The Walkers • AU SHIRBERT

Roy

narradora

  Anne havia reencontrado seus amigos, eles estavam ali e era isso que importava. Tudo bem que isso envolve toda a história do que está acontecendo com o mundo mas, estando com eles, ela estava bem. 

  Antes do jantar, eles botaram a conversa em dia, Cole também explicou para ela como as coisas funcionam ali, desde as rondas, turnos das vigias, as funções – todos tem uma função, são elas que ajudam a manter o acampamento em pé – e tudo mais. Era muita coisa para assimilar mas a ruiva captou tudo rapidamente e se sentia de certa forma protegida em saber de como as coisas eram organizadas nesse local. Anne contou a eles sobre os seus pais, chegou a soluçar boa ombros de seu amigo quando ele disse que não tinha como reverter o que aconteceu mas ao mesmo tempo em sua mente rondava o pensamento de que esse é o mundo em que vive agora, e tinha que ser forte - é claro que por dentro ela se sentia infinitamente afetada, seus pais morreram e se transformaram nessas coisas, e ela não pôde fazer nada pois nem consciência ela tinha.

- Vocês sabem sobre Roy...? - Anne pergunta esperançosa

- A última vez que a gente viu ele foi no hospital, estávamos te visitando quando tudo aconteceu - Ruby começa

Flashback do ponto de vista da Ruby do dia em questão

- Eles estão lá fora, Anne dá um sinal pra gente por favor - Suplico desesperada para ela, sem resposta.

- Podem ir frente, eu pego ela e encontro vocês - Roy quase grita

- Mas Roy

- VÃO

Cole abriu a porta, eu passei e em seguida ele, avistamos alguns dos caminhantes no fim do corredor mas ignoramos, precisamos achar a saída e esperar que Roy venha com Anne. Temos esperança de que ela vai acordar, ela precisa. Não poderíamos simplesmente deixá-la ali, ela não teria como se defender.

Conseguimos sair, demos de cara com mais deles, eram muitos, empurramos alguns para abrir nosso caminho e corremos em direção a um prédio, em volta dele estava livre e havia aquele tipo de escada antiga por fora, na qual dava acesso a algumas sacadas. Fomos até lá e subimos até uma altura segura. Esse prédio fica exatamente de frente para o Hospital mas onde estávamos, tínhamos pouca visão da saída por onde Roy passaria com Anne - a mesma que está repleta de zumbis, mal consigo pensar nisso. Eles vão conseguir. - mas era o bastante.

Nesse momento, finalmente o homem sai daquele lugar, ao ver que ele estava sozinho começo a chorar - de ódio e tristeza ao mesmo tempo - , ele passa pelos zumbis de forma brutesca, em suas mãos carregava uma barra de metal - provavelmente retirada de algum aparelho ou móvel de lá - e com ela acertava a cabeça de alguns, que caiam na mesma hora. Conseguiu passar por um triz, Cole o grita e então ele vem em nossa direção, subindo onde estávamos.

Em um gesto impulsivo, dou um empurrão nele - que fica confuso com meu ato.

- CADÊ ELA??? - Grito

- Os corredores estavam enchendo, eu não poderia passar com ela por eles, seria impossível - ele fala afobado - tinha uma maca do lado do quarto dela, eu prendi a porta

- COM UMA MACA? - dessa vez é cole que se exalta

- Você acha que esses cabeças oca conseguem abrir portas? Eu acho que não - coloca a mão no peito, havia corrido muito e ainda não se recuperou - Ela tá segura. - abaixo a cabeça para pensar

- Como a gente vai voltar..? - cole pergunta preocupado, olhando fixamente para a entrada lotada por esses bichos

Fim do flashback

- E como chegaram aqui? - Anne questiona

- Foi mais ou menos como você, a gente foi andando, dando tempo para aqueles zumbis sumirem da entrada do hospital até que no caminho encontramos John, ele tava numa ronda igual te encontraram - Cole responde

- Roy vinha com a gente mas ele sumiu - Ruby adiciona deixando Anne curiosa

- Sumiu?

- É, ele disse que ia passar na casa dele para pegar alguma coisa e esperamos um pouco distante - faz uma pausa - Passou uma hora, duas, três.

- Chegamos a conclusão de que ele seila, fugiu, foi pego ou algo assim - o loiro completa. Anne fica pensativa sobre isso, era mais uma pergunta para ela se fazer.

Resolve esquecer, o jantar estava pronto e eles iam comer - o jantar eram algumas das conservas recolhidas naquele dia acompanhadas de alguma carne, Anne não soube identificar qual era, só sabia que era resultado da caça feita mais cedo por um dos membros.

Blythe, o filho de John, estava em um canto observando a novata, ele havia achado interessante. Poderia ser apenas a curiosidade ou a vontade de conhecer gente nova, mas na cabeça dele, tinha algo diferente naquela "ruiva desarmada" - era como ele se referia a ela em seus devaneios e notas mentais, sabia o nome dela mas gostou do apelido - que chamou sua atenção, talvez sua postura ou algo do tipo. Ficou o resto da tarde pensando em ir falar com ela mas não queria interromper seu momento com seus amigos, percebeu que aquilo era importante para ela...