Capítulo 26: O que eu deveria renunciar? - Parte 2

107 17 9
                                    

— Hyunjin! — Disse Jeongin com pesar na voz. — Olha pra você! Tá parecendo um zumbi! — Acrescenta tentando empurrar Hyunjin da cama e, consequentemente, falhando. — Levanta daí! Eu não gosto de te ver assim, Hyung. Você sabe que eu te amo um tantão! — Exclama Jeongin abrindo os braços exageradamente. Hyunjin abriu um sorriso tão grande que se forçasse mais rasgaria. Ele amava tanto Yang Jeongin que não conseguia expressar com palavras. — Eu posso fazer um chocolate quente só pra você! — Hyunjin se levantou na mesma hora.

— O que eu fiz pra merecer você? — Perguntou Hyunjin olhando nos olhos de Jeongin.

— O que quer dizer com isso, Hyung? — Replicou confuso.

— Você é tão precioso e magnífico! Como eu posso perder tempo com alguém que não seja você? — Hyunjin acaricia os cabelos negros do menor.

— Hyung, eu não estou te entendendo. — De fato Jeongin não sabia aonde Hyunjin queria chegar com aquela conversa.

— Jeongin, eu quero dizer que... — Hyunjin fora interrompido pelo toque alto e insistente do seu celular. Logo, pegou o mesmo na estante ao lado da cama e o atendeu. — Alô? — Jeongin apenas observava com curiosidade. — Me explica isso direito, Changbin. — Disse começando a se alterar. — Você tem certeza? — Perguntou apreensivo, porque aquilo estaria acontecendo? Era até cômico se visto por outro lado. — Okay, okay! Eu vou ir aí! Se acalme, e se algo acontecer, se esconda ou tente sair pelos fundos, entendeu? — Hyunjin se levantou da cama rapidamente e jogou o celular em qualquer canto para assim começar a vestir suas roupas. Ele estava apenas de regata e cueca.

— O que houve, Hyunjin? — Perguntou preocupado com o alvoroço do maior.

— Fique aqui em casa e me espere. Não saia para lugar algum, por favor! Eu preciso ajudar o Changbin agora, entendeu? — Jeongin assentiu ainda meio aéreo com o que estava acontecendo. Por último Hyunjin deu um beijo em sua testa, e assim saiu do quarto às pressas.

[...]

— O garoto não tem nada a ver com isso, Felix! — Dizia Bang Chan totalmente incrédulo com a atitude do Lee. — Na verdade, nem o Hyunjin tem! Quanto mais esse garoto que a gente nem conhece! — Chan estava muito irritado com tudo e todos, principalmente, com Felix. — Quer saber? Eu vou embora! — Chan se vira com a intenção de partir mas é puxado pelo gola da jaqueta de couro que trajava.

— Eu mato você se me deixar sozinho! — Esbraveja Felix rente ao ouvido do outro.

— E por onde entraremos? O garoto não é burro! Com certeza já deve ter percebido a movimentação estranha e ligado para a polícia.

— Vamos pelos fundos.

— Arrombar a porta? — Indagou Bang Chan.

— Nós podemos quebrar a fechadura.

— E como pretende fazer isso sem chamar atenção? — Questionou cruzando os braços, sua cara não estava nada boa.

— Vem comigo! — Puxou Bang Chan até os fundos.

Chegando lá, caminharam até a porta e por uma fração de segundos surgiu uma ideia na cabeça de Felix.

— Vamos bater! — Exclamou levantando a mão.

— Tá maluco? — Indagou Chan.

— Vamos tentar a sorte, ele pode abrir se não desconfiar de nada. — Chan logo bateu em sua própria testa, ele pensava que o rapaz não poderia ser tão tonto assim. E Felix, deu duas batidas na porta.

E como Changbin estava à espera de Hyunjin, inocentemente, e sem pensar, abriu a porta achando que seria o Hwang.

— É, realmente, ele é tonto sim! — Disse Bang Chan quando Changbin levantou o olhar. Em reflexos rápidos quando Changbin ia bater a porta o mais rápido que podia, Felix fora mais rápido ainda dando um chute na porta e fazendo o garoto cair para trás e a porta se escancarar.

Em seguida, Felix foi até Changbin, se sentou em cima dele e o enforcou até a morte. Bang Chan apenas observava apático, totalmente neutro.

— Leve-o para a banheira e corte os pulsos dele. — Ordenou Felix. Sendo assim, como sempre, Bang Chan obedeceu.

Felix sorria ladino observando Bang Chan arrastar Changbin até o banheiro.

[...]

Obviamente, quando Hyunjin havia chegado já era tarde demais.

A polícia já rodeava a casa de Changbin.

E Hyunjin viu o exato momento em que traziam o corpo desacordado de Changbin em uma maca e o colocavam dentro da ambulância.

Hyunjin não exitou em se aproximar.

— O que aconteceu aqui? — Perguntou Hyunjin. — Ele está bem?

— E você é? — Perguntou um policial se aproximando.

— Sou o namorado dele! — Falou mesmo não sendo totalmente verdade. De repente havia pena no olhar do policial. Hyunjin entendeu na mesma hora.

— Meu jovem... O seu namorado está morto. Cometeu suicídio. — Disse o policial com pesar.

— E como vocês souberam?

— Denúncia.

— Que filho da puta! — Gritou Hyunjin totalmente alterado. Ele já não conseguia mais segurar o choro que vinha como uma tempestade.

— O que há? — Perguntou o policial sem entender. Hyunjin não disse nada, apenas saiu correndo dali o mais rápido que pôde.

[...]

— Boa noite! Chegou a hora de brincarmos! — Diz Felix assim que abriu a grande porta de ferro. Minho e Jisung estavam sentados do chão, um de costas para o outro. — Não vão me responder? Que falta de educação! — Felix revirou os olhos. — Infelizmente, hoje não vai ter comida. Vocês aguentam, não? Só esperem um pouco que irei chamar o Bang Chan.

Bang Chan havia trazido algumas "coisinhas" que Felix havia pedido. Logo quando entrou, as entregou a Felix.

— Prenda o Jisung na mesa e o Minho na cadeira bem em frente à mesa. — Diz Felix escolhendo algo para usar, e assim, Chan fez o que lhe havia sido proposto. — Muito bem... — Felix foi até Jisung que se encontrava deitado na mesa. — Tenho permissão para brincar com ele, Minho? Hum? Me diga! — Debochou cheio de escárnio e Minho o olhou mortalmente.

— Vá para o inferno seu maluco! — Exaspera Minho, totalmente possesso de raiva.

— Então você não vai se importar se eu arrancar os dedos do meu namoradinho, não é? — Sorriu diabólico. — Nunca mais o Hannie poderá tocar violão. O destino é tão fatídico e mórbido, não? — Sorriu largo.

— Vá para o inferno, Felix! Vá para o inferno seu filho da puta desgraçado! — Minho se remexia na cadeira tentando se soltar a tudo custo. — Eu vou te matar seu maluco! Vou te matar! — Minho destilava ódio, puro ódio.

— Apenas observe... — Felix olhou profundamente para Minho com um enorme sorriso no rosto, pegou a faca que estava mais perto de si e a fincou na coxa de Jisung que deu um grito altíssimo de dor. Minho começou a se desesperar, ele não podia fazer nada, ele tentava se soltar mas falhava miseravelmente. Seu coração se remoia e contorcia dentro de si de tanta dor que sentia por ver aquilo tão claro ao seus olhos: Jisung gritando de dor enquanto Felix cravava uma faca afiada em si. Minho começou a chorar, pois não possuía outra alternativa.

Logo, Felix fincou a faca outra vez em Jisung, que deu um grito muito mais alto que o anterior.

— Bang Chan! Faça alguma coisa! Não fique parado aí! Ele vai matar o Jisung! Por favor! Por favor! — Minho chorava e gritava desesperadamente, mas Chan continuava estático e apático no mesmo lugar, apenas observando tudo. — Por favor! Faça ele parar! — E mais uma vez Felix fincou a faca em Jisung. Minho já estava rouco de tanto chorar, gritar e chamar pelo amado.

Por alguns segundos, houve o maior silêncio, até que sirenes foram ouvidas por todos presentes ali. Minho que estava de cabeça baixa tentando recuperar o fôlego e as forças, começou a rir.

Imediatamente, Bang Chan e Felix o encararam.

— O que foi? — Minho ria com mais veemência. — Eu não fiz nada! — E Minho ria, apenas ria.

Should I Believe You? - JilixOnde histórias criam vida. Descubra agora