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Quando vou poder vê-la? –era tudo em que ela conseguia pensar.

A ambulância havia chegado poucos minutos depois daquela que havia levado sua filha,e ela fora levada diretamente para a maternidade. As parteiras tinham sido maravilhosas, contando-lhe as últimas notícias sobre o progresso do bebê,enquanto Joalin era examinada,recebia soro intravenoso e amostras de sangue eram colhidas

Por que eu preciso disso? 

A sua pressão ainda está alta. – o obstetra explicou –E você ainda está retendo muito líquido. Nós só queremos verificar como está seu sangue e ficar de olho em você,para assegurar que tudo esteja correndo bem...–as parteiras a ajudaram a se lavar e se refrescar,e a colocaram na cama; e então Nour(a enfermeira),que joalin imaginava que estivesse no comando,finalmente chegou com notícias reais. 

Eles acabaram de transferi-la da emergência para o tratamento intensivo. Quando tiverem tudo sob controle,e logo que seu médico lhe dê permissão,nós vamos levar você para vê-la. Olhe aqui. – ela lhe entregou uma foto– Uma das enfermeiras tirou para você. 

Oh,ela era pequenina,estava com um pequeno gorrinho cor-de-rosa,e havia tubos e equipamentos por toda a parte, mas ela era dela...Os poucos momentos que tivera com a filha estavam gravados em sua mente,e Joalin já a reconhecia;  ela poderia entrar na unidade de terapia intensiva naquele momento e identificar sua filha, disso ela estava certa... 

Agora...– disse Nour–ela está passando bem,e está no respirador. Isso significa que ela precisa de um pouco de ajuda para respirar,para encher os pulmões de ar,e está recebendo tensoativos e medicamentos para compensar a imaturidade dos pulmões...–ela descreveu todo o tratamento que sua filha estava recebendo até que Joalin entendesse bem,e então fez novamente uma pergunta necessária e que Joalin havia, até ali,se recusado a responder. 

Há alguém que nós possamos chamar para você?– Joalin sacudiu a cabeça. 

Eu vou telefonar para os meus pais em breve. 

Você não deveria estar sozinha. –Nour disse, gentilmente– Você não tem uma amiga...? – Joalin sacudiu a cabeça novamente,negando.

Ela queria alguma privacidade, não queria compartilhar aquele momento com os pais,que não a haviam ajudado,e que,com exceção de um telefonema ríspido e um único cheque,não haviam feito absolutamente nada. E ela também não queria amigos com os quais não pudera contar,ou um pai que não queria saber da filha; ela iria enfrentar e lidar com tudo aquilo,mas agora o que ela queria era processar tudo o que havia acontecido,sozinha... 

Oi! – a porta se abriu,e o rosto de Noah apareceu. Ele era,talvez,a única pessoa que ela não se importava em ver naquele momento; afinal de contas,ele tinha estado lá! 

Obrigada!– um simples agradecimento parecia muito pouco,mas ela era sincera e a palavra viera do fundo de seu coração. 

De nada.

Como ela está?

Não tenho certeza...–Noah disse –eles a transferiram da emergência há mais ou menos meia hora...

Oh! – claro que ele não poderia saber,Joalin disse a si mesma. Como se ele seguisse seus pacientes até uma ala específica do hospital! Quando ele entregara o bebê aos médicos,seu trabalho estava feito. 

Como você está? – Noah perguntou. 

Nada mal... – ela não deu detalhes,não queria entediá-lo com todos os exames que estava fazendo. Ele só estava perguntando por educação. 

𝐔𝐌 𝐏𝐄𝐐𝐔𝐄𝐍𝐎 𝐌𝐈𝐋𝐀𝐆𝐑𝐄 ☕︎︎ 𝑛𝑜𝑎𝑙𝑖𝑛Onde histórias criam vida. Descubra agora