And there's the truth that they can't see

They'd probably like to throw a punch at me

And if you could only see them, the you would agree

Agree that there ain't no romance around there

(E tem a verdade que eles não conseguem ver

Eles provavelmente gostariam de me dar um soco

E se você pudesse vê-los, você concordaria

Concordaria que não existe mais romance por ali)

(Arctic Monkeys – A certain romance)

Nos dias que se seguiram após o velório da Sra Colleman as situações dos meus amigos eram estáveis. Primeiramente, Barb quase enfartou quando eu contei quem Carter era e disse que fazia todo o sentido do mundo.

Berry passaria as férias com o pai, Lolla estava com ela e May ocasionalmente passava na casa dela, mas estava muito ocupada com o emprego que tinha arrumado e a mudança para um apartamento novo no East Harlem, ela tinha concluído a faculdade de fotografia e ainda não tinha emprego na área. Então arrumou um de garçonete para se manter em NY.

Kassie tinha planejado uma viagem para Vermont com o namorado, mas queria cancelar para ficar com Berry, porém ela não deixou. Disse que não ia deixar Kassie se privar disso de novo.

Stephan e May passavam os dias na Califórnia junto com Ethan e Aimee. E Thomas até tentou, mas não consegui cancelar seus compromissos da realeza na Noruega e teve que ir para o outro lado do oceano. Berry disse que ele quase chegou a chorar com ela, não querendo ir, mas ela entendia o trabalho dele e estava bem com isso. Eles eram mesmo um par compatível.

Mas quem não andava sendo um par compatível era Carter e eu.

Na primeira semana depois da viagem eu cancelei nossos treinos. Simplesmente não estava com cabeça. Mas nas outras eu queria retomar nossas aulas, nossa rotina, e ele sempre dava uma desculpa.

Dor, cansaço, ocupado com a contabilidade da academia, ia criar novas aulas de natação e assim por diante. Não apenas isso, a gente não saía e os assuntos com ele simplesmente morriam. Decidi não me concentrar nisso e me focar na coreografia do teste. Qualquer problema que aparentemente ele tinha, seria solucionado quando ele me visse dançando.

"Amanhã: treino de tango sem falta."

Enviei para ele, antes de dormir.

A. CARTER: "Pode ser de noite? Vou ter consulta de manhã".

"Pode sim, vou dormir, beijos amo vc"

A. CARTER: "Bjs"

***

No fim do dia, já tinha me trocado e desligava as coisas do balcão para subir para o treino quando vi Marcus entrando no hall.

- E aí? Já nasceram? – perguntei empolgada.

- Não. – riu. – Temos uns dois meses pela frente ainda. Betty não aguenta mais, ela fala que se sente como um balão inflável de criança que os palhaços enchem aos poucos .

- Logo eles estão aí, e essa imensidão toda dela vai sumir rapidinho. – dei a volta pegando minha bolsa. – Preciso ir.

- Que pena que não deu para vocês jantarem com a gente semana passada, a Betty gosta muito de você. Vamos remarcar.

Passos Perfeitos (Girls from Staten Island - livro 4)Onde histórias criam vida. Descubra agora