do almoço, perto de uma horas da tarde. E, mesmo assim, o restaurante continua cheio, com mais gente chegando. Fomos ao balcão. — Oi, Dani. Cheio hoje, hein? — A Daniela é nossa amiga há anos, e inclusive foi ela quem nos arrumou o emprego em que a gente trabalha. — Meninas, vocês aqui, em plena folga! — Pois é, ideia da Mirela! — Viemos almoçar, ainda tem alguma mesa vazia? Estou morrendo de fome! E vocês duas sabem que nenhum restaurante se compara a esse! — Mirela diz, nos fazendo rir. — Como podem ver, estamos lotados aqui dentro. No entanto, a área externa está praticamente vazia! Vou pedir a alguém para levar vocês até lá. — Qual é? A gente pode ir sozinha, conhecemos isso aqui como a palma da nossa mão — Mirela afirma. — Ok, meninas, podem ir então. Logo alguém irá atendê-las. — Ok! Tchau, Dani! Viramos em sentindo à mesa. Chegamos a dar alguns passos até ouvir a Dani nos chamar. Giro nos calcanhares e olho para ela, que faz um gesto com a mão e nos chama. Retornamos ao balcão. — Esqueci de falar: sua mãe e seu irmão estão aí com um gostosão de olhos azuis que eu não conheço. — É? E como é esse “gostosão”? — Faço aspas com o dedo. — Me diz — peço. — Ele é alto, pele clara, olhos azuis, cabelos pretos e está vestindo terno. Simplesmente o homem dos meus sonhos! E outra, ele chegou primeiro que sua mãe e ficou esperando por eles — fala, sorrindo maliciosa. Penso por alguns minutos e então ele me vem à mente. — Pelo que você descreveu, só pode ser o Nicolas Miller! Mas o que ele estaria fazendo aqui, almoçando com minha mãe e meu irmão? Isso é muito estranho! — Nicolas Miller, neto do Lauro Miller? Jesus Cristo, que homem! Mas como você conhece ele? — Dani pergunta curiosa. — Eles foram amigos quando crianças. E, Bella, o que tem de estranho nisso? Eles podem estar só conversando — Mirela fala. Olho para ela e, com sarcasmo, pergunto: — Conversando? Tipo o quê? Vai, me diz, sabe tudo! — Ah, sei lá, Bella, negócios ou coisa do tipo, coisas que pessoas normais fazem! Afinal de contas, ele acabou de chegar na cidade. Ou, se preferir, podemos ir até eles e perguntar do que eles estão falando! — Mirela fala impaciente. — Você quer fazer isso? Se não, a gente pode ir comer agora? — Não! Não quero. E acho melhor a gente ir embora! Mirela fica vermelha de raiva exclama: — É sério isso, Bella? A gente já tá aqui! Vai, vamos comer, a gente não vai achar mais nenhum lugar em uma hora dessas. Por favor! — ela pede manhosa. — Tudo bem, vamos! Dani, que até aquele momento só escutava a gente, resolveu falar: — Então vão logo, estão chegando mais clientes e isso aqui vai lotar! E, Bella, não se esqueça de me apresentar o bonitão depois! Balanço a cabeça, já um pouco longe, pois a Mirela está segurando o meu braço. Confirmo para a Dani e grito: — Obrigada por avisar! Ela sorri e seguimos para a mesa.
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