Capítulo 10 - De bem a pior (PARTE II)

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Nicolas

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Nicolas

— Para! — ouço Anelyn gritar e me recupero do soco a tempo de vê-la pular da cama e entrar na minha frente, usando somente minha camisa cobrindo seu corpo. — Para Mark! O que você está fazendo aqui? COMO É que você achou a gente?

— VOCÊ ME DISSE QUE NÃO ME TRAIU COM ELE, ANELYN! QUE NÃO EXISTIA NADA MAIS ENTRE VOCÊS! — Mark grita para ela.

— Para de gritar com ela desse jeito. — digo, o mais contido que posso, em tom de aviso.

— Me responde, Mark. Como você achou a gente aqui? — Anelyn pergunta novamente. Aquilo parece importar muito pra ela e, pensando bem, não tem mesmo a menor lógica dele simplesmente ter deduzido que estávamos naquele lugar.

Mark respira fundo e passa a mão na cabeça, penteando os cabelos para trás enquanto morde o lábio inferior e demora a responder.

— Seu celular. — responde, relutante.

— Você está me rastreando? MARK! Você não tinha o direito de se aproveitar da posse do meu celular pra fazer isso! NÃO TINHA!

— Você também não tinha o direito de fazer isso comigo! Nós estávamos juntos há meses, Anelyn! MESES! Você só me enrolou e na primeira oportunidade vem parar nessa pocilga pra se encontrar com esse moleque, sem se importar com meus sentimentos nem por um segundo! Sem se importar com o quanto isso me magoaria!  — ele diz, ao mesmo tempo em que começa a chorar e eu assisto a tudo boquiaberto e em choque.

Se eu lamento pela dor dele? Sim, lamento. Já perdi Anelyn uma vez e sei o quanto dói, mas infelizmente, antes ele do que eu. O fato é que ele deveria ter se conformado ao invés de fazer toda essa cena desnecessária. Não vou falar sobre seguir em frente porque seria muita hipocrisia vindo de mim, que mesmo depois de mais de um ano continuo o mesmo bobo apaixonado que não conseguiu ficar com nenhuma outra mulher em todo esse tempo.

— Por favor, Anelyn... — ele implora num fio de voz, se aproximando dela e me obrigando a intervir.

— Sinto muito, Mark. Não precisa ser um gênio pra perceber que ela já fez a escolha dela. Você perdeu. — digo, confiante, enquanto seguro os ombros de Anelyn.

— Cala a sua boca, Nicolas. Eu preciso conversar com ela. Nos dê licença. — pede, ainda com lágrimas escorrendo por seu rosto. Dou uma risada sem humor antes de responder.

— Eu não vou deixar você sozinho com ela. Nem fodendo. — digo, seriamente e Anelyn empurra seu cotovelo em minha barriga, pelo palavrão, eu imagino. — Desculpa, digo a ela e ambos encaramos Mark que chora feito uma criança perdida.

— Anelyn, por favor. Só te peço dois minutos. Você me conhece, sabe que...

— Tudo bem. — ela diz, interrompendo-o.

— Quê? — indago, encarando-a.

— Apenas dois minutos, Nicolas. Eu vou conversar com ele. — ela avisa, me olhando por cima do ombro.

Em teu caminho (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora