Capítulo 25: O que eu deveria renunciar? - Parte 1

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— Que horas são? — Perguntou Minho. Finalmente ele havia saído daquela cadeira; ele caminhava pelo cômodo enquanto Jisung estava estirado no chão se fingindo de morto.

— Por que a pergunta? — Indagou Jisung arqueando a sobrancelha. Minho não disse nada, apenas balançou a cabeça e foi até Jisung, se deitou ao seu lado, só que de barriga para baixo. Minho observava as feições de Jisung atentamente. — Eu não sei nem que dia é hoje. Não sei dizer quantos dias já se passaram; essa merda de quarto não tem uma única janela! — Esbraveja a última parte irritado. Minho riu do menor. — Está rindo do quê? — Jisung olhou nos olhos de Minho.

— Eu tinha esquecido o quanto te admirar assim era bom... Fiquei tanto tempo sem te ver... Para mim pareceu uma eternidade — Diz Minho acariciando as bochechas cheinhas de Jisung. — Você sentiu minha falta?

— Eu não sabia muito o que sentir porque havia perdido a memória, mas sim, eu senti muito a sua falta — Jisung direcionou o seu melhor sorriso à Minho, que instantaneamente sorriu também.

— Como foi namorar o Felix? Ele foi um bom namorado? — Perguntou Minho e logo Jisung riu.

— Claro, até porque ser um psicopata maluco sempre foi o forte dele — Minho riu assim que Jisung terminou sua sentença. — Sumir com o meu melhor amigo que era meu namorado e pagar o meu irmão para me atropelar foi o que realmente me conquistou — Os garotos riam sem nem saber porquê, a situação era tão desesperadora que eles não sabiam o que fazer, a não ser rir.

— Mas agora é sério... Como foi namorar o Felix? — Perguntou Minho.

— Não vou mentir, foi confuso, muito confuso; mas também foi ótimo, muito ótimo — Minho o escutava atentamente. — Você conhece o Felix, ele é gentil, amoroso, atencioso, fazia sempre tudo o que eu queria, muito compreensivo. Além de ser lindo e muito gostoso, aquele homem é uma perdição! — Dizia Jisung rindo de si próprio, fazendo Minho rir também.

— E o que mais vocês fizeram juntos? — Disse Minho meio receoso pela pergunta que havia feito.

— É sério Minho?

— Eu só quero saber, poxa! — Diz Minho.

— Pra quê? — Jisung ainda o olhava incrédulo. Minho ficou cabisbaixo de repente e Jisung entendeu aonde ele queria chegar. — Minho... Olha, não precisa ficar pensando nisso, ou se culpando por algo que não é culpa sua; a gente já está ferrado o suficiente. Mas pense pelo lado positivo, nós estamos vivos, não? O Felix já ferrou o suficiente com a nossa vida, então, vamos aproveitar o máximo. O tempo que eu e o Felix passamos juntos foi muito bom e memorável; eu não mentiria dizendo que não estava caidinho de amores por ele. Contudo, é como eu disse: já passou... — Jisung acaricia os cabelos de Minho. — Eu posso ter me apaixonado pelo Felix por um momento, mas a pessoa que eu realmente amo está bem aqui na minha frente; e eu não esqueceria disso nem se morresse e reencarnarsse em outra pessoa. Eu não poderia estar mais feliz por ter te encontrado novamente, sendo que pensei que nunca mais te veria. Eu não me importo se o Felix ou seja lá quer for me matar, contanto que você esteja aqui comigo, eu posso morrer em paz — Os olhos de Jisung já estavam cheios de água e Minho não estava diferente. — Eu posso não lembrar de muita coisa do nosso tempo de namoro, e nem de como ou quando eu me apaixonei por você, mas eu ainda me lembro muito bem do quanto eu amo você — Disse por fim, dando um leve selar na testa de Minho.

— Obrigado... — Disse Minho num sussurro.

— Pelo o quê? — Indagou Jisung.

— Por não desistir de mim — Disse num fio de voz.

— Minho, eu achava que estava morto.

— Mas você ainda tinha esperança, mesmo que minúscula, porém tinha — Diz Minho sorrindo. Aquele sorriso conseguia curar qualquer resquício de doença que Jisung tivesse.

— Vem cá — Jisung puxou Minho para um abraço. — Vamos aproveitar o bastante, pois o Felix pode aparecer a qualquer momento...

[...]

— Felix... O que você pretende fazer, hein? Isso já está ficando chato! Já faz quase três dias que eles estão trancados lá. Eu ainda não entendo onde quer chegar... — Bang Chan dizia andando de um lado para o outro no meio da sala. Felix já estava com dor de cabeça pela ansiedade do rapaz; ele não parava quieto.

— Dá pra você calar a porra da boca!? Que insuportável! — Felix dizia puxando seus cabelos. — O que você quer que eu faça? Você já se esqueceu que a mãe do Jisung trouxe a polícia pra cá? Estão desconfiando de mim porque eu sou o namorado dele! A mãe dele desconfia de mim porque ela sabe que ele só vinha aqui pra casa! — Felix passava as mãos pelo rosto com certa agressividade. — Eu ainda estou pensando no que fazer...

— A polícia ainda está procurando pelo Jisung e pelo Seungmin, isso porque a mãe deles não está deixando os policiais em paz. Você viu que depois de um mês os policiais pararam de procurar pelo Minho e deram o caso como encerrado, e isso porque os pais dele também insistiram. Mas eu não acho que agora os policiais irão desistir... E provavelmente eles voltarão aqui novamente — Dizia Bang Chan finalmente se sentando no sofá.

— Como eles já interrogaram todos os amigos e vizinhos próximos de Jisung, agora eles estão interrogando os colegas de universidade do Jisung... — Diz Felix como se tivesse bolando um plano ou lembrando de algo crucial.

— Onde quer chegar com isso, Felix?

— Lembra de quando a gente estava vigiando o Jisung na faculdade? — Bang Chan assentiu. — Lembra daquele garoto que estava com ele? — Chan assentiu novamente. — Eu acho que o conheço de algum lugar...

— O Hyunjin estava saindo com ele, só não sei se ainda está.

— O Hyunjin? — Indagou Felix e Bang Chan murmurou um "sim". — Vamos atrás desse garoto!

— Só espero que a polícia ainda não tenha o contatado...

Should I Believe You? - JilixOnde histórias criam vida. Descubra agora