Passos Perfeitos (Girls from Staten Island - livro 4)

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One look sends it coursing through the veins

Oh how the feelings races

Back up to their brains

To form expressions on their stupid faces

They don't want to say hello

Like I want to say hello

(Um olhar transmite isso pelas veias

Oh como esse sentimento corre

De volta a seus cérebros

Para formar expressões em suas caras estúpidas

Ela não quer dizer oi, mas eu não posso querer dizer olá)

(Arctic Monkeys – You probably couldn't see for the lights but you were looking straight at me)

Arrumar emprego é uma das coisas mais difíceis do mundo!

Na boa ... Aonde foram parar todas as vagas de garçonetes? Eu andei por Penn Quarter inteiro e nada! Já faz 10 dias que fui rejeitada no teste e recebo mensagens diárias dos meus pais questionando se consegui trabalho ou se eles já podem reservar a passagem de volta para Staten Island.

Fui à 3 cafeterias diferentes e ouvi: 'Não estamos contratando'.

As lanchonetes e restaurantes davam a mesma resposta. Nas lojas de roupas, as próprias vendedoras me mediam de cima a baixo com desprezo, uma chegou a ser grosseira comigo. Eu até me candidatei a uma vaga de mecânica, mas fui expulsa da borracharia quando aleguei que não tinha experiência, em minha defesa eu disse que estava disposta a aprender, de qualquer forma não funcionou.

Sei que meu currículo não é lá dos melhores, mas pelo amor de Deus, eu saberia servir pelo menos um café e anotar pedidos! Cheguei a considerar em ir a escolas de danças próximas, mas sem um diploma de uma escola renomada ninguém iria me contratar. Ainda mais pela minha idade, na dança uma garota de 19 anos teria pouco a oferecer.

Falando em dança, eu não praticava nenhuma canção desde o dia do teste, treinava passos específicos e saltos para que meu corpo não desacostumasse com os movimentos, mas apenas isso.

Eu tinha que me focar na questão do emprego primeiro, depois analisaria meus defeitos na dança e os ajeitaria porque eu tinha fé de que em julho estaria na Kirov. Ainda mais agora que Barb chegava todas as noites contando como eram as aulas, os professores e como tudo era maravilhoso. Meu sonho não tinha morrido, estava apenas adiado temporariamente. Mas confesso que era frustrante ouvir os relatos de análise técnicas do balé que minha amiga tinha em comparação à minha trágica caça ao emprego na capital do país. Eu fui aos bairros arredores também, e nada.

Parecia que o mundo decidiu que Nanda McPhee não deveria trabalhar.

Na terça-feira, fui para Bloomingdale. Soube que havia uma rua cheia de cafeterias pequenas, onde fui rejeitada mais uma dúzia de vezes. Quando saí de um dos locais me deu até vontade de chorar, mas me segurei.

O clima era tão frio quanto a minha sorte com trabalho. Washington estava toda branca pela neve e eu parecia um esquimó com tantas blusas que usava para passar os dias buscando uma vaga.

Estava caminhando por uma das ruas do bairro quando uma chuva cortante começou, e eu entrei na primeira porta de estabelecimento que vi. Agradecendo internamente pelo calor do aquecedor entrar em contato com a minha pele, acho que cheguei até a sorrir sozinha.