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Boa tardeeee!
Vamos de mais um capítulo pra vocês, espero que estejam gostando e se sim não deixem de votar, ok?

Alexandre


— O que está acontecendo? — Ludovica levou a mão e fincou as unhas no meu braço quando o elevador deu um pequeno tranco e parou.

— Ei, calma. — Segurei sua mão gelada e a encarei por uns segundos.

— Eu não acredito! — Resmungou quando as luzes se apagaram e então somente uma minúscula de emergência se acendeu.

— Droga. — Olhei o painel que marcava ainda estar no subterrâneo.

— Estamos no estacionamento ainda, abra essa porta! — Falou desesperada

— Não estamos, o elevador subiu um pouco. — Tentei acalmá-la e a porta se abriu sozinha nos mostrando um paredão de concreto impedindo a nossa saída.

— Ai meu Deus! — Levou a mão ao peito.

— Ei você está, bem? — Tentei acalmá-la. — Você está tendo um ataque de pânico? Respire pelo nariz e solte pela boca, vai ficar tudo bem, ok? Estou aqui. — Segurei seus braços enquanto seus olhos estatelados se mantinham nos meus.

Ludovica começou a puxar e soltar o ar como eu tinha sugerido e eu apertei um botão que ligava para portaria.

— Alô? — A voz do porteiro soou.

— Wagner, sou eu, Alexandre.

— Travou aí né seu Alexandre? O sistema já informou aqui.

— A porta abriu, mas tem um paredão de concreto.

— Ah, puxa vida, é entre o subterrâneo e o térreo, eu vou ligar lá para o moço vir.

— Será que ele demora? — Ela o atropelou desesperada.

— O senhor não tá sozinho?

— Não, eu e Ludovica. — Contei percebendo em como a garota começava a tremer.

— Certo senhor, fiquem calmos, vou pedir urgência. — Falou e tudo ficou mudo de novo.

— Eu... — Ela tentou falar, mas sua voz se embolou com um choro sofrido.

— Estou aqui, Ludo. — A puxei para um abraço apertado. — Está tudo bem, vamos sair logo, logo. — Acariciei suas costas enquanto ela aceitava meu acalento.

— Vem, vamos nos sentar.

— O meu pior pesadelo... esse elevador velho do caralho! — Resmungou irritada e eu deixei escapar uma risada baixa enquanto a via jogar a bolsa de lado e se sentar no chão encolhida. Sentei ao seu lado esticando as pernas e cruzando os tornozelos.

— Você está muito calmo, Alexandre. — Me acusou.

— Eu não estou, mas acho que se nós dois surtarmos não vai ser boa coisa. — Confessei balançando os pés ansioso. Eu não estava confortável ali, mas Ludovica visivelmente tinha uma claustrofobia, e minha irritação não chegava a tanto.

— Hum. — Ela limpou as lágrimas que teimavam em descer pelo rosto.

Peguei sua mão na minha e entrelacei nossos dedos repousando sobre minha coxa. Ali naquela caixa metálica o perfume doce dela era ainda mais gostoso, encarei suas unhas delicadas pintadas num vermelho sangue.

— Já fiquei preso num elevador antes, eu tinha treze anos. — Comecei a contar e capturei sua atenção conseguindo a distrair. — E o prédio tinha vinte e três andares, fiquei entre o vigésimo e décimo nono, a porta se abriu e eu podia ver o fosso lá embaixo, uma escuridão tremenda. Estava sozinho, e demoraram o que me pareceu horas para ser resgatado.

Amor pra recomeçarOnde histórias criam vida. Descubra agora