Capítulo 18: Conclusões precipitadas - Parte 1

118 21 5
                                    

— Onde você estava? — Indagou Bang Chan sentado na cama de Felix.

— Por aí — Disse Felix fechando a porta atrás de si e indo em direção à Chan.

— Estava em Busan, não é? — Perguntou Chan assim que Felix se sentou ao seu lado.

— Chan... — Diz Felix colocando um das mãos em cima da coxa de Bang Chan, assim, a apertando. Chan imediatamente o olhou desconfiado. — Relaxe — Em uma fração de segundos Felix subiu em cima de Chan, fazendo com que o mesmo ficasse deitado na cama. Felix começou a fazer uma trilha do abdômen de Chan até o seu pescoço; e quando chegou finalmente onde queria, cravou suas mãos no pescoço alheio com bastante força, fazendo assim, com que Bang Chan instantaneamente segurasse em seus braços, tentando se soltar do aperto.

E mais uma vez, Felix tentou matar Bang Chan. E como todas as outras vezes, falhou novamente.

Felix tirou suas mãos do pescoço de Chan quando percebeu que o mais velho já estava bastante vermelho. E de repente, começou a chorar.

Bang Chan não soube como reagir àquilo, já era a terceira vez que Felix tentava o matar da forma mais aleatória e inesperada possível; ele ainda tentava se recuperar.

— Eu não consigo entender você — Disse em fim. — Em um momento você me diz que eu sou o seu porto seguro, aí depois você tenta me matar, e pela terceira vez? — Disse ofegante e irritado. — O que você quer de mim, Felix?

— Você é o único que ainda gosta de mim de verdade, mesmo sabendo quem eu sou — Disse num fio de voz.

— O Jisung também gosta de você.

— O Jisung não conta! — Diz se alterando. — Ele não gosta de mim de verdade, está apenas sendo manipulado.

— Não tire conclusões precipitadas, Felix.

— Bang Chan? — Chamou o garoto.

— Sim?

— Dorme aqui comigo essa noite!?

— ... — Bang Chan não disse nada, apenas ficou totalmente paralisado olhando para Felix, como se tudo aquilo não passasse de uma piada.

[...]

Fazia uns vinte minutos que Jisung estava parado em frente à delegacia. Alguns policiais que iam e viam por ali já estavam estranhando o comportamento anormal do garoto.

— Está procurando por algo? — Indagou um policial que havia saído da delegacia, seu turno havia acabado. — Prazer, sou o oficial Shin — Disse o homem assim que Jisung se deu conta de sua presença.

— Sou Han Jisung — Diz apertando a mão do oficial.

— O que faz aqui? — Indagou o policial.

— Nada — Disse. — Estava apenas pensando.

— Bem em frente à delegacia? — Retrucou.

— Algum problema, senhor?

— Não, não — Disse. — Desculpe pela invasão repentina.

— Eu que me desculpo por interromper o seu trabalho.

— Não, de jeito nenhum, eu já estava de saída — Disse rapidamente. — Quer uma carona para casa?

— Não, obrigado — Olhou para o oficial meio desconfiado e apreensivo.

Eles ficaram se olhando por um tempo até Jisung decidir se retirar.

— Eu já estou indo — Disse Jisung meio sem graça através daquele silêncio constrangedor.

— Eu também estou indo — Disse o homem, e por algum motivo ele não tirava os olhos de Jisung. Logo, Jisung se virou e seguiu o seu caminho.

"Que cara estranho", pensou Jisung ainda fazendo sua rota até sua casa, que não era muito longe da delegacia do bairro.

Mal sabia Jisung que aquele cara estava o seguindo.

[...]

Changbin estava em seu quarto compondo, como sempre fazia todas as noites antes de dormir. Ele estava bastante concentrado em sua nova música, quando de repente ouviu um barulho vindo da janela, de começou ignorou, mas o barulho insistiu, e quando  foi ver do que se tratava percebeu que alguém jogava pedrinhas em sua janela, pois assim que se aproximou da mesma foi possível presenciar tal ação. Logo, abriu sua janela e deu uma breve olhada para fora e pôde ver o garoto alto e de cabelos longos com as mãos na cintura e totalmente frustrado.

— Hyunjin!? Tá fazendo o que aqui? — Questionou Changbin já irritado com o maior.

— Eu vim te ver, amorzinho — Disse Hyunjin com aquele sorriso maravilhoso.

— Não poderia ter vindo mais cedo? Sabe que horas são? Por acaso não tem relógio na sua casa?

— Eu não estava em casa e também...

— Hyung!? Por que você não me esperou!? Me deixou lá sozinho!? E se eu fosse pego???? — Jeongin havia simplesmente aparecido do nada, completamente puto com Hyunjin.

— Quem é esse? — Perguntou Changbin surpreso.

— É o Jeongin — Disse simples.

— Seu irmão? — Hyunjin negou. — Amigo? — Hyunjin negou. — Primo? — Hyunjin negou. — Namorado? — Hyunjin negou novamente. — Então ele é o quê? — Perguntou impaciente.

— É o Jeongin ué — Disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— É seu namorado, Hyung? — Perguntou Jeongin apontando para Changbin que estava com uma cara não muito boa.

— Quase isso, meu amor — Disse Hyunjin. — Ele que não quer namorar comigo — Olhou para Changbin. — Está se fazendo de difícil.

— "Meu amor"? — Diz Changbin.

— Está com ciúmes? — Indagou Hyunjin.

— Nunca — Disse cerrando os olhos. Hyunjin riu da cena que o menor fazia, era fofa.

— Hyung... Eu estou com fome — Disse Jeongin mexendo em sua barriga. — Vamos para casa.

— Vocês moram juntos? — Questionou Changbin, ele já estava irritado o suficiente.

— Para com isso, Changbin — Diz o Hwang. — Apenas deixe a gente entrar, assim eu posso alimentar o Jeongin. Nossa casa está meio longe.

— De jeito nenhum!

— Jeongin! — Exclamou Hyunjin vendo o garoto perder as forças e cair, sorte que Hyunjin o segurou a tempo.

— Eu já estou descendo — Disse Changbin. Ele havia ficado preocupado com o garoto.

Assim que Changbin abriu a porta, Hyunjin entrou rapidamente com Jeongin no colo e o pôs em cima do sofá que havia ali.

— Jeongin! Pelo amor de Deus, acorda! — Hyunjin estava desesperado.

— Se acalme, Hyunjin! Ele não está morto — Hyunjin apenas ignorou o que Changbin havia dito e continuou a chacoalhar o corpo desacordado de Jeongin, que de repente, acordo afoito.

— O que aconteceu? — Disse com a respiração falhada.

— Que bom que você está bem, meu amor — Diz Hyunjin abraçando Jeongin com todas as forças que tinha. Hyunjin estava quase chorando.

— Eu estou bem, Hyung — Disse Jeongin. — Foi apenas um surto de fome, eu acho.

Changbin apenas observava a cena incrédulo.

— Vocês tem certeza que não são namorados?

Should I Believe You? - JilixOnde histórias criam vida. Descubra agora