POV Any
Quando o sol invadiu o quarto obrigando-me a abrir os olhos, me senti desesperada por pensar que talvez já fosse quase meio-dia e meu pai estaria prestes a encher-me de mensagens perguntando por mim.
Porém, ao tatear o criado-mudo e encontrar o celular, tive a certeza que não era necessário todo esse desespero pois era cedo, bem cedo.
Observei o braço transpassado em minha cintura e sorri sendo atingida pelas lembranças da noite anterior.
Fora mágico em todos os sentidos do mundo e o vendo dormir em um quase coma, tive a certeza de que queria vê-lo assim mais vezes.
Me virei para ele observando seus olhos se abrirem devagar e assim que encontrou-me sorriu.
— Bom dia.
— Bom dia. – se sentou. — Que horas são?
— Sete e meia.
— Perdão por não lhe receber com um banquete na cama ou algo do tipo.
— Não se preocupe com isso, podemos tomar café juntos na mesa e eu até prefiro, pois se continuarmos na cama, não sei se conseguiria ir embora.
Ele abraçou-me e beijou meu pescoço.
— Você pode ficar o tempo que quiser.
— Eu sei, mas eu vivo um fenômeno chamado: "moro com meus pais e preciso estar em casa antes do meio-dia". – ele riu. — Mas ainda podemos tomar café juntos.
— Sem correr risco de levar uma voadora do Miguel?
— Zero risco disso acontecer. O meu pai lhe adora e ele falará isso a você algum dia.
— Espero que não seja em cima do meu caixão. – franziu a testa.
— Não será. – sorri para ele que se levantou e vestiu-se sem pressa.
— Você não vem?
— Eu preciso de uma roupa que não seja aquele vestido vermelho.
– apontei a peça sobre o chão.
— Não será interessante chegar em casa usando ele.— Tem razão. – foi até o closet e voltou com uma camisa em mãos.
— Minha camisa do Rolling Stone que eu tenho certeza que não verei de novo. – a jogou em minha direção.— Que bom que sabe disso.
– pisquei. — Obrigada. – sorri.— Fique à vontade, espero você na mesa. – beijou meus cabelos antes de deixar o quarto.
Sorri sozinha e resolvi me trocar. Removi a quase imperceptível maquiagem que ainda estava em meu rosto e mesmo que estivesse de cara lavada, blusão e um coque nos cabelos, eu me sentia bem e feliz, muito feliz.
Entrei na cozinha e observei a mesa recheada por coisas que fizeram meu estômago roncar brevemente.
— Eu não sei você, mas eu estou morrendo de dor de cabeça. – me sentei em uma cadeira.
— Eu também. – sorriu de canto.
— Bebemos uma garrafa inteira de champanhe, não podíamos esperar outra coisa como consequência.— Tem razão, mas creio que um café forte resolva tudo.
Ele fez careta.
— Odeio café. Bebo somente para me manter acordado e acho que a partir de agora nem isso poderei fazer. – suspirou.
— Por quê?
— Problemas com sono regulado. Sem noites de sonos diretas, sem café e coisas que me mantenham acordado.
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The kiosk • Beauany
أدب الهواةAny Gabrielly, uma jovem de 18 anos no seu último ano do ensino médio, dona de um sorriso encantador e um corpo de dar inveja se vê obrigada a ajudar seu pai no quiosque na praia após ficar de recuperação em química. Josh Beauchamp, 20 anos no seu p...