The kiosk • Beauany

Capítulo 39

POV Any

— Hoje é dia de competição, eu quero ouvir, E-LI-TE GROUP. – Isa balançou as mãos como se estivesse segurando pompons.

— Isabelli pelo amor de Deus! Pare de gritar, não quero ouvir reclamações na reunião de condomínio. – mamãe pediu.

— Eu não tenho culpa se esses vizinhos não tem motivação pra viver ou vontade de fazer alguma coisa. – deu de ombros. — Eles que se virem, hoje eu vou surtar assistindo essa prova. Eu não entendo quase nada, mas o que vale é a intenção.

— Eu espero que aqueles três mandem muito bem, pois eu estou deixando de ir ao quiosque para assistir a prova. – papai ligou a TV.

— E você está achando ruim por ficar em casa? Claro que não.
– minha mãe o olhou.

— Um dia de folga não mata ninguém, não é? – a deu um beijo.

— Voltaram as boas? – sorri para eles.

— Claro, sua mãe não resiste ao meu charme. – se achou.
— Brincadeira, nós dois conversamos e nos acertamos.

Minha mãe assentiu.

— Seu pai me contou sobre André ter vindo falar com vocês na sexta-feira e eu quase morri de raiva por saber que ele havia feito Isa chorar. Então chegamos a decisão de que não teremos mais jantar ou encontro com os Dávilla e se quisermos marcar algo será somente seu pai, eu, Aurora e Celso. – afirmou.

— Glória a Deus, nossa eu não aguentava mais aquele monstro do lago Ness em todos os encontros.
– Isa soltou, aliviada.

— Fico feliz por você finalmente nos entender.

— Eu entendo, mas não pense a senhora que eu sinto que você me contou tudo o que ele lhe fez, pois eu não sinto. Depois sentaremos para conversar. – me olhou, séria.
— Mas no momento, é isso. Estão livres dos jantares.

— Minhas orações chegaram ao céu. – Isa levantou as mãos para cima.

— A nossa corrente foi poderosa, estamos de parabéns. – papai bateu em nossas mãos. — Somos um trio brilhante.

— Me deixarão de fora mesmo?
– mamãe cruzou os braços.

— Se você voltar a bajular André e nos fazer participar de jantares com ele, sim. – Isa afirmou.

— Eu não o bajulei, somente não consegui ver essa maldade toda. Eu o vi crescer junto com vocês, é difícil aceitar que ele tenha mudado tanto.

— Mas mudou, todos nós mudamos. Alguns para melhor outros nem tanto e esse foi o caso de André. – Isa deu de ombros e se levantou.

— Ela está certa. – papai olhou para minha mãe. — Acontece nas melhores famílias. Sempre temos uma fruta podre na cesta.
– suspirou fingindo estar chateado.

— Miguel! – o deu um tapa no ombro.

— Mas ele é mesmo uma maçã podre. Precisamos tirar ele da cesta logo antes que contamine ou faça mal ao restante.

— Pode o chutar para longe, o mais rápido possível. – pedi.

— Monstra suprema, vem aqui.
– Isa gritou da sacada.

— "Monstra suprema"? – papai franziu a testa.

— Esse é o apelido super carinhoso que sua filha me deu. – revirei os olhos e me levantei, indo até ela.
— Fala.

— O seu namoradinho já chegou.
– olhando a praia por um binóculo.

— Isabelli, onde você achou isso?
– apontei.