76

448 41 0
                                    

•Agnes•
Nova Iorque

- bom a senhora já conheceu o Bryan.- disse apresentando eles dois.- meu noivo... vulgo o homem da minha vida.- completei baixinho com um sorriso, que foi retribuído pela Lídia.

- ah sim, conheço esse rapaz bonito.- ela diz abraçando o Bryan que retribui calorosamente.- como está querido? ainda muito preocupado?- ela sorri se recordando do dia em que nos vimos no avião e Bryan estava me atormentando com a visita ao obstetra.

- estou bem, obrigada. Ah com certeza, a preocupação não passa.- ele sorri gentil e se afasta do abraço.- aliás a senhora tinha razão... a preocupação veio em dobro.- disse Bryan rindo.

- eu disse. Eu nunca erro quando se trata desse assunto...- começa a minha avó, porém é interrompida pela minha tia.

- nunca mesmo, aliás ela sabia antes mesmo de mim que estava gravida da Melanie... além de saber que seria uma menina.- diz a minha tia ao lado da minha avó abraçando a mesma de lado.

- ela me disse que sentia ser gêmeos, aquilo ficou na minha cabeça até finalmente descobrirmos. Fiquei em choque, demorou para cair a ficha... um bebê já dá trabalho, dois então.- disse sorrindo e encarando as criança que corriam pelo quintal.- porém faria tudo de novo.

- tenho certeza que deram conta.- Lídia pisca para nós.

- com ajuda do meu irmão, minha cunhada... e da família do Bryan foi ótimo. Duro é quando um acordava chorando e por conta disso acordava o outro, ai a gente surtava.- disse.

- sua família é daqui Bryan?- pergunta minha avó.- venham, vamos nos sentar. Seu avô logo chega, pedi para ele me deixar aqui, estava ansiosa demais.

- não, eles moram atualmente em Boston.- diz Bryan se sentando ao meu lado.

- ah é perto.- disse minha tia enquanto dava comida para a Melanie.- eles não pensam em se mudar para mais perto de vocês?

- nós já tentamos...- Bryan diz me encarando com um breve sorriso.- mas além de eles gostarem muito de lá, tudo o que eles precisam eles tem em fácil acesso. Os médicos que acompanham minha mãe estão todos lá, para eles e para nós é cômodo.

- desculpa a pergunta, mas o que sua mãe tem?- minha tia indaga curiosa.

- câncer... ela está em tratamento e está estável.- disse Bryan limpando a garganta, eu sei como tocar nesse assunto incomoda ele. Deslizo minha mão sobre sua perna a procura de sua, e em seguida apertando a mesma.

- sinto muito querido.- Lídia abre um sorriso gentil.

- obrigada...- Bryan retribui o sorriso enquanto acaricia minha mão, que ainda se encontrava em sua perna.

Continuamos conversando até o meu avô chegar, ele não foi tão carinhoso ou receptivo como a minha tia ou a minha avó. Porém, as vezes é o jeito dele. Só sei que independente de como foi hoje eu só quero chegar em casa, ainda é muita coisa para assimiliar. Todos aqui me trataram com total respeito e carinho, isso me surpreendeu.

A atenção havia desviado de nós, o que eu agradeço. Bryan foi buscar a Ella para comer, pois ela não havia almoçado ainda.

- fico feliz de ver que ainda não me pediu para ir embora...- Bryan pisca para mim e acaricia minha perna.

- não está sendo tão ruim quanto imaginei na minha cabeça.- disse enquanto levava uma colherada de comida até a boca da Ella.

- seu noivo tem razão as vezes... deveria ouvir mais ele.- o moreno dá de ombros e sorri.

- é... as vezes ele dá uma dentro.- sorri e notei Bryan torcer os lábios, ele com certeza levou para o lado malicioso.- você não presta.

- você quem disse... estou quieto.- ele encara a Ella e deposita um beijo em sua bochecha.- não é filha, sua mãe que é a pervertida da história.

- para de falar essas coisas para a menina Bryan.- dei um tapa em sua cabeça o encarnado sério.

- ela não faz ideia do que é...- Bryan não se aguenta e começa a rir.

- se continuar falando besteira vai além de dormir no sofá ter greve durante um bom tempo.- disse apertando sua perna e com um sorriso cinico no rosto.

- você não aguentaria.- ele me fita de cima a baixo.

- aguentei 9 meses... o que é uma semaninha meu amor.- sorri e aproximei meus lábios de seu ouvido.- aliás, existe uma coisa chamada mãos... elas fazem milagres.

- não me provoca Agnes.- Bryan revira os olhos e balança a cabeça negativamente.- além de que você não aguentou os 9 meses, houve uma recaída de ambos nesse meio tempo.

- como esquecer?- brinquei com ele.- o seu apavoro sobre o ocorrido foi icônico.

- o que poderia fazer, você me obrigou aquilo.- sou fitada de cima a baixo.

- jamais faria isso.- pisquei para ele.- você apenas estava muito vulnerável. O que é totalmente compreensivo.

- não irei discutir com você Agnes.- ele desvia o olhar do meu e foca em Antonella que se encontrava em seu colo.

- acho bom.- sorri.

      A tarde passou assim rápida, conversamos, as crianças brincavam o que eu agradecia mentalmente. Por que tinha a certeza que eles dormiriam cedo, pois teriam gastado toda sua energia correndo de um lado para o outro.

- as crianças hoje dormiram cedo... sabe o que isso significa?- Bryan sorri virando meu rosto de encontro ao seu.

- que dormirei cedo também, estou exausta.- sorri de canto.

- está bem Agnes. Está bem.- Bryan coloca a Antonella no chão, pois ela já havia acabado de almoçar. Ela corre na direção do irmão e seus primos, meu noivo em contrapartida para ao meu lado e com seus lábios na altura do meu ouvido ele sussurra:- aposto que te faço mudar de ideia marrentinha, sem esforço algum.

- está depositando muita confiança em si...- o encaro firme.- pois bem, confio no seu potencial amor.

•O melhor amigo do meu irmão• •SEGUNDA TEMPORADA•Onde histórias criam vida. Descubra agora