2° Capitulo

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S/n Point Of View


Abro os olhos lentamente e suspiro olhando pro teto.

Mais um dia nesse lugar.- falo tristemente e me levanto.

Faço minha higiene pessoal e tomo banho. Troco de roupa e vou pra cozinha preparar o café da manhã. Após terminar como e começo a limpar a casa enquanto meus tios e primos tomavam seu café. Aproximo-me da porta e vejo que o carteiro tinha passado, pois tinha cartas ali. Pego elas e começo a ler vendo que a maioria era de contas, mas uma me chamou atenção.

Meu coração vibrava como um elástico gigante. Ninguém jamais, em toda a minha vida escreveu pra mim. Mas também quem escreveria? Eu não tenho amigos, nem outros parentes. Contudo, ali estava, uma carta, com o endereço tão claro que não podia haver engano.

Sra. S/n Stewart

O Armário sob a Escada

Rua dos Alfeneiros 4

Little Whinging

Surrey

O envelope era grosso e pesado, feito de pergaminho amarelado e endereçado com tinta verde esmeralda. Não havia selo.

Quando viro o envelope vejo um lacre de cera púrpura com um brasão; um leão, uma águia, um texugo e uma cobra circulando uma grande letra "H".

Quando viro o envelope vejo um lacre de cera púrpura com um brasão; um leão, uma águia, um texugo e uma cobra circulando uma grande letra "H"

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Volto pra cozinha e entrego as outras cartas pro meu tio enquanto encarava a minha carta. Estava preste a abrir quando sinto alguém puxar a carta de minhas mãos.

Pai olha!- Zack corre até meu tio.- S/n recebeu uma carta.

Hey me devolve!- falo alto.- é minha!

Sua? Quem ia escrever pra você?- meu tio zomba.

Ele vira a carta e seu sorriso morre assim que lê. Ele me encara serio e engulo seco.

(...)

No dia seguinte meu tio fez uma coisa que jamais fez, me visitou no meu quarto.

Cadê minha carta?- perguntei o encarando assim que ele parou na porta.- quem escreveu?

Ninguém. Mandaram pra você por engano.- ele disse secamente.- então a queimei.

Não foi engano.- retruco ele.- tinha o endereço do meu armário.

Calada!- ele fala.- bem S/n... sobre esse armário. Sua tia e eu estivemos pensando... você realmente esta ficando grande demais pra ficar aqui...achamos que seria bom se você se mudasse pro segundo quarto de hospedes.

Por quê?- perguntei sem entender o motivo de sua bondade.

Não faça perguntas.- disse ríspido.- leve suas coisas para cima agora.

A casa dos meus tios tinha cinco quartos: um para meus tios, um para Zack, um para Olivia, dois para hospedes (que no caso era só a irmã do meu tio).

Precisei apenas de uma viagem pra levar minhas coisas já que eram bem poucas. Naquele quarto tinha algumas coisas quebradas e alguns livros. Sorrio pegando um livro e assopro tirando a poeira dele.

Vai ser legal ficar aqui.- sussurro.

(...)

Na manhã seguinte, todos estavam muito quietos. Quando o correio chegou, meu tio, que parecia estar tentando ser agradável comigo, fez Zack ir me chamar. Assim que ia me aproximando pude ouvir meu tio conversando com minha tia.

Droga! Chegou outra carta para ela.- meu tio fala entre dentes.- Sra. S/n Stewart, O Menor Quarto da Casa, Rua dos Alfeneiros 4...

Outra carta pra mim.- falo sorrindo e entrando na sala.

Volte pra seu quarto!- minha tia fala secamente.

Mas...- meu tio me interrompe.

Mas nada!- ele joga a carta na lareira.

Suspiro indo pro meu quarto e assim que chego fico andando de um lado pensando que; alguém sabia que me mudei do armário e parecia saber que eu não recebi a primeira carta. Isto significa com certeza que a pessoa ia tentar outra vez? E desta vez eu tomaria providencias para que desse certo. Tenho um plano.

(...)

O despertador que consertei daquelas tralhas tocou ás seis horas da manhã seguinte. Desliguei depressa e me vesti em silêncio. Não podia acordar ninguém. Desci as escadas sorrateiramente sem acender nenhuma luz.

Ia esperar pelo carteiro na esquina da Alfeneiros e receber primeiro as cartas endereçadas ao numero quatro. Meu coração batia com força quando atravessei sem ruído o corredor escuro até a porta de entrada.

As luzes se acenderam e para meu horror na porta de entrada estava um saco de dormir indicando que meu tio dormiu ali para impedir que eu pegasse alguma carta. Meu tio estava me encarando com raiva e começou a gritar comigo por quase meia hora e depois me mandou fazer uma xícara de chá pra ele.

Fui para cozinha e fiz o que ele mandou. Quando voltei o correio já tinha sido entregue. Na mão do meu tio tinha três daquelas cartas e antes que pudesse dizer alguma coisa ele rasga as três em pedacinhos.

(...)

Na sexta feira meu tio ficou em casa garantindo que nenhuma carta parasse em minhas mãos e eu tinha o visto queimar pelo menos umas dozes cartas. Ele começou a pregar tabuas em tudo que é buraco para as cartas não passarem.

(...)

No sábado as coisas começaram a fugir do controle do meu tio. Vinte e quatro cartas acabaram entrando em casa, enroladas e escondidas nas duas dúzias de ovos que o leiteiro tinha entregado para minha tia pela janela da sala de estar. Enquanto meu tio dava telefonemas furiosos para o correio tentando encontrar alguém para se queixar.

Minha tia pegou as cartas e começou a picar cada uma no processador de alimentos.

Quem é que fica mandando essas cartas pra você?- minha prima pergunta assustada.

Queria saber.- falo suspirando.

Meus pais não me contam... nem pro meu irmão e você sabe que ele é o filho preferido.- ela sabe e assinto.

(...)

No domingo meu tio se sentou na cadeira com uma aparência cansada e meio doente, mas parecia feliz. Eu fico me perguntando o porquê?

Não tem correio aos domingos.- ele fala como se tivesse lendo meus pensamentos.- nada de cartas idiotas hoje...

Enquanto ele fala feliz uma coisa desceu chiando pela chaminé do fogão e acertou com força na sua nuca. No instante seguinte, trinta ou quarenta cartas saíram velozes da lareira como se fosse tiros. Todos se abaixaram menos Olivia que tentava pegar uma carta, e assim que ela pega me entrega.

Começo a correr pro meu quarto enquanto meu tio me perseguia.

Me lagar.- falo assim e ele me segura.- me deixa em paz. Elas são pra mim.

Já chega!- ela fala me segurando.- quero todos aqui em dez minutos prontos para saírem. Vamos viajar. Peguem somente algumas roupas!

Ele estava tão nervoso que ninguém se atreveu a falar nada, então todos fomos arrumar nossa mala. Depois de uns dez minutos eles tinham tirado as tabuas e fomos pro carro. Meu tio dirigia rápido pela estrada e enquanto minha tia se mantinha quieta no banco na frente. Zack estava resmungando no banco de trás, pois queria levar a televisão, o vídeo game e o computador. Olivia e eu ficamos em silencio sem entender o motivo disso tudo, é só cartas pra mim. Não a necessidade disso tudo


OIEEEEE

Começou a chegar as cartas para você.

Hogwarts (Camren/You) (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora