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"Não dá para entender Outer Banks sem comparar o balneário

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"Não dá para entender Outer Banks sem comparar o balneário. É como um burrito de três camadas, tem a gente e nossos amigos, vagabundos da classe trabalhadora da nossa área. E aí tem os Kooks, os ricos da casa de praia, são metidos de escola particular com heranças gordas, nossos inimigos naturais. E tem os Turons, muito sem noção que vem passar uma semana de férias com a família, isca de tubarão"

(...)

Sophia bufou sentando ao lado do primo depois de sua milésima tentativa falha de conseguir algum sinal de telefone para falar com Sarah - queria saber como a amiga estava e se havia conseguido salvar os ratos. Ela desligou o celular ouvindo um "eu avisei" vindo de John B seguido por uma risada de JJ, a loira revirou os olhos mostrando o dedo do meio para os dois que soltaram gargalhadas gostosas que fizeram a garota rir.

-O que aconteceu?- ela perguntou observando a movimentação estranha de policiais e bombeiros próximo a um barco que acabava de atracar.

Depois da manhã agitada, os cinco estavam sentados em frente a uma loja qualquer na doca principal da ilha conversando com alguns conhecidos - e para quem sabe conseguir descobrir algo de útil sobre o tal barco afundado.

-Acho que encontraram um corpo no mar.- respondeu Kiara, sem tirar os olhos da cena. E ela estava certa, logo a maca trazendo o cadáver entrou no campo de visão do grupo.

-Quem é?- John B perguntou para a garota ao seu lado.

-Scooter Grubbs, estava no mar durante a tempestade. Olha só a foto que eu tirei do cadáver dele.- ela falou animada mostrando a foto em seu celular para os cinco.

-Céus.- murmurou Sophia, apoiando a testa no ombro do primo sentindo enjoo ao ver a foto do homem morto. Agora teria que assistir muitos desenhos animados para esquecer aquela imagem.

-Que horror.- Kiara comentou fazendo uma careta.

-Qual era o barco dele?- JJ perguntou.

-Eu não sei como aquele zé ninguém tinha conseguido um Grandy White novinho, tá todo mundo procurando o barco.- Sophia levantou a cabeça no mesmo instante trocando olhares com seus amigos, aquilo não podia ser bom. Estava muito longe de ser bom.

(...)

O único som que quebrava o silêncio instalado na varanda do Castelo era o barulho que JJ fazia ao abrir e fechar a tampa do seu isqueiro enquanto girava o objeto metálico na mão e aquilo teria incomodado Sophia, que estava sentada ao lado do loiro pintando as unhas da mão, mas isso se seus pensamentos não estivessem longe dali.

Como sempre, a imaginação da garota corria solta pensando nas inúmeras situações em que aquela pequena aventura do grupo os colocaria, ela já havia praticamente criado um filme em sua cabeça - com um roteiro muito bom em sua opinião - no entanto torcia para que, assim como todas as vezes, ele nunca acontecesse de fato.

Ocean Eyes ☀️ OBXOnde histórias criam vida. Descubra agora