9- Testando Meu Coração

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Quando acordei, para minha tristeza, não encontrei meu cabeleira de fogo ali comigo

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Quando acordei, para minha tristeza, não encontrei meu cabeleira de fogo ali comigo. A cama estava vazia, assim como, meu estômago.

Levantei bem contrariado e fui até o banheiro. Encarei no espelho uma cara amassada, lavei o rosto umas duas vezes, estiquei a cama e então, desci sentindo meu coração disparar a cada degrau a menos.

Na metade do caminho, já conseguia ver aqueles fios avermelhados no braço do sofá e na TV, claro, uma animação da Disney. Arthur amava esses desenhos!

Fui o mais silencioso que pude, ouvindo aquela gargalhada gostosa e ouvindo ele repetir falas junto com os personagens. Eu sorria!

Quando estava próximo o bastante - fui fraco para resistir- coloquei minhas mãos em seus cabelos e o acariciei. Como eram macios seus fios e como deslizaram com facilidade por entre meus dedos!

- Oi ! - Ele disse um pouco surpreso ao me ver ali.

- Oi ! Me deixou sozinho lá em cima, Cabeleira?

Ele fez um bico e logo se ajeitou sentando no sofá. Eu amava quando ele estava puto!

- Você pareceu cansado. Achei que precisava dormir!

- Obrigado !

Sentei-me no sofá e notei que ele fixou os olhos na TV.

- Não cansa de assisti esses desenhos? -Provoquei.

Ele negou balançando a cabeça sem me dar atenção.

- Que injusto! -Bufei cruzando os braços sobre o peito.

Notei que ele me espiava por um olhar de soslaio.

- Qual o motivo do drama,Guga?

-Estou sendo trocando por uma animação, cara!

Arthur explodiu numa deliciosa gargalhada jogando a cabeça para trás. Filho da mãe se divertindo às minhas custas enquanto fazia meu pau se animar dentro da minha calça. Ele era lindo demais!

Seus olhos se apertaram, enquanto sua risada se espalhava pelo ambiente, sua bochechas ganharam um tom avermelhado e seus lábios se moldavam sob um contorno tentador enquanto evidenciavam suas covinhas - já falei delas, eu sei - mas, porra não imaginam o tesão que sinto nelas.

- O que tem essa graça toda?- Perguntou tia Luíza que vinha da cozinha. - Também quero rir desse jeito!

Pronto! Agora eu escondia meu rosto atrás das mãos e não sabia como sair dessa roubada.

- Gustavo sendo dramático, Mãe!

A frase saiu aos poucos enquanto ele se continha.

- Não conheço esse lado dele ainda.

- Deveria. Ele é hilário!

- Ah, Guga! Tem que vir aqui mais vezes.

Deixei minha vergonha de lado e encarei a mulher ruiva na minha frente.

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