15. O tal dia

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Após quatro horas e meia na sala cirúrgica, enfim, uma notícia positiva

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Após quatro horas e meia na sala cirúrgica, enfim, uma notícia positiva. A cirurgia havia sido um sucesso! Vibrei com a sensação boa que meu ruivinho teria sua vida devolvida!

Depois da cirurgia, o paciente vai permanecer algumas horas no recobro e, só depois será transferido para a UTI, onde deve permanecer, em média, 7 dias, para ser constantemente avaliado e prevenir complicações.

Durante o internamento na UTI, o paciente pode estar conectado a vários tubos para garantir o seu bem-estar, podendo permanecer com sonda vesical, drenos no peito, cateteres nos braços e sonda no nariz para se alimentar e, é normal sentir fraqueza muscular e dificuldade respiratória, devido à inatividade prolongada antes da cirurgia.

Em alguns casos, logo após a cirurgia, o doente pode precisar ficar em um quarto sozinho, isolado dos restantes doentes e, por vezes sem receber visitas, porque o seu sistema imune está fraco e, pode mais facilmente contrair qualquer doença, principalmente infecção, pondo em risco a vida do paciente.

Desta forma, o doente e quem contacta com este, pode precisar de colocar máscara, capote e luvas sempre que entra em seu quarto. Só após estar estável é que é transferido para o serviço de internamento, onde permanece cerca de 2 semanas e vai recuperando progressivamente.

Geralmente, o regresso a casa acontece cerca de 3 a 4 semanas após a cirurgia, porém, varia com os resultados dos exames de sangue, eletrocardiograma, ecograma e radiografia ao tórax, sendo feitos várias vezes durante o internamento.

De forma a manter o acompanhamento do paciente, depois da alta do hospital, são marcadas consultas no cardiologista conforme as necessidades.

A vida do paciente transplantado sofre algumas alterações, devendo: Tomar remédios  imunossupressores (são medicamentos que ajudam a prevenir a rejeição do órgão transplantado, como Ciclosporina ou Azatioprina e, que devem ser usados durante a vida toda.
No entanto, geralmente, dose de remédios vai diminuindo, por indicação médica, com a recuperação, sendo necessário fazer primeiro exames de sangue para adequar o tratamento às necessidades.), fazer atividade física regular (deve ser iniciada ainda no hospital, depois de o paciente estar estável e já não tomar remédios pela veia. Para a recuperação ser mais rápida devem-se fazer exercícios aeróbios, como caminhar 40 a 60 minutos, 4 a 5 vezes por semana, a um ritmo lento de 80 metros por minuto, para que a recuperação seja mais rápida e o paciente transplantado consiga retornar as atividades do dia-a-dia.), comer apenas alimentos cozinhados (eliminar alimentos crus, pasteurizados e beber água mineral), manter a higiene (banhos diariamente, ter a casa limpa e bem ventilada, evitar o contato com pessoas que estejam doentes e não frequentar lugares poluídos).

O transplante de coração é uma cirurgia muito complexa e delicada por isso, os riscos desta cirurgia cardíaca estão sempre presentes. Algumas das complicações, incluem infecção ou rejeição, devido ao enfraquecimento do sistema imune ou mesmo doença coronária, insuficiência cardíaca, mau funcionamento renal ou convulsões, por exemplo.

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