Capítulo 19: Conclusões precipitadas - Parte 2

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A sensação de estar sendo seguido predominava no coração de Jisung, no começo ele pensou ser apenas coisa da sua cabeça, mas depois teve a plena certeza de que era real. Em um resquício de coragem, parou de se mover, ficou intacto no mesmo lugar. Ele não sabia se virava ou não, pois estava com muito medo, mas em um surto repentino se virou de supetão dando de cara com uma garota.

— Por que está me seguindo? — Indagou Jisung. Ele estava nervoso pela situação.

— Eu não estou te seguindo — Disse simples. — Por que eu te seguiria, Jisung?

— Como sabe meu nome?

— Porque eu sou sua vizinha? — Disse meio confusa com a situação que se estendia ali.

— Aaah — Começou. — Você é a Yoona?

— Sim, sou a Yoona.

— Me desculpe — Disse. — Minha memória não anda muito bem desde o acidente.

— Não tem problema — A menina sorriu para si, com um sorriso acolhedor e aconchegante, logo eles terminaram seu percurso chegando em suas respectivas casas.

"Será que eu estou enlouquecendo?", pensou Jisung consigo mesmo enquanto abria a porta de sua casa.

"Acho que não", deu de ombros e entrou porta à dentro.

[...]

— Hyung — Disse Jeongin surpreso. — Você escreve? — Dizia bisbilhotando a mesa de trabalho de Changbin.

— Quantos anos ele tem? — Perguntou Changbin. Nesse exato momento ele estava entre as pernas de Hyunjin, que estava sentado na cama apoiando as costas na cabeceira da mesma. A cena era muito fofa.

— Dezenove — Disse Hyunjin abraçando Changbin por trás e deixando um beijo em sua bochecha direita.

— Ele é sempre assim? — Changbin observava Jeongin sentar em sua cadeira e pegar suas canetinhas coloridas com satisfação e admiração nos olhos.

— É pior — Diz Hyunjin inspirando o perfume que emanava do pescoço de Changbin.

— Hyung! — Exclamou Jeongin e Hyunjin murmurou um "sim" em resposta. — Você compra canetinhas coloridas pra mim também? Eu quero escrever com elas!

— Sim anjo, eu compro — Disse Hyunjin e Jeongin abriu o maior sorriso.

— O que ele faz? — Questionou Changbin.

— Escreve romances.

— E ele é bom no que faz?

— Demais. Na verdade, muito mais do que você possa imaginar.

— Ele estuda?

— Não.

— Por quê?

— O Jeongin não tem estabilidade para estudar. Ele terminou o ensino médio praticamente a força.

— Entendo... — Disse por fim. — Hyunjin — Chamou. — Eu preciso dormir, amanhã tenho aula. Preciso entregar minha música também.

— Okay, okay — Diz Hyunjin se levantando. — Vamos Jeongin!

— Tchau Hyung! — Diz Jeongin acenando assim que já estavam do lado de fora. — Foi um prazer te conhecer — Dizia Jeongin dando-lhe o maior e melhor sorriso que tinha.

— Eu também gostei muito de ti — Disse Changbin jogando um beijo no ar para Jeongin, em seguida piscando para o mesmo. Logo, observando os dois rapazes se afastarem e ficarem longe aos poucos.

[...]

"Bang Chan, aonde você está?", pensava Felix consigo enquanto se encolhia debaixo da mesa da cozinha.

— Onde aquele pirralho se meteu? — Indagou um dos homens que faziam parte da "gangue de inimigos" do sr. Lee. O pai de Felix havia conseguido fugir a tempo, mas o garotinho foi deixado para trás, como de costume. A sorte de Felix era que Bang Chan existia em sua vida, e o garoto podia dormir em paz sabendo que Chan sempre o protegeria com sua própria vida, mesmo nunca recebendo nada em troca. Apenas a companhia de Felix era o suficiente para o Bang. Saber que Felix estava vivo e bem, saber que o loiro estava feliz e satisfeito, era sempre o suficiente.

— Ali está ele! Embaixo da mesa! — Exclamou um dos capangas. Felix começou a tremer de medo, e instantaneamente começou a chorar alto e a gritar pelo nome do garoto que sempre fora o seu porto seguro.

— Bang Chan! Bang Chan! — Chamava Felix aos berros, mesmo sabendo que o maior não o poderia ouvir.

Os caras foram em direção à Felix, porém, pararam no mesmo instante assim que ouviram o baque na porta que fora aberta bruscamente com um chute. Felizmente, era Bang Chan, e o mesmo nunca falhava quando se tratava de Felix.

Sem pensar duas vezes, Bang Chan varou de tiros todos os três homens que estavam ali. Nem sequer cedeu um segundo, imediatamente, matando todos  que estavam presentes ali. Assim, indo ao encontro de Felix.

— Lix? Lix? Onde você está? — Indagou Bang Chan desesperado.

— Estou aqui — Disse Felix em meio a soluços saindo de debaixo da mesa, e em seguida, pulando nos braços de Chan que o segurou como se não fosse soltar nunca mais. — Eu pensei que eles iam me pegar — Dizia Felix em meio ao choro e suspiros pesados.

— Enquanto eu estiver com você — Começou Bang Chan. — Ninguém nunca tocará um dedo em ti — Disse a última parte bem baixinho rente ao ouvido de Felix, assim, dando-lhe um beijo singelo na bochecha. — Meu amor...

— Felix? — Chamou Bang Chan. — Felix? — Chamou novamente, o balançando um pouco mais forte. — Acorda!

— O que houve? — Diz Felix num susto acordando atordoado.

— "O que houve" digo eu! Você estava chorando e gritando pelo meu nome. Consequentemente eu fiquei preocupado — Disse simples.

— Foi apenas um sonho — Disse Felix se ajeitando na cama.

— Pesadelos de novo? — Indagou Bang Chan.

— Sim, eu sonhei que aqueles caras estavam atrás de mim por culpa do meu pai. E como sempre, você apareceu — Disse Felix, olhando nos olhos de Chan que estava deitado do seu lado com a cabeça apoiada na mão direita, também o olhando daquele ângulo.

— Eu amo você, Lee Felix — Disse Bang Chan o olhando nos olhos enquanto acariciava o seu rosto. — Eu faria tudo por você, até mesmo andaria no fogo por ti — Felix apenas o encarava apreensivo. — Apenas deixe-me te adorar.

— Eu nunca te impedi de me amar — Felix disse totalmente firme.

— Mas — Começou. — Você tem um grande bloqueio quando se trata de mim.

— ... — Felix não ousou dizer uma palavra sequer, apenas continuou a encarar Bang Chan.

— Apenas me deixe te adorar — Sussurrou rente o rosto de Felix, fazendo o mesmo se arrepiar instantaneamente.

E assim, Felix pegou no sono novamente, somente ouvindo as belas palavras que soavam muito bem vindas da boca de Bang Chan.

Aquele homem era tudo, no entanto, tudo para Felix ainda era muito pouco.

Should I Believe You? - JilixOnde histórias criam vida. Descubra agora