Capítulo 16: Não confie em estranhos - Parte 2

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Han Jisung andava à passos apressados enquanto resmungava baixinho para si mesmo: "Eu só posso ser idiota" - Pensou o rapaz totalmente furioso consigo. Na verdade, o garoto sempre achou que estava delirando, ou que aquela situação era apenas um surto coletivo; pois tudo aquilo não fazia o menor sentido. Sua mente estava cheia de perguntas que de antemão ele havia deixado passar batido por simplesmente achar tudo aquilo estanho demais; era no mínimo perturbador para si.

Enquanto caminhava pelas ruas movimentadas da cidade por conta do horário de pico, sua mente estava a mil. Sua mente trabalhava de um forma surreal. O garoto pensava demasiadamente:

"Por que eu não consigo me lembrar?"

"Por que eu consigo lembrar?"

"Eu realmente perdi a memória?"

"O que realmente aconteceu naquela noite?"

"O Minho está morto ou vivo?"

"Por que ele ainda não apareceu?"

"Por que ainda não o acharam?"

"A polícia parou as investigações?"

"Quanto o Felix está envolvido nisso?"

"Por que o Felix parece ser o único que não sabe de nada?"

De fato, o garoto estava para ter um surto bem ali no meio da grande avenida. Sua cabeça doía, tudo ao seu redor girava, ele estava perdido em pensamentos e ressentimentos ocultos por si; não obstante, continuou a seguir seu caminho, pois almejava chegar ao seu destino o mais rápido possível.

Han lembrava do dia anterior em que ele e Felix foram à delegacia, os policiais não pareciam muito empolgados a descobrir algo; parecia que eles já haviam desistido do caso, mas ainda havia uns e outros que persistiram.

Jisung queria dizer o que via, o que ouvia, o que sonhava e do que se lembrava. Muitas vezes vinham flashes de memórias passadas em sua mente, mas ele não conseguia discernir se era algo realmente real ou se era somente coisa da sua cabeça. Obviamente ele estava abatido, estava triste e perplexo por causa do desaparecimento do melhor amigo, ele realmente almejava que Minho aparecesse, pelo menos para se despedir; Jisung sentia muita falta de Minho, e tal sentimento doía demais.

Jisung ficou meio acanhado de dizer o que "sabia" aos policiais, ficou com medo de Felix pensar que ele o apontava como um suposto suspeito, ficou com medo de Felix se sentir traído ou algo assim. Os sentimentos que Jisung nutria por Felix eram no mínimo um tanto estranhos; o garoto não sabia dizer ao certo o que realmente sentia, e isso era totalmente confuso para o mesmo.

Era uma grande piada Jisung ser o único suspeito em relação ao caso da mansão Lee. A polícia realmente não sabia de nada? Eles não descobriram nada? E os pais de Minho? O que eles fizeram para ajudar com o caso? Por que nunca mais se falou disso nas mídias? Isso está muito estranho. Os pais de Minho poderiam ser considerados suspeitos? Eles estavam na casa naquela noite? Realmente, não há como saber, mas que aquilo tudo era muito estranho, com certeza estava muito na cara.

"Por que eu apareço tão avulso a tudo?" - Pensou Jisung consigo mesmo assim que avistou o enorme casarão a sua frente. Ele levantara o olhar para checar o lugar. - É... Não mudou nada - Disse num sussurro. A última vez que Jisung lembrava que esteve ali fora numa festa do pijama que ele, Minho e Felix fizeram. Ele estava na faixa dos dezesseis ou dezessete, alguma coisa assim.

Jisung tocou o interfone do local, e alguns segundos depois pôde ouvir um voz masculina ecoar pelo aparelho:

- Posso ajudar?

Should I Believe You? - JilixOnde histórias criam vida. Descubra agora