Her eyes invite to approach

And it seems as though those lumps in your throat

That you just swallowed, have got you going

Come on, come on, come on

Come on, come on, come on

(Seus olhos te convidam a se aproximar

E parece que aqueles embolos na sua garganta

Que você acabou de engolir te fizeram continuar

Vamos lá, vamos lá, vamos lá

Vamos lá, vamos lá, vamos lá)

(Arctic Monkeys – No. 1 party anthem)

Todos estavam ao redor da sepultura onde o caixão da Sra Colleman era abaixado. Depois da cena mais cedo, os pais de Carter o levaram para ficar ao lado deles, assim como Aimee e o tal Ethan. Minha mãe fez o mesmo, e segurava minha mão enquanto víamos tudo em silêncio.

Minutos depois as pessoas começaram a se dispersar, os que iriam para suas casas falavam com os Collemans – apenas Berry e Edgard, Lennon não apareceu – outros iriam passar na casa de Berry para as refeições, assim como eu.

- Como assim você está namorando, filha? – minha mãe fez uma careta zangada.

- Me desculpe não ter falado, não era assim que eu queria que vocês conhecessem o Carter. – meus ombros baixaram.

- O pai dele o chamou de Anthony. – meu irmão coçou o queixo sem entender. – Qual o nome dele, afinal?

- Anthony Carter. – expliquei. – Eu estou com ele desde março.

- Março! – meu pai exclamou um pouco alto demais. – São dois meses Nanda.

Para mim não era assim tanto tempo, mas não era o melhor momento para debater com o que meus pais diziam.

- Eu sei, me desculpem. – suspirei. – Ele é um cara legal, muito decente. É irmão da Aimee. – falei tentando passar uma ideia de que Carter era confiável. – Eu ia apresentar ele para vocês no 4 de julho, mas...

- Leva ele lá em casa hoje, para o jantar, – papai ordenou esticando o pescoço para olhar para Carter, – 20h.

- Tudo bem, – concordei.

- Dinheiro ele tem. – Lincoln comentou erguendo os olhos.

- O que é isso, Lincoln? – minha mãe deu um tapa nele com força. – Você acha que sua irmã é o que? Uma sanguessuga? Comentário mais sem graça.

- Obrigada, mãe. – agradeci a ela enquanto meu irmão esfregava o lugar do tapa.

- Não me agradeça ainda. – ergueu um dedo na minha direção. – Você deveria ter me contado, mas aqui não é lugar para isso. – olhou ao redor. – Agora vou falar com os Collemans. Nos vemos em casa.

- Mãe. – segurei a mão dela. – Estamos bem?

Depois de ver uma família destruída pela morte, eu entendia a importância de valorizar os laços que tínhamos. E não iria deixar nada atrapalhar isso. Eu não menti sobre meu namoro, mas mesmo assim deveria ter contado antes para eles.

- Vem cá. – ela me abraçou com força e senti seu cheiro de lar. – Estava morta de saudades. Ai droga, escolha errada de palavras. – por alguma razão aquilo me fez rir.

Passos Perfeitos (Girls from Staten Island - livro 4)Onde histórias criam vida. Descubra agora