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•Agnes•
Nova Iorque

Dois dias depois...

   Eu já estava na reta final do processo de contração, estava cada dia mais insuportável essas cólicas agressivas. Eu não dormia mais direito, por conta dessas dores absurdas. Bryan me disse que ficaria acordado comigo, mas não aguentou nem o primeiro dia.

- estou deixando passar, por que quando eles nascerem irá levantar muito durante seu sono.- disse sorrindo, encarando o Bryan.

- por isso estou aproveitando agora.- ele pisca para mim.

- aproveite bem querido!- Lauren diz sentada na poltrona ao meu lado.

- é o que estou fazendo.- sinto o olhar de Bryan pesar sobre meu corpo, a alguns dias atrás tivemos aquela conversa... um tanto quanto quente e posso dizer que ambos estão sedentos.

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•Agnes•

Passava das duas e meia da madrugada, eu não havia pregado os olhos. Desta vez não por dor, mas sim por ansiedade. Estava cada vez mais perto esse dia tão esperado, por mim, pelo Bryan... e todos nossos amigos e familiares. Toda minha vida, assim como a do Bryan virariam de cabeça para baixo com a chegada dos bebês e isso me assusta. Por que embora já tenha mudado diversas coisas, quando tiver com eles em meus braços será diferente. Tudo será diferente daqui para frente.

Tento me distrair e não pensar no amanhã. A imagem do acidente invade meus pensamentos sem permissão, como estará o Havy? ele havia se recuperado? estava melhor? muitas perguntas ecoavam em minha cabeça, em contrapartida sem nenhuma resposta da qual me agradace.

Somente me distrai por completo quando senti fortes dores, não me pareciam com as contrações iniciais. Se é que era possível, estavam mais fortes. Minha voz falhava enquanto tentava, fracassadamente gritar. Havia um copo de água em cima da mesinha ao meu lado, consegui derruba-lo o que fez um pequeno barulho, mas que foi o bastante para que o Bryan acordasse.

- amor, o que houve?- ele se vira para mim esfregando os olhos.

- eu acho...- disse apertando os olhos.- que vão nascer.

- não brinca, espera.- Bryan levanta do sofá em um pulo e corre em direção a porta do quarto.

Não demora até ele aparecer junto de uma enfermeira. Que me avisou que por sorte o Dr.Bonnie ainda estava no edifício e que já estava a caminho. Juntei o restinho de forças que tinha e segurei o braço de Bryan.

- ligue para sua mãe, e para as meninas...- pedi em meio a gritos.

- não se preocupe com isso agora marrentinha.- ele sorri piscando para mim.- foca em ficar bem.

- anda Bryan!- pedi mais uma vez.

- já vou.- ele correu até o sofá e pegou seu celular, ligando para todos que pedi.

- eles só me dão sustos.- Dr.Bonnie diz entrando no quarto.

- desta vez acho que não é susto Doutor.- a enfermeira diz.

- deixe-me checar sua dilatação e daqui direto para a sala de parto.- ele diz vestindo suas luvas e máscara, após confirmar minha dilatação, qual estava perfeita para realização do parto sou arrastada pelos corredores acima de uma maca.

- onde está o Bryan?- indaguei tentando controlar minha respiração.

- está se trocando, nos encontrará na sala.- Dr.Bonnie diz tranquilamente.- agora respire, vamos!

Fiz o que ele pediu e foquei em regular minha respiração e logo já estávamos na sala, minhas pernas acima de suportes, assim mantendo as abertas. Quando me dei conta Bryan apareceu ao meu lado e uma mão em meu cabelo ele acaricia, com a outra ele segurava as minhas.

- você ligou?- perguntei ansiosa.

- sim amor, agora relaxa e faz o que o Dr.Bonnie irá te pedir.- ele sorri e beija minha testa.- estou aqui com você!

- vamos lá Agnes, respira fundo, quero que faça toda a força que conseguir.- diz o Doutor a minha frente.

Eu nunca havia feito tanta força na vida, junto com cada respirada funda que eu dava um grito alto e estridente escapava da minha boca. Mas não é hora de ser delicada e educada. Porra eles não saem de jeito nenhum.

- preciso que faça mais força, vamos lá!

- eu estou fazendo.- gritei e fiz ainda mais força do que antes, isso é tão desconfortável.

- está quase lá.

Fiz a última força e apertei a mão de Bryan com firmeza e soltei outro grito ainda mais agudo. Finalmente senti um pequeno alívio, um bebê havia saído. Pude ouvir seu choro desesperado e vibrante.

- é sua menininha.- disse o Dr.Bonnie com ela nos braços.

Ele a entregou a enfermeira que seguiu até uma mesa para fazer todos os procedimentos necessários, para assim ela vir para os meus braços. Mas não poderia cessar a força que fazia, tinha outro bebê aqui.

- ele está quase aqui, vamos. Só mais um pouco.- Dr.Bonnie diz.

Juntei minhas forças e novamente apertei com agressividade o braço de Bryan, mas o alívio que veio em seguida foi extremamente reconfortante e incrível, assim como a sinfonia de choro que ecoavam nesta sala.

Acabou... e o que mais quero agora é
pega-los no colo e encher de beijos.

•O melhor amigo do meu irmão• •SEGUNDA TEMPORADA•Onde histórias criam vida. Descubra agora