Após se despedir de Hina e Wagner, Hebe desceu os degraus do estacionamento abriu a porta do motorista e esperou pro Pietro sentada.
Ele Pareceu uns 6 minutos mais tarde enquanto Hebe checava seu celular onde só havia uma mensagem.
— Então, você realmente sabe para qual instituição eu posso fazer uma doação?
Ele disse parando perto da Kombi olhando para os arranhões nas latarias de forma muito indiscreta.
— Nana-Nina-não! Se você quer ajudar o próximo vou te ensinar a fazer isso do jeito correto! Sobe aí! — Hebe disse sem olhar para o patrão que olhou para a Kombi e para ela.
— Aonde vamos e porque vamos no seu carro?
— Onde vamos só te interessa quando chegarmos lá e quanto ao carro, eu vejo lá no outro lado da garagem um carro preto muito semelhante ao que ...você sabe !
— Matou seu noivo?— Pietro perguntou fazendo cara de peixe morto.
— Exatamente! Só que parece que tiraram os amassos que a cabeça dele deixou na lataria e no vidro, o que o dinheiro não restaura fora a vida não é?— Hebe disse com uma expressão sínica.
— Olha isso magoou!
— Sinto muito, agora por favor suba no banco do carona da kombosa e vamos para "não vou dizer onde até chegarmos lá" !
Pietro suspirou indo até o outro lado da Kombi, abriu a porta que tinha um barulho seco irritante, se apoiou em dois lugares diferentes para descobrir como subir.
— Então... Onde nós vamos ?
— Você vai ver!— Hebe disse séria. Deu a ré na Kombi barulhenta e saiu pela garagem.
— Você não vai mesmo me contar?— Pietro perguntou com as mãos juntas na frente do corpo meio assustado. Hebe teve vontade de rir mas a vontade de bater nele que sentia a todo momento foi mais forte.
— Se perguntar novamente eu abro a porta e jogo você pra fora!
— Talvez não seja má ideia! E se você estiver me levando para retirar meus órgãos?
— Se eu fosse traficante de órgãos meu carro não faria barulho de céu de festa junina toda vez que eu troco de marcha! — Hebe disse séria. Pietro ficou quieto com alguns segundos mas não se aguentou por muito tempo.
— Olha ...— Começou fazendo Hebe revirar os olhos e bufar fazendo a franja esvoaçar e ficar meio espetada— Porque você odeia tanto gente rica? Você é marxista ?— Perguntou realmente incomodado com a franja espetada de Hebe, por um segundo tentando esticar a mão para ajeitar recebendo um olhar que deixaria qualquer monstro de filme de terror com medo.
— Eu não tenho nada contra ricos, eu tenho contra você!
— Isso não e verdade, pelas câmeras eu vi você revirando os olhos enquanto atendia os clientes hoje!
— Você me espiou?— Ela perguntou parando no sinal vermelho da avenida com rosto ganhando rubor nas maçãs e nariz.
— Eu sou o dono da empresa, eu tenho a acesso as câmeras, eu vejo todos os funcionários, o que faz você pensar ser diferente ao ponto de eu não ter visto todos pela câmera e apenas reparado um detalhe em você?— Pietro perguntou sorrindo amarelo e encolhendo-se mais ainda no banco.
— Você deveria ser Político sabe mentir muito bem! — Hebe disse pisando no acelerador quando o sinal abriu.
— Oh não... Eu sou péssimo com dinheiro, você já deve ter notado isso!
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Até que a morte nos Junte
RomanceHebe é uma florista quase falida, Pietro é herdeiro de uma funerária e André morreu atropelado por um Opala preto.