Capítulo 27: O que eu deveria renunciar? - Parte 3

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— Seu desgraçado! O que você fez? — Indagou Felix furioso indo na direção de Minho. — Me responda! O que você fez? — Felix puxava Minho pela gola da camisa, assim, acertando um soco em seu rosto. Minho riu mais ainda.

— Você deveria correr, Lix... Apenas corra! — Minho não conseguia parar de rir.

— Christopher, me dê a arma! — Exasperou Felix possesso. — Eu vou matar esse desgraçado.

— Felix, não dá tempo. Vamos sair logo daqui, a polícia está chegando! — Bang Chan estava claramente com medo de ser pego. Fazia anos que ele estava envolvido com Felix e o seu pai, mas nunca fora pego; na verdade, ninguém que trabalhava para os Lee fora pego alguma vez, pelo menos não os atuais. Na Austrália havia uma rede de cosméticos, e na Coréia também; só que na Coréia era mais algo como algumas pessoas trabalhando para alguém e fazendo tudo o que esse alguém pedia, e quando se diz "tudo" era tudo mesmo, desde de ser guarda-costas de alguém a cometer um assassinato em massa. Era um pouco estranho, mas era praticamente isso; e o ótimo era que pagavam muito bem, te davam até uma casa se preciso. A sorte de Christopher era que ele havia sido escolhido para cuidar de Felix, pelo próprio pai do mesmo. Hyunjin também era um dos que tinham sorte por participar da contabilidade. Havia apenas duas lojas da companhia dos Lee na Coréia, que se situavam em Incheon e Seoul, a última cidade citada era onde o pai de Felix morava.

— Bang Chan! — Exasperou Felix mais uma vez. — Me dê essa arma! Eu não saio daqui antes de estourar os miolos desse desgraçado!

— Felix! — Gritou Bang Chan.

Possesso de raiva Felix foi até Bang Chan o dando um soco no rosto, e obviamente, Chan não esperava por aquilo. Logo, Felix puxou a arma da cintura de Chan e a sacou na direção de Minho, se aproximando a passos largos e apressados.

Jisung não podia se mexer, e estava quase desmaiando por conta da dor e sangue perdido. Contudo, Jisung ainda podia gritar, então foi o que fez.

— Felix! Por favor, não faz isso! Por favor! Eu faço o que você quiser! — Desesperado, Jisung gritou o mais alto que pôde. — Você me quer, não é? Eu posso fazer o que você quer! Mas não faça nada com o Minho, por favor... — Jisung já estava aos prantos.

— Você deveria ter me dado o devido valor, Jisung... — Disse até muito calmo perante tal situação. — Eu fiz tudo por você. E a única coisa que você fez foi desconfiar de mim e me tratar como um completo estranho! — Gritou começando a se irritar pelas lembranças.

— Você é completamente maluco... — Disse Minho começando a rir novamente.

— Minho, cala a porra da boca! — Esbraveja Jisung totalmente irritado e desesperado pela atual situação.

De repente foi possível ouvir o barulho da porta da frente sendo arrombada. Bang Chan se desesperou mais ainda.

— Felix! Vamos logo! Rápido!

Felix ignorou o Bang e se voltou para Minho novamente, colocando o cano da arma na testa do garoto. O coração de Jisung gelou na hora. Minho não estava diferente, mas até que estava mais calmo que Jisung, até porque ele já esperava aquilo, só não esperava que seria na frente do amor de sua vida.

— Jisung? — Minho o chamou rapidamente. Jisung o olhou fixamente, completamente perdido. Ele estava morrendo por dentro, aquilo era demais para ele. — Eu amo você, mais que qualquer coisa neste mundo. Me desculpe por não poder ser o suficiente para você. Eu só quero que sabia que eu te amo... — Assim que Minho terminou sua sentença, Felix puxou o gatilho.

— Não! Não! Não! — Gritava Jisung desesperadamente tentando ao menos se mover, ele tentava a todo custo se soltar daquela mesa.

Sendo assim, Bang Chan puxou Felix pelo o braço, logo os dois correram até a "passagem secreta" que havia naquele cômodo situado no porão. Era uma porta pequena que ficava atrás de um armário velho, e dava nos fundos da casa.

Assim que Felix e Bang Chan conseguiram sair, correram para a rua de trás com a intenção de irem para a casa de Hyunjin, que não era tão longe.

Dois minutos depois da saída de Felix e Chan, os polícias conseguiram encontar o porão, pois aquela mansão era bem maior do que parecia. Assim que se depararam com o enorme portão de ferro, tentaram o derrubar também, mas para a sorte deles, o mesmo estava aberto.

Assim que adentraram o local se depararam com um jovem chorando e preso à uma mesa, e outro morto amarrado em uma cadeira. Logo, foram até o garoto que estava na mesa e o desamarram. Quando foi solto, Jisung correu até Minho que ainda estava amarrado na cadeira. Jisung se ajoelhou e repousou sua cabeça no colo do garoto, começando a chorar com mais veemência. Os polícias não se importaram muito e desamarram os pulsos e pernas de Minho da cadeira ainda com Jisung em seu colo.

— Eu falhei com você, Minho... Eu falhei. — Enquanto chorava e se lamentava, Jisung repetia tal coisa como se fosse um mantra. — Eu falhei, eu falhei...

— Senhor, se acalme, tome um copo d'água. Nós precisaremos te interrogar daqui a pouco, mas antes precisamos tirar o corpo desse rapaz daqui para os devidos cuidados. Você é o que dele? Há alguma identificação aqui? — Dizia um dos polícias. Jisung secava as lágrimas e tentava se conter, se acalmar mais.

— Como vieram parar aqui? — Perguntou Jisung com frieza no olhar, totalmente sério.

— Recebemos uma denúncia anônima de assassinato. Demoramos um pouco porque fora difícil achar este cômodo, a casa é muito grande. — Explicou outro policial.

— Ele é o filho dos Lee, os advogados. — Falou Jisung. E assim, os polícias caíram na real, estava meio difícil de reconhecer o garoto, pois além de estar escuro, o garoto também estava acabado, e morto.

— É o garoto que estava desaparecido há tempos! — Exclamou um policial. — Não acredito que o encontramos morto... É uma pena!

— Vamos o levar logo. — Disse o policial. — E você garoto, vá para a viatura. O oficial Xia irá te acompanhar até lá.

— Eu não consigo andar. — Disse Jisung apático.

— E como saiu correndo daquela mesa? — Indagou o mesmo policial. Como estava escuro, não perceberam que as coxas do garoto estavam cobertas de sangue. E também tinha o fato de Jisung estar de calça.

— Adrenalina, senhor... — Diz o oficial Xia. — As pernas do garoto estão sangrando...

— Não tem luz nesse lugar? — Indagou. — Oficial Yuan, procure por algum interruptor ou algo que ilumine este lugar! — Ordena o chefe de polícia e o oficial murmura um "sim, senhor" em seguida. — Qual o seu nome, jovem?

— Han Jisung.

— Chefe... — Chamou o oficial Xia. — Esse não é o outro garoto desaparecido, um dos irmãos? Eu me lembro de ter ouvido esse nome na delegacia. Alguns polícias estão procurando por Kim Seungmin e Han Jisung.

— Me impressiona sua boa memória, Xia. — Diz o oficial Chefe.

— Se eu não me engano, faz dois ou três dias, por aí. — Acrescentou Xia.

— Certo! Veremos tudo com mais calma quando chegarmos na delegacia. O pegue no colo e o leve até a minha viatura, nós o levaremos ao hospital antes de irmos para a delegacia. Eu creio que ele aguente mais um pouco. Nós já subiremos em seguida, só vamos averiguar mais um pouco e logo estaremos a caminho do hospital.

— Certo, senhor!

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