Ele provavelmente deveria ter ido visitá-la. Tentado consertar as coisas. Voltado ao ponto "apenas amigos". Mas era tarde demais para isso,agora. O outono estava chegando. Todas as noites,o vento arrancava mais algumas pétalas dos girassóis. Chegando à casa do trabalho,quase uma semana depois,e cansado das lembranças constantes,Noah arrancou as flores do vaso e jogou-as no lixo reservado para material orgânico.
Centenas de sementes se espalharam pelo jardim quando ele fez isso,e Noah rangeu os dentes. Que jeito ótimo de esquecer! Se ele não apanhasse as sementes,ele precisaria de uma foice no ano seguinte,só para chegar à porta da frente! Ela estava em toda parte. Em sua cabeça,em seus sonhos,e enquanto ele entrava em casa e subia as escadas para trocar de roupa,seus olhos se dirigiram para a praia,para onde ele havia visto Joalin pela primeira vez,e não para a fotografia de Donna na mesinha de cabeceira. "O que eu devo fazer?"
Ele apanhou o porta-retratos de prata e olhou para os olhos claros de sua esposa,e desejou ter apenas mais dois minutos com ela. Dois minutos dos conselhos lógicos e práticos dela,o que era uma coisa idiota de se desejar; como se ele pudesse perguntar a Donna como agir com Joalin! Ele queria que ela lhe mandasse um sinal,um pequeno sinal,mas nem sequer sabia o que estava pedindo. E então ele olhou para a fotografia inteira,e não apenas para o rosto de Donna.Noah correu o dedo sobre a barriga dela,onde o bebê deles vivera; tocou-a através do vidro,tocou o que nunca,nunca pudera segurar nem por uma única vez.
Mas não havia tempo para lamentações. Ele tivera visitas naquela noite,o que já havia sido difícil,e depois ele fora chamado ao hospital para lidar com uma emergência às dez horas da noite. Ele pôde ouvir a música muito alta que tocava na casa dos vizinhos de Joalin quando passou pela unidade dela,e,apesar de suas melhores intenções,aquilo foi difícil de ignorar. Contudo,ele continuou a dirigir com determinação, esperando que a festa acabasse logo,ou que ela tivesse levado Bella para a casa dos pais.
Certamente,uma festa na casa ao lado era a última coisa de que uma mãe recente precisava,poucos dias depois de trazer o bebê para casa. Mesmo assim,não era problema dele agora.
- Eu sinto muito! -Any olhou para ele em meio ao setor de ressuscitação lotado,enquanto Noah abria caminho- Eu acabei de lhe enviar uma mensagem dizendo que não estamos mais precisando de você.
- Você tem certeza? -Noah perguntou,porque o lugar estava movimentadíssimo.
- Nós recebemos um aviso de dois traumas múltiplos.-Any explicou -Além,dessa montanha de pacientes,e eu pensei que podíamos chamar alguma ajuda extra,embora você não esteja de prontidão.
- Onde estão as vítimas de trauma?
- Uma morreu a caminho,e a outra não está seriamente ferida. Eu vou ligar para os pais; quem quer ter filhos adolescentes? Talvez eu devesse ter esperado antes de chamar você.
- É sempre melhor não esperar para ver. -Noah realmente não se importava de ser chamado, aquilo era parte de seu trabalho- Eu vou te ajudar, agora que estou aqui.
- Não,não vai. - Any retrucou, examinando alguns raios-X no computador. - Vá dormir um pouco. Esta é apenas uma noite normal de sexta-feira.
- Eu realmente não me importo. - ele insistiu.
- Mas eu me importo. -Any disse- Você vai me substituir amanhã,lembra?
- Ah,sim!
- E eu realmente espero que você não precise me chamar. -ela piscou para ele.
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𝐔𝐌 𝐏𝐄𝐐𝐔𝐄𝐍𝐎 𝐌𝐈𝐋𝐀𝐆𝐑𝐄 ☕︎︎ 𝑛𝑜𝑎𝑙𝑖𝑛
RomanceVale a pena arriscar o coração pelas dadivas mais preciosas da vida...Noah Urrea está tentando recomeçar. Desta vez na emergência de um hospital de Melbourne. Já se passaram quase quatro anos desde que perdeu sua esposa e o bebê que ela esperava, e...