Capítulo 34

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POV Any

Acordei cedo e Isabelli estava radiante por papai ter a deixado ir ao cinema com Guilherme mas com a condição que fosse no período da tarde.

— Eu não sei qual a diferença entre sair de tarde ou de noite. Independente do período, é possível fazer muitas coisas.

— E o que a senhora planeja fazer dona Isabelli? – cruzei os braços.

— Assistir ao filme ué, é para isso que estou indo ao cinema.

— Sei. – desconfiada. — Vai assistir mesmo ao filme ou ele que irá assistir vocês?

— Queridinha, eu não sou você e o Joshua. – jogou os cabelos. — Irei para assistir mesmo, o ingresso está muito cara para pagá-lo e não assistir o filme.

— Faz sentindo. – concordei.

— Assistirei até os créditos.

— Está certa. – sorri para ela. — E enquanto você vai se encontrar com o seu amorzinho, eu irei trabalhar. – suspirei.

— Você já teve o seu dia de glória ontem Gabrielly, e que glória não é minha filha!? – enfatizou. — E pensando bem, você voltou até que cedo.

— Isabelli, o restaurante tem horário para fechar, precisávamos ir embora.

— O restaurante sim, mas a casa do Josh, não. Vocês poderiam ter continuado a noite por lá.

Se ela soubesse como eu quis de fato aquilo...

— Isso se você se sentir preparada, é claro.

— Preparada para o quê?

— Ué, para esse passo na sua vida.

Cocei a nuca pensando se contar tal coisa para ela seria uma boa ideia.

— Na verdade... – dei uma pausa.
— Esse passo já foi dado.

Ela arregalou os olhos.

— Quando e onde? Gabrielly não me diga que vocês ficaram juntos naquele dia que ele dormiu aqui com a Juju. – sem acreditar. — Meu Deus eu poderia ter acordado e corrido o risco de ficar traumatizada para o resto da minha vida. – falou baixo, parecendo estar assustada com a possibilidade.

— Não Isabelli, não foi com Joshua.

— Não? – neguei. — Então com quem foi?

Sorri forçado e ela me olhou como se já soubesse que precisaria me dar uma bronca.

— Com o André.

— Ah não Gabrielly, eu não acredito! Que você não era mais virgem eu já desconfiava, mas o André... Porra eu broxei por você.

— Não me critique, eu gostava dele na época e ele era legal.

— Crítico sim e se eu pudesse, lhe daria um tiro. É por isso que ele fica na tua cola. – ligando os pontos.
— Ele pensa que porque vocês dormiram juntos irão ficar juntos pelo resto da vida.

— Bingo! – concordei em um suspiro.

— Que trouxa, ele só lhe ensinou o caminho da felicidade mas isso não significa que a felicidade esteja nele.

— Uau, que frase linda! Clarice Lispector está orgulhosa.
– brinquei. — Mas ver você falando assim me fez pensar que talvez tenha sido um erro.

— Parou hein! Nada disso. Foi uma escolha sua, você quis, espero que ele tenha lhe respeitado, você foi feliz no momento e é isso que importa. Tudo bem que agora ele virou um avestruz insuportável, mas você não tinha como prever isso. – olhou-me sincera. — Então não se martirize por isso. – pediu.

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