Prólogo

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Avonlea - CANADÁ

Anne:

  Hoje foi um dia cansativo, pelo menos consegui corrigir todos os trabalhos, fico feliz quando vejo que todos os alunos conseguiram fazer sem ter muitas dúvidas, é ... gratificante. Saio no portão da escola quando May, uma de minhas alunas, me chama para se despedir, abro um sorriso me abaixando para ficar na mesma atura da criança e ela beija minha bochecha, juntamente de um "tchau tia Anne!". Tenho muito carinho por ela, em expecífico, durante as aulas percebo que ela se dedica bastante, também porque quando a vejo, é como se existisse me vendo sabe? Ela tem uma personalidade parecida com a da Anne de uns 10 anos atrás ... 

  Tenho que ir para casa guardar minhas coisas e me arrumar, pois Roy fez uma reserva no Cani's Restaurant para nós, hoje faz 2 anos que nos conhecemos e foi lá . Ele é um cara, do seu jeitinho, romântico, admiro muito isso nele, lembro das noites em que ele me acompanhava até em casa depois da faculdade ou quando saíamos para um jantar mais formal, nos quais ele sempre deixava claro o quão era sortudo por ter uma mulher como eu na vida dele - sou suspeita para falar, mas ele não está errado.

  Chego em casa e lá estão, minha mãe e minha tia sentadas no sofá vendo sua novela da tarde, elas não perdem um capítulo e quando acabam, discutem sobre o que viram. Já ouvi uma das discussões e acabei surpresa na quantidade de detalhes em que elas reparam, as vezes acho que poderiam ser contratadas para participar da mesma pois é cada teoria bizarra mas que no fundo faz sentido...Eu diria que são verdadeiras noveleiras. 

Meu pai passa pela porta dos fundos todo manchado de graxa, provavelmente usufruindo sua folga de hoje com mais trabalho, ele e meu tio estavam fazendo uma festa com o carro de algum cliente na garagem. Eles se divertem com isso, não julgo.

 Eles se divertem com isso, não julgo

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  Estou pronta, havia passado um bom tempo me arrumando para uma ocasião especial de hoje

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  Estou pronta, havia passado um bom tempo me arrumando para uma ocasião especial de hoje. 

  Saio de meu quarto com um sorriso que ia de orelha a orelha, passo por meus familiares e me despeço com um beijo em cada bochecha, meu tio é meio desconfiado quando se trata de Roy, sempre explico que ele é uma pessoa boa, mas Matthew diz que tem seus motivos... No caminho começo a pensar sobre o que meus amigos disseram, será que Roy se casaria comigo?  Será que hoje ele irá me pedir mesmo? 

  Eu havia dito que não seria um problema, mas eu realmente não sei, eu planejava fazer isso quando acabasse a faculdade, aí me casaria, e se fosse o caso, teria filhos. Minha família é pequena, meus pais tiveram uma filha que sou eu, tenho apenas dois tios que são os maternos pois meu pai também é filho único, já meus avós, não tenho muito contato com eles... Não sei se gostaria de pular uma etapa do meu planejamento assim...

  Roy se ofereceu para me buscar mas disse que ele poderia me esperar lá, eu queria ir andando, ter a sensação de encontrá-lo lá, assim como foi da primeira vez que nos vimos. Finalmente chego ao quarteirão do Cani's, avisto de longe meu namorado bem na porta então abro um sorriso e ele também, continuo andando e olhando para ele, chego a faixa de pedestres e sem olhar para os lados começo a atravessá-la, simplesmente não Parar de olhar para Roy, eu estava em euforia. Nesse momento percebo o homem desviar seu olhar de mim e sua expressão mudar brutalmente, ele intercala seu olhar para mim e quase desesperado grita meu nome, não havia entendido aquele ato, só deu tempo de me virar um pouco e ver um carro.

- ANNE! NÃO!

The Walkers • AU SHIRBERTOnde histórias criam vida. Descubra agora