Capítulo 40 - Voldemort

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"Seems I'll never wake from this nightmare

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"Seems I'll never wake from this nightmare."

Walk Away — Christina Aguilera.


Já havia se passado vinte e dois dias desde a morte de Dumbledore. Vinte e dois dias desde o desaparecimento de Elizabeth. A Ordem da Fênix continuava a procurar por ela, embora a família tivesse alegado que não iria mais participar das buscas, pois era tudo doloroso demais. Algumas pessoas próximas à família tentaram os consolar e os visitaram algumas vezes, mas Cassiopeia barrou essas visitas em determinado momento. Não queria ver ninguém, a não ser que tivesse informações sobre Elizabeth.

O medo e a preocupação atormentavam os Jones de tal forma que eles começaram a ter dúvidas. Será que Elizabeth estava mesmo na Mansão Malfoy? E se Voldemort estivesse a mantendo presa em outro lugar? E se Dumbledore estivesse errado? E se Voldemort não se importasse em fazer mal a Elizabeth? E se Snape fosse realmente um traidor?

Era Edward que tentava manter os parentes longes desses pensamentos. Dumbledore não se deixaria enganar por Snape por tantos anos, ele alegava. Sua irmã mantinha um relacionamento com o espião há tempo o suficiente para que soubesse quem ele era de verdade. Além disso, Edward reconhecia o olhar que vira Snape oferecer a Elizabeth mais de uma vez. O rosto austero do ex-professor se suavizava e sua expressão corporal relaxava. Era algo muito similar ao jeito que seu pai agia quando estava com a sua mãe. Era muito parecido com a maneira com que ele costumava se sentir quando estava com Emma.

Em uma manhã de quarta-feira, o Sol do verão atingia os campos do quintal dos Jones, deixando o verde mais verde, e as árvores se moviam pouco, devido ao vento escasso, e formavam sombras tentadoras. Robert até mesmo evitou ficar no laboratório por muito tempo, pois o dia estava muito quente e ficar trancafiado num cômodo abafado não era uma ideia prudente. Edward vestira uma roupa leve e as mulheres estavam trajando vestidos folgados. Hector parecia um pouco incomodado com a temperatura mais elevada e seu pai achou melhor deixá-lo apenas de fralda.

Em um determinado horário — talvez entre as 10h e 11h —, Robert e Cassiopeia estavam na cozinha. Ele lavava a louça do café da manhã enquanto ela secava e guardava os utensílios. A casa estava imersa em silêncio, como se tornara habitual. Edward lia algum livro na sala, Hector dormia no cercadinho e Valentina, de praxe, estava na varanda. O casal trabalhava em total quietude, até Cassiopeia se pronunciar.

— Eu vi que você conversou com a sua mãe uns dias atrás. Estou preocupada com ela.

— Sim, conversei com ela. — Ele ligou a torneira para tirar o sabão dos copos. — Ela se sente culpada.

— Mas não é culpa dela! — exclamou. — Ela não tem poder sobre esse tipo de coisa.

— Eu disse isso e ela falou que sabia, mas que não podia evitar se sentir assim.

Por Trás dos Olhos Negros | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora