18 | Lar

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"Porque eles dizem que lar é onde seu coração está inalterável

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"Porque eles dizem que lar é onde seu coração está inalterável. É onde você vai quando está sozinho. É onde você vai para descansar seus ossos. Não é apenas onde você deita sua cabeça . Não é apenas onde você arruma sua cama"

Home - Gabrielle Aplin

(...)

Havia sido uma noite longa. Sophia havia ficado no hospital junto com Sarah até ter certeza absoluta de que o primo estava fora de perigo. Nesse meio tempo, o conselho tutelar havia aparecido, só que para a completa surpresa de Sophia, Ward também.

E o homem se ofereceu para ser o responsável legal de John B até que o tio do rapaz voltasse. Apesar de ser óbvio que Sarah teve grande influência na decisão do pai, algo dentro de Sophia duvidava das reais intenções de Ward Cameron ao fazer essa "boa ação".

No entanto, ela achou melhor ignorar aquilo por hora. Sophia decidiu focar em um problema de cada vez, e no momento só podia ficar feliz por John B estar vivo e não ter sido levado para um lar temporário. Além do mais, seu atual problema era sua própria casa.

Estava a alguns minutos parada na frente da porta de sua casa tentando criar coragem para entrar. Sabia que no exato momento em que abrisse a porta teria uma discussão com a família e naquele momento era tudo que ela menos queria.

Era irônico para ela pensar que sua casa nunca foi o seu lar. Nunca foi o lugar onde ela se sentia segura ou para onde queria voltar depois de um dia longo. Nunca foi o lugar a onde seu coração pertenceu.

Sophia respirou fundo abrindo a porta da casa, ela caminhou a passos calmos em direção a grande escada. Um calafrio percorreu seu corpo ao ouvir o barulho dos saltos da mãe se aproximarem de suas costas.

-Sophia Howard Routledge. - A voz de sua mãe era tão fria que a garota nem ao menos ousou se virar de frente para a mulher. - No escritório do seu avô, agora.

Ela respirou fundo antes de se virar e seguir a mãe. Assim que entrou no cômodo a porta foi fechada pela mais velha, que logo foi para o lado de Heitor - que estava sentado atrás da grande mesa de madeira. Sophia parou em pé em frente aos dois, suas mãos suando frio.

-Vai me explicar que porra de ceninha foi aquela? - O homem falou em um tom frio, se encostando na cadeira e passando a mão pela barba rala. - E eu espero que tenha ao a dizer. Porque na hora de defender aquele merdinha delinquente de Pogue você tinha muito a dizer e na hora de fugir com aquele inútil do seu primo. E agora? O que tem a me dizer, Sophia?

A garota podia ter tentado convencer a si mesma que não valia a pena discutir, que apenas escutaria o que o avô tinha a dizer. Só que naquela noite seus nervos estavam à flor da pele, seus sentimentos estavam uma bagunça, e para seu azar, ela tendia a falar sem pensar quando estava estressada.

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