Livro II da série MEU PRIMEIRO AMOR
Depois da morte executar mais uma jogada nas vidas do nosso casal, Anelyn e Nicolas, eles se separam de todas as formas possíveis.
Anelyn muda para uma cidade distante para morar com o pai que não vê há mais de d...
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Anelyn
Chorei antes de dormir, chorei ao acordar, não consegui tomar café da manhã, almoçar ou jantar e, na maioria das vezes, chorei ao tentar. Assim foi os primeiros dez dias que sucederam o falecimento da minha avó.
Contar a Emma que nossa avó tinha falecido foi, sem dúvida, a pior coisa que já tive que fazer em toda a minha vida. Nada doeu tanto quanto ver minha irmã chorar com tanta dor, com tanto desespero, com tanto medo. Há algumas semanas éramos uma família grande e feliz morando em Jacksonville e agora somos só nós duas. Por sorte, temos Nicolas e Frederick e, logo, teremos Dave também.
Provavelmente eu teria adiado o casamento por seis ou doze meses, no mínimo, depois de perder minha avó, mas isso me faria perder mais alguém que amo. Dave não pode esperar todo esse tempo. O juizado não vai esperar todo esse tempo. E Nicolas não quer seguir sozinho com a adoção. Ele faz questão que a adoção seja feita por nós dois. Que Dave seja, legalmente, filho meu e filho dele. Por tanto, nosso casamento será realizado daqui há exatos doze dias.
Eu sei, é uma loucura.
Como eu não tive cabeça pra lidar com preparativo algum da cerimônia ou da festa, Melissa cuidou de praticamente tudo. Sempre, é claro, deixando minha aprovação pro final. De qualquer forma, tenho que concordar que eu jamais teria feito melhores escolhas e me sinto aliviada e extremamente agradecida por poder contar com ela pra isso. Conforme vai caindo a ficha, o casamento duplo parece cada dia mais especial. Sem dúvida, Melissa e Carter são os irmãos que Nicolas e eu não tivemos. Claro que agora eu tenho Emma, mas até pouco tempo, sempre fui filha única e nunca achei que seria tão bom ter uma irmã, quanto mais duas.
Tenho tentado passar o máximo de tempo com Emma pra que ela não se sinta tão sozinha e para tentar animá-la, mesmo eu própria não tendo ânimo pra nada. No dia em que fomos escolher seu vestido de daminha de honra, foi o primeiro dia em que vi um sorriso realmente verdadeiro em seu rosto e aquilo me trouxe também uma felicidade imensa.
Os dias passam rápido e Nicolas está obviamente muito mais ansioso do que eu. É muito fofo, na verdade. Vê-lo falar dos detalhes do casamento com tanta emoção e ansiedade me faz sorrir com facilidade.
Ele também conseguiu que Dave fosse liberado para ir à cerimônia, o que inclui mais uma pessoa à lista de ansiosos de carteirinha. Eu também estou ansiosa, é claro, mas a dor do luto ainda não me permite me sentir plenamente feliz. Mesmo com o casamento, ainda me pergunto o por que de tantas coisas ruins acontecerem na minha vida. Tantas tragédias, tantas perdas...
Quando o grande dia chega, me levanto da cama e choro enquanto faço uma oração. Dói muito não ter minha mãe, minha avó ou até mesmo o meu pai ao meu lado naquele dia. O GRANDE DIA. O dia em que eu, Anelyn Clark, vou me casar com o lindo, rebelde, popular e cobiçado, Nicolas Mitchell. Sorrio intensamente ao pensar, ao constatar isso e, por fim, minhas últimas lágrimas até o momento são de alegria. Quem diria, não é mesmo?