Capítulo 7: Recordações.

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Jisung havia acabado de terminar suas provas. Ele estava a espera de Minho, eles iriam ter um encontro; já era o terceiro naquela semana, contudo, Jisung não se importava, o mais novo amava sair com o melhor amigo. Aos olhos de Jisung, Minho era o "namorado dos sonhos", mas, Jisung não achava certo namorar o melhor amigo, afinal, eles eram como irmãos. O único defeito de Minho era que ele sempre se atrasava, nunca conseguia chegar na hora.

— Desculpe a demora! — Dizia Minho ofegante com as mãos apoiadas em ambos os joelhos, tentando tomar fôlego. Jisung direcionou um sorriso enorme ao garoto a sua frente. — Não se preocupe. O Felix ainda está na sala, ele ainda não terminou a primeira prova. Acho que foi porque ele chegou atrasado ou algo assim. — Jisung não tirava o sorriso do rosto nem por um segundo.

— Por que você não muda de colégio? — Minho indagou assim que saíram da porta da imensa escola.

— Por que VOCÊ não muda de colégio? — Jisung devolveu a pergunta enfatizando a palavra "você".

— O colégio que eu estudo é particular. — Disse simples.

— Eu sei disso, mas, idaí? — Jisung o encarava.

— O Felix também é podre de rico, assim como eu. Por que ele estuda em um colégio público? — Disse Minho se desviando da pergunta de Jisung.

— Você sabe que o Felix sempre vai para onde eu vou. — Disse encarando o chão enquanto chutava algumas folhas caídas.

— O Felix é um puxa saco, isso sim!

— Não diga isso, ele é seu amigo também. — Jisung dava um tapa de leve no ombro de Minho.

— Ele só é o meu amigo porque você é o meu melhor amigo. — Disse sorrindo singelo.

— Você é um falso, Lee Minho! — Jisung deu outro tapa em Minho, só que desta vez na cabeça.

— Eu só não te bato porque você é fofo. — Minho dizia apertando as bochechas fartas de Jisung. — Olha só essas bochechas! — Minho ria da cara de descontentamento do menor.

— Entra logo aí! — Eles já haviam chegado ao seu destino. Logo, Minho entrou e Jisung o seguiu.

— Duas casquinhas de morango, por favor. — Minho direcionou suas palavras a moça do balcão assim que chegou perto do mesmo.

— Anotado! Podem ir se sentar. Dois minutos e já entrego as casquinhas. — A moça dizia com um sorriso receptivo nos lábios. Ela parecia ser muito legal e simpática. — Obrigado! — Disse Minho na mesma animação que a moça, assim, fazendo a mais velha rir da fofura do garoto. — Vamos... — Disse puxando Jisung pela mão em direção à mesa que possuía uma visão ampla da enorme avenida que havia em frente ao estabelecimento.

— Han-ah...? — Minho chamou a atenção do menor a sua frente. O garoto mais velho gostava de chamar o menor pelo sobrenome, ele achava o mesmo um tanto bonito e elegante.

— Sim? — Jisung voltou sua atenção que estava presa aos carros que passavam na rua, até o garoto que estava consigo.

— Eu tenho algo para te confessar. — Minho diz meio receoso e acanhado. Jisung percebeu o desconforto do mesmo. Mas, não deu muita importância. — Diga. — Disse simples.

— Eu... — Minho havia sido interrompido pela mesma moça do balcão. — Aqui está o seu pedido, senhor. — Disse a moça com um enorme sorriso no rosto, entregando as casquinhas para os garotos na mesa.

— Obrigado! — Disseram Minho e Jisung em uníssono. A moça sorriu e em seguida sussurrou para Minho:

— Vocês fazem um belo casal. — A moça disse e logo se retirou. Porém, Jisung foi capaz de ouvir o que a moça havia dito, logo, corou.

— O que ia me dizer? — Jisung tentava esconder a vergonha. Minho ficava tão encantado quando o menor agia daquela forma.

— Eu...

— Você o quê? — Jisung não suportava a enrola de Minho para falar o que queria. — Fale logo, Minho!

— Estou apaixonado por você. — Disse de uma vez. Já fazia meses que ele queria se confessar, mas não sabia como.

— O quê? — Jisung estava incrédulo, feliz, muito feliz, mas, incrédulo. Ele nunca imaginou que o sentimento que guardava em si fosse recíproco. — Minho, você está brincando comigo, não é? Você está mentindo!

— Eu nunca falei tão sério com alguém na minha vida. — Disse encarando Jisung intensamente, o menor não sabia aonde se esconder. — Jisung? Quer namorar comigo? — Minho perguntou repentinamente e Jisung achou que estava sonhando.

— Jisung? Jisung? Han Jisung! — Jisung foi tirado de seu transe com alguém o cutucando e gritando seu nome.

— Minho!? Eu quero namorar contigo! — Disse Jisung desesperado saindo de seu transe que pareceu durar décadas.

— Quem é Minho? — Changbin perguntou confuso.

— Changbin!? Onde eu estou? — Se Changbin estava confuso, Jisung estava mais ainda.

— Na sala de artes. A professora acabou de sair, estamos liberados. — Disse ainda olhando confuso para Jisung.

— Já acabou a aula?

— Mas é claro! Você não percebeu porque estava dormindo. E por que você dorme de olho aberto? Isso é muito estranho e assustador. — Changbin fazia uma cara tosca.

— Eu não estava dormindo. Eu não durmo de olho aberto. — Disse coçando a cabeça. Os fragmentos de memória ainda estavam em sua mente.

— Se você não estava dormindo, então por que estava encarando o nada totalmente estático? Eu até te chamei e te cutuquei uns minutos antes do final da aula, e você não reagia. Eu fiquei até com medo, mas, relevei porque achei que estava dormindo. — Changbin ficava mais confuso a cada palavra que dizia.

— Eu não sei.... — Jisung encarava as próprias mãos repousadas na mesa ao qual estava sentado.

— É melhor irmos embora. — Disse Changbin olhando para o estado totalmente confuso de Jisung. Parecia que o mais novo estava em outra dimensão. Changbin estava muito preocupado com o amigo. — Sim, vamos. — Jisung arrumava suas coisas e em seguida saiu pela porta da sala em direção a saída do prédio juntamente com Changbin.

Should I Believe You? - JilixOnde histórias criam vida. Descubra agora