O barulho da campainha pela casa me acordou. Era possível escutar o som irritante por todo o ambiente na parte de baixo da casa.
E para completar, as cachorras não parava de latir e isso acabou fazendo com que Julius começasse a latir também.
-Parem de fazer escândalo. Vocês não estão em casa para fazer isso. -Comento e elas pulam na minha cama e deitam, me olhando de forma fofa.
Eu tinha vindo para a casa da Lauren, para poder tentar espairecer e tentar arrumar uma casa pequena, mas confortável, na qual eu pudesse ter cachorros. Mas no momento não tinha encontrado nada e estava começando a me sentir uma inútil.
-S/N, a comida chegou. -Escuto Lauren falar no andar inferior e abro a porta e as cachorras saem correndo e Julius late e começa a correr junto delas. Desço as escadas e vejo minha amiga preparando os pratos para poder colocar na mesa e me sento em uma das cadeiras ali e fico observando ela. -Dá para parar de me olhar? Vou começar a pensar que tu ta gostando de mim!
-Eu que não vou ser besta de cair em um novo relacionamento, ainda mais com uma amiga. -Digo de forma brincalhona e ela ri junto de mim.
-Nossa, vai ser grossa assim na casa do caralho. -Ela me entrega meu prato e se senta de frente para mim.
-Até que faríamos um belo casal. -Comento e começo a comer. Ela me olha e eu retribuo o olhar. Não tinha como levar a sério, então caímos na gargalhada.
-Você sabe que eu gosto de outra pessoa, além do mais, não quero acabar que nem a Ju... que nem ela, e nossa amizade ir pro ralo. -Escuto sua voz e tiro meus olhos do prato a minha frente.
-Não vamos correr o risco de acabar com essa bela amizade que temos. E tá bem longe de eu gostar de você. No mínimo eu te tolero para ser mais exata. Então, não tem nem perigo disso acontecer. -Comento e mexo na comida em meu prato com o garfo. De repente eu havia perdido o apetite, mesmo que estivesse com fome antes.
-Você não fica bem sempre que tocamos no assunto com a letra "J". -Lauren comenta e eu me viro em direção a sala para observar os cachorros bricarem pelo tapete.-Já faz duas semanas que tudo aconteceu, a culpa não é sua.
-Sabemos que de certa forma a culpa é minha sim. Fui eu quem continuei com esse relacionamento mesmo sabendo que a pessoa que eu gosto não era a Julie. Eu fui a responsável por magoar ela e a mim também. -Comento e me levanto, andando de um lado para o outro. Aquela maldita sensação de aperto no peito, angústia e nó na garganta estvam começando a cair sobre mim.
Esfrego minha mão direita no espaço vago entre minha garganta e peito, o calor já estava subindo, minhas mãos começavam a suar frio. Prendo o cabelo em um coque mal feito e vou até a parte detrás da casa, o que era para ser um quintal, mas estava completamente arruinado devido a reforma que estava tendo ali.
Minhas mãos tremiam, meu coração estava em um rítmo frenético, parecendo que iria sair do peito a qualquer instante. O ar começava a não chegar em meus pulmões, por mais que eu respirasse fundo.
-S/N, você tá bem? -Lauren aparece na porta e me oberseva de longe, como se não soubesse o que fazer. -Você está tendo uma crise?
-Eu não sei o que fazer da minha vida. Não sei como vou conseguir continuar vivendo assim. Essas malditas crises acabam com minha saúde mental toda vez que eu penso que estou bem. -Digo, tentando puxar mais ar para meus pulmões, enquanto Lauren se aproximava de mim com passos lentos. Ela ainda tentava achar alguma maneira de me ajudar, porém não conseguia pensar em nenhuma, e isso estava assustando ela. -Eu vou ficar bem.
Como em um piscar de olhos, ele me puxa e me abraça forte, ainda me permitindo respirar.
Seu abraço fazia com que meu rosto ficasse na curva de seu pescoço, suas mãos apertavam minha cintura enquanto me puxava para perto.
-Isso é estranho, mas uma vez eu vi em algum lugar que em crises, as pessoas precisam saber que podem contar com alguém, então... Você pode contar comigo para qualquer coisa. Pode me contar qualquer coisa. -Passo minhas mãos por suas costas e aperto o máximo que consigo, por mais que eu estivesse sem forças para poder fazer algo do tipo.
Ela não sabia, mas só o fato de ter dito aquelas palavras, já tinha me ajudado muito.
Lauren se tornou uma espécie de irmã para mim nesses anos que já estou na cidade. Ela me conhecia de uma forma diferente, quase como se ela fosse uma gêmea minha. O que soa estranho, já que ela é mais baixa, tem os cabelos tão negros quanto a noite que faz contraste com os olhos verdes.
-Você não sabia disso, mas uma das poucas coisas que me ajuda são abraços, mas eu não sei como isso ajuda. -Comento com a voz baixa e abafada. -Já pode me soltar agora.
-Seu corção ainda está acelerado, então eu não vou te soltar enquanto não estiver melhor. -Escuto sua voz e continuo abraçada a seu corpo, respirando fundo, como dava na verdade, para tentar acalmar meu coração e ver se eu poderia voltar para dentro sem assustar a mulher que estava me dando abrigo e comiga nesses dias.
As vezes a gente precisava de simples atos como esse para perceber o quanto as pessoas que realmente estão ao nosso lado são as que a gente mal percebe. Na verdade eu percebia muito como a Lauren era uma grande amiga.
E ela já passou por tanto nessa vida, que o fato de ela me ajudar só prova como ela tinha um grande coração ainda, por mais que pagasse de Bad Girl nos lugares e adorasse andar de moto e usar jaquetas de couro.
-Será que podemos entrar? Está começando a fazer frio e eu estou sem blusa. -Digo e ela me solta com certa relutância, como se para apenas verificar se eu estava bem e não fosse cair ou quebrar ao meio. Sorrio de forma simples para ela, sem mostrar os dentes e então enfio minhas mãos no bolso do short que usava e olho para a porta que havia saído.
Minha visão foi invadida por uma fofura inigualável ao ver nossos cachorros sentados esperando que a gente entrasse.
Caminho em direção da porta e Laila entra correndo e pula no sofá, como que me chamasse para poder sentar ao lado dela. Maggie ficou pulando enquanto eu entrava, pedindo atenção e carinho, que eu daria sem nem pensar duas vezes.
Julius, o cachorro da Lauren, ficou andando em volta dela, como um gato que fica atrás de seu dono, sem querer chamar sua atenção, mas mesmo assim necessitando de carinho.
Me sento no sofá e depois de fazer carinho em minhas cachorras, as mesmas perdem o foco em mim e voltam a brincar com Julius pelo tapete e Lauren traz meu prato para que eu volte a comer, mas a fome não havia voltado, como a sensação de sufoco ainda não havia passado totalmente.
Ainda levaria algum tempo para que sumisse por completo.
E como levaria tempo para poder sumir!
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OLHA ELAAAAAAAAAA.
Desculpem a minha demora para poder fazer esse capítulo para vocês.
As coisas na minha cidade não andam bem e eu estou correndo para poder fazer as coisas do serviço e as aulas ainda vão voltar e eu não fiz os trabalhos que tinha de fazer.
E para completar, meu notebook que usava para escrever, pifou a entrada da internet, e eu tive de recorrer a ajuda de outras pessoas. E graças que meu novo notebook chegou hoje, dai vou ver se consigo escrever mais para vocês.
Não prometo nada, mas aqui está um capítulo pequeno para vocês, então espero que gostem da amizade de Lauren e S/N.
É isso, votem e comentem bastante.
Beijos bb's do meu coração.
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Amor por acidente. (Book two)
FanfictionAlguns anos se passaram, as vidas de nossos personagens mudaram. Uma conseguiu se formar e se mudou de cidade para poder começar a sua carreira de uma forma completamente eletrizante. Cidade nova, hospital novo, amigos novos, apartamento novo, até m...