•O melhor amigo do meu irmão• •SEGUNDA TEMPORADA•

19

•Agnes•
Nova Iorque

8° mês de gravidez.

- amiga, você está bem?- Alexia me pergunta da porta do banheiro.

- definitivamente não!- disse sentada no chão no banheiro.

Agora nessa reta final, enjoos e mal estar que até então eu nem tinha com tanta frequência, me atingiram em cheio. E sem dúvida está sendo a pior parte, na verdade não diria pior. Por que a gravidez, vem sendo algo mágico e incrível tanto na minha vida quanto na de Bryan. Mas esses últimos dias tem sido extremamente exaustivos.

- estou entrando.- Alexia diz abrindo a porta.- o que está sentindo?- ela vem ao meu lado.

- enjôo, mal estar... fraqueza.- disse cansada.- esses últimos meses estão judiando de mim.- forço um sorriso.

- o melhor a se fazer é ir para casa.- Alexia diz.- era na verdade para a senhorita já estar de repouso em casa!

- eu sei... é que eu estava aguentando bem!- disse chateada.

- mas agora você precisa de descanso.- Alexia diz gentil.

- eu vou, não é nem por que quero... e sim por que estou realmente precisando.- disse tentando me levantar.

- vem, eu te ajudo.- Alexia segura minhas mãos e braços e me levanta.- quer que eu te leve em casa?

- não precisa amiga!- sorri.- eu dou conta.

- certeza?- ela pergunta receosa.

- sim!- sorri.- assim que chegar em casa eu lhe mando uma mensagem.

Saímos do banheiro e me despedi de todos, conversei com a minha chefe que de início me repreendeu por ter ficado mais do que era permitido e logo me mandou para casa.

Desci até a garragem e pedi o carro. Sim, nesse meio tempo havíamos comprado outro carro. Bryan não poderia ficar sem, e também não queria que eu ficasse andando de uber sempre. Por ser perigoso, e por causa de alguma possível emergência.

- obrigada Wilson!- disse ao manobrista.

- imagina Sr.Cooper.- ele sorri ao sair do carro.

Me despedi e logo sai de lá, decidi passar na farmácia e comprar algumas bolsas de gel para colocar sobre minha barriga. Estacionei em frente e logo desci, peguei as bolsas de gel e voltando para o carro deixei a sacola cair, um rapaz se aproximou e pegou para mim.

- muito obrigada.- disse sorrindo, mas assim que notei quem era meu sorriso desapareceu.- Havy?

- oi Agnes.- ele sorri.- quanto tempo.- ele diz olhando minha barriga.

- tempo esse que eu agradeço.- cubro minha barriga com as mãos.

- calma, sei que está assustada.- disse ele.

- pode me dar minhas sacolas por favor?- pedi.

- desculpe.- ele me entrega.- eu mudei Agnes, de verdade.

- que bom para você Havy.- disse me virando para abrir meu carro.

- espero que um dia possa me perdoar.- ele baixa o olhar.

- não sei se isso pode ocorrer um dia. Afinal, eu anulei todo e qualquer sentimento que tinha por você... eu não sinto nem se quer raiva por você, nada. Siga sua vida, e me deixa em paz.- pedi e adentrei o carro.

- eu sinto muito por todo mal que eu te causei!- ele diz pelo vidro.- eu era um babaca, um muleque. Não imagino o que causei em você, e eu mereço que me trate assim!- ele diz olhando fixamente em meus olhos.

- espero mesmo que tenha mudado e tenha revido suas atitudes. Mas você para mim é um assunto encerrado, não quero contato com você!- disse engolindo em seco.

- eu prometo não te procurar mais...- ele diz.- eu só queria te dizer isso.

- você estava me perseguindo Havy?- pergunto um tanto quanto assustada.

- não... quer dizer, eu cheguei a pesquisar sobre você para ver se te achava. E foi pura coincidência eu te achar aqui, afinal eu moro aqui perto.

- entendi.- disse direta.- não me procure mais, você já disse o que tinha para dizer. Agora só por favor, me esquece!

- claro e mais uma vez... eu sinto muito, mesmo!- ele diz e vira as costas saindo do estacionando.

Segurei o volante e apoiei minha cabeça no mesmo, respirei fundo por longos segundos e logo arranquei com o carro dali. Havy morava quase ao lado do meu escritório, isso é péssimo. Pois as chances de esbarrar nele a qualquer momento, são imensas.

Esse encontro me fez até esquecer da dor que sentia antes de vir embora. Dirigi até em casa e logo subi, segui até o banheiro, me despi e adentrei o box. Eu só precisava de um longo banho.

Após um longo e relaxante banho, vesti minha camisola e me deitei no sofá. Liguei a televisão e coloquei em um programa qualquer para assistir, até o Bryan chegar. Liguei para a Alexia que já estava desesperada e avisei que já estava em casa.

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•Bryan•

- como está amor?- Bryan indaga assim que chega em casa.

- senti muito mal estar e vim embora.- disse me ajeitando no sofá.

- por que não me ligou eu te trazia em casa?- ele indaga se sentando à minha frente.

- não precisava.- seguro sua mão.- eu dava conta.- sorri.

- ficaria mais tranquilo de te trazer em casa, aliás Alexia me disse que demorou para chegar em casa.- ele disse me encarando fixamente.- o que aconteceu?

respirei fundo.- eu fui na farmácia para comprar aquelas bolsas de gel... e encontrei o Havy.- disse torcendo o nariz.

- oi?- ele arregala os olhos.- ele fez algo com você?- Bryan pergunta preocupado.

- ei.- seguro seu rosto.- ele não fez nada, ele só queria me pedir perdão... por tudo que tinha feito comigo.- disse.

- é fácil fazer a merda e depois vir pedir desculpa, depois de anos.- Bryan balança a cabeça negativamente.

- o que mais me impressiona é que eu acho que foi sincero, eu fiquei pensando nisso desde que cheguei...- disse suspirando.- ele realmente parecia arrependido.

- amor, eu não confio nele. E você sabe disso... mas se acredita que foi sincero, eu realmente torço para isso, assim não é necessário a preocupação com ele. Mas, por favor, não dá corda para ele.

- jamais!- disse certa.- mas realmente pareceu, e eu realmente espero. Que ele tenha entendido tudo o que fez... e a única coisa que pedi foi para ele seguir em frente e não me procurar mais, já que já tinha falado tudo o que queria.

- ótimo.- Bryan sorri e beija minhas mãos.

eu só espero estar certa quanto ao Havy. Mas não quer dizer que não esteja com o pé atrás com ele.