Livro II da série MEU PRIMEIRO AMOR
Depois da morte executar mais uma jogada nas vidas do nosso casal, Anelyn e Nicolas, eles se separam de todas as formas possíveis.
Anelyn muda para uma cidade distante para morar com o pai que não vê há mais de d...
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Anelyn
Depois de uma semana inteira hospedadas na mansão Mitchell, Vovó, Emma e eu finalmente voltamos para minha antiga casa, agora com alguns móveis novos, tudo limpo, arrumado e habitável. Nós devemos muito disso a Nicolas, que nos deu todo o suporte com cada pequeno detalhe e que queria até mesmo se responsabilizar pelas despesas, coisa que eu não permiti, é claro.
Eu sei que a partir de agora preciso ter muito cuidado com os nossos gastos, afinal de contas o dinheiro da venda da casa não é infindável. Vovó recebe aposentadoria, mas não é muito, Emma é uma criança que vai precisar de sustento ainda por muitos anos, então, chego a conclusão de que terei que arrumar um trabalho qualquer que seja para deixar as coisas mais garantidas para nós.
Quanto a Nicolas e eu, no quesito relacionamento, estamos muito bem. Apesar de tantas preocupações externas, como a adoção de Dave que vem o deixando extremamente preocupado e sem cabeça para outras coisas e aos meus problemas e medos com essa nova vida, temos sido a válvula de escape um do outro. Os poucos momentos que temos juntos é o que nos faz recarregar todas as nossas forças e energias e isso significa muito pra nós dois. Depois de tanto tempo que levamos para nos entender e conseguirmos ficar juntos, a sensação de ter segurança em um relacionamento é indescritível.
— Amanhã vou ver o advogado. Ele quer conversar comigo antes de prosseguir com o processo de adoção. Ele disse que ia estudar formas de entrarmos nessa ação com mais garantias de sairmos com a causa ganha. — ele diz, olhando em meus olhos, enquanto está deitado em meu colo recebendo meus carinhos em seus cabelos.
— Você quer que eu vá junto? — pergunto.
— Eu ia adorar. — ele sorri. — Você não ia resolver as coisas da faculdade? Pelo que me consta você já está atrasada.
— Eu sei. — digo, soltando o ar pesadamente. — Com tantas coisas acontecendo, eu não me sinto nem um pouco animada para voltar a estudar.
— Anelyn! Sua mãe deve estar se revirando no túmulo com você falando isso. — ele diz, com humor, mas eu ignoro seu tom de brincadeira, sabendo que o que ele diz tem absoluta razão.
— Eu sei que ela está. Mas não posso fingir estar animada com algo que não estou. — digo.
— Então o que você quer fazer? — ele pergunta, me fazendo desviar do ponto fixo que eu encarava a minha frente.
— Eu quero trabalhar. — digo, por fim.
Nicolas não sorri. Na verdade ele não demonstra expressão alguma. Apenas me encara em silêncio por alguns instantes.
— Tenho certeza que meu pai e eu podemos encontrar algo pra você na empresa. — ele diz e eu sorrio no mesmo instante com o seu apoio. Sem críticas. Sem me fazer tentar mudar de ideia. Apenas apoio.
— Obrigada, Nic. De qualquer forma, não quero um emprego por favor de ninguém. Acho que devo procurar algo por mim mesma.
— Por que isso não me surpreende? — ele diz, sorrindo em seguida. — Tudo bem, Anelyn Clark, você procura por si só e eu vejo o que podemos te oferecer na empresa. No final, você avalia as opções e aceita a melhor proposta. Combinado?