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•Bryan•
Nova Iorque

- Bryan Ross?- o médico surge na sala.

- eu!- me levanto apressado.- como ela está?

- tanto ela quanto os bebês estão fora de perigo, ela acordou e pediu para te ver, poderia me acompanhar?- ele disse.

- claro!- disse sem conseguir esconder meu sorriso.- só um segundo. Helena?- me viro para a mesma, que estava ao lado da sua mãe, me aproximo da mesma e me ajoelho em sua frente.- obrigada, por segurar minha mão.

- de nada!- ela sorri.- eu disse que ela ficaria bem.- ela sussurra.

- disse mesmo!- sorri.- me dá um a...

Sem que pudesse terminar de falar ela pula
sobre meu corpo e me abraça, um abraço singelo e puro.

- até mais Bryan!- ela sorri.

- até mais Helena.- sorri de volta.- prazer Sra.Thompson!

- obrigada Bryan.- ela também sorri.

Retribui com um sorriso e segui o médico, meu coração estava acelerado. Porém agora de um jeito bom, eu só queria ve-lá e saber que está bem.

Logo chegamos ao seu quarto e o médico abre a porta, Agnes estava deitada na cama com os aqueles olhinhos abertos e esperto. Não contive meu sorriso e muito mesmo minha agitação em vê-la bem. Assim que a porta se abre por completo corri até a mesma e a beijei.

- você não tem ideia do susto que me deu...- digo beijando sua testa.

- eu estou bem amor.- ela sorri calma.

- eu estava com um pressentimento péssimo amor.- me sentei ao seu lado e segurei suas mãos, levando em direção aos meus lábios.- deveria ter te obrigado a subir!

- você não tinha como saber... aliás poderia ter sido pior.- ela suspira e desvia o olhar para a janela.

- contaram que um rapaz te empurrou, e consequentemente foi acertado pelo carro. Sabe quem era?- pergunto atraindo novamente sua atenção.

- sei...- ela volta seu olhar sobre o meu.

- então... quem era?- pergunto.- por que estou em dívida com esse cara.

- Havy...

Assim que ela disse meu estômago embrulhou, cerrei os olhos e me levantei. Pousei as mãos na nuca e encarei a Agnes e logo em seguida a janela. Não era possível. Ele foi horrível para ela, fez coisas da qual ela se lembra até hoje... não faz sentido.

- amor...- Agnes diz, porém eu não respondo.- Bryan!- ela diz um pouco mais alto.

- espera.- pedi em tom baixo.- estou tentando assimilar isso!

- não tem muito o que entender Bryan, ele me salvou.- ela disse e o embrulho no estômago voltou.

- mas também te fez muito mal.- encaro a mesma limpando meu rosto.

- sim.- ela diz firme.- mas se arrependeu, e hoje provou isso. Embora não quisesse ter que passar por isso para saber que ele falava a verdade.

- você acredita nele?- indago.

desculpe, mas não entra na minha cabeça.

- Bryan ele se jogou na frente de um carro para me salvar. Se ele não tivesse se arrependido acha que faria isso?- ela indaga perplexa.

- é complicado...- digo

- não Bryan, não é! sim, ele fez muita merda comigo.- ela se força a se sentar na cama, me aproximo para ajudá-la mas ela diz que está bem.- mas ele salvou minha vida hoje, ou preferiria que eu tivesse morrido à ser salva por ele?

- Agnes, por favor. Não fala isso. Eu literalmente não sei o que faria sem você aqui...- digo me aproximando novamente dela.- me desculpa!

- ambos estamos assustados e confusos, mas temos que entender o que ele fez hoje. E por mais doloroso que seja, agradecer.- ela segura minha mão.- acredite, dói em mim. Agradecer um cara que fodeu com meu psicólogo durante tantos anos... mas o que ele fez hoje mostrou que ele realmente se arrependeu.

- me desculpa, me desculpa.- apoio suas mãos em minha testa, com os olhos fechados deixo que as lágrimas corram.- eu fui um egoista em pensar isso.

- Bryan... calma.- ela ergue meu rosto.

- ele salvou a sua vida, a vida dos nossos filhos... e era nisso que eu deveria focar agora.- encaro ela.

- eu já estou bem amor, o susto já passou. Estávamos os dois assustados e perdidos, não vou te culpar.- ela sorri.

como eu amo esse sorriso.

- eu te amo.- digo com as nossas testas coladas.

- eu te amo muito.- ela sussurra.- nós te amamos.

Logo a Priscila aparece juntamente do Tyler, provavelmente a Pri havia ligado para ele. No meio da confusão eu nem lembrei, estava sem condições.

- você avisou sua mãe Bryan?- Agnes pergunta.

- não... primeiro que nem lembrei na hora, tanto que nem passou pela minha cabeça chamar o Tyler. Segundo que não acho bom, um susto desses.

- que bom, também acho melhor não dizer nada. Se não é capaz dela querer vir para cá agora.- ela sorri.

- tem razão.- sorri de volta.

- Bryan, ia te perguntar mas aquele não era um momento.- Priscila me encara.

- pergunte.- digo beijando a mão da Agnes.

- quem era a garotinha da sala de espera?- ela pergunta curiosa.

- ah tá.- sorri e encarei a Agnes.- quando cheguei no hospital com você eu estava atordoado, nervoso, impaciente. Resumindo estava fora de mim.- disse.- comecei a andar de um lado para o outro e logo me sentei, foi quando ela se aproximou.- sorri ao me lembrar.- conversou comigo e perguntou se eu queria que ela segurasse minha mão enquanto esperávamos.

- olha, sua noiva na sala correndo perigo e você de gracinha com outra.- Agnes sorri brincando.

- ela me conquistou.- pisquei para a mesma.

- continua Bryan.- Priscila ri.

- ela tem cinco anos.- ri.- enfim... foi isso, acabei perguntando o por que ela estava ali e a resposta me deixou extremamente abalado, porém procurei não demostrar, o pai dela estava internado... ele tinha câncer e pelo que entendi não estava reagindo aos tratamentos, até hoje.- disse me lembrando.

- meu Deus amor...- Agnes aperta minha mão.

- quando ainda estava ali e a Pri ainda não havia chego o médico apareceu e deu a melhor notícia para ambas, a mãe e a Helena. De que o pai da Helena estava reagindo aos tratamentos.- disse sorrindo.

- que notícia incrível.- Pri disse.- no fim deu tudo certo!

- sim.- disse.- só não me dá esse susto mais amor!- pedi.

- pode deixar!- ela sorri.

acho que nunca senti tanto medo.

•O melhor amigo do meu irmão• •SEGUNDA TEMPORADA•Onde histórias criam vida. Descubra agora