Capítulo 3

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POV Hermione Granger

Eles me levaram até Hogwarts e entramos no meu dormitório e de Malfoy.
Pansy: - Você quer conversar?
Olhei para Malfoy e Zabini, que estavam sentados ao nosso lado.
Hermione: - Vocês prometem que não contam pra ninguém, por favor?
Draco e Zabini: - Prometo. - falaram ao mesmo tempo.
Pansy: - Não se preocupe, Mione. Se eles abrirem o bico, eu prometo que dou uma surra neles.
Eu ri.
Eu não sei o que deu na minha cabeça, mas eu estava começando a confiar neles.
Afinal, por que eu não confiaria?
Eles me trataram muito melhor do que Ronald me tratou em meses..
Hermione: - Bem, Rony estava muito estranho nesses últimos tempos. Ele sempre brigava comigo e ia embora. Eu nunca entendi o motivo. Eu só queria que ele conversasse comigo, que confiasse em mim para isso. - lágrimas escorreram pelos meus olhos. - Eu estava aguentando... até essa semana.
Draco: - O que o filho da puta fez?
Hermione: - Ele descobriu que eu me tornei amiga da Pansy. Começou a falar que eu não me importava mais com ele, que eu estava confiando nas pessoas erradas. Hoje, no bar, ele disse que eu era burra e idiota por confiar em sonserinos, e que, sendo namorada dele, meu dever era lhe dar atenção e deixá-lo feliz e satisfeito.
Pansy: - Que idiota.
Hermione: - Comecei a gritar com ele falando que eu merecia mais respeito do que isso e mandei ele se foder.
Blásio: - Olha, parece que você não é tão idiota quanto eu pensava.
Hermione: - Vocês não sabem o que ele falou.
Pansy: - O que?
Hermione: - "Abaixe o tom, Hermione. Sou seu namorado e exijo respeito." QUEM ELE PENSA QUE É PARA FALAR COMIGO COMO SE FOSSE MEU PAI?! - falei, furiosa e magoada.
Draco: - Porra. Eu vou acabar com o Weasley.
Hermione: - Continuei brigando com ele, falando coisas que eu deveria ter falado há meses, então ele terminou comigo e me deixou lá.
Draco: - Filho da puta!
Blásio: - Se acalma, Draco. Não faz merda.
Draco: - Que tipo de homem deixa uma garota sozinha no meio da madrugada, do lado de fora de um bar e no inverno?! Poderiam ter sequestrado e machucado ela! Poderiam ter abusado dela! Você sabe como as coisas estão depois da guerra, que porra!
Lágrimas escorreram pelos meus olhos.
Milhares de coisas poderiam ter acontecido se eles não tivessem aparecido.
Afinal, eu estava bêbada, sozinha, de madrugada.
Poderia muito bem ter sido estuprada.
Pansy: - Draco, cala a boca.
Ele olhou para mim, que estava chorando em silêncio.
Draco: - Foi mal, Granger...
Uau.
Nunca achei que fosse ouvir um pedido de desculpa do Malfoy.
Não foi exatamente um pedido de desculpas, mas ainda é chocante.
Hermione: - A culpa não é sua, não foi você quem fez isso. Foi o Weasley - sussurrei - Sabe, vocês me trataram muito melhor hoje do que os meus amigos em meses. Não culpo Ginny e Harry, afinal, eles estavam cuidando um do outro. Mas Weasley não se importou comigo em nenhum momento.
Diferente dos olhares de muitas pessoas, eles não me olharam com pena. Me olharam com compreensão, carinho e... até mesmo proteção.
Blásio: - Sei que não está acostumada a fazer amizade com sonserinos, mas somos bons amigos. Cuidamos uns dos outros, Granger, e cuidaremos de você como uma de nós.
Hermione: - Sabe, acho que vocês não são tão ruins quanto eu imaginei. Na verdade, acho que vou gostar bastante de passar mais tempo com vocês.
Eles sorriram.
Pansy: - Eu e Blásio precisamos voltar para o dormitório antes que alguém perceba. Você vai ficar bem?
Concordei com a cabeça.
Pansy: - Cuida dela, Draco, ou acabo com você.
Malfoy sorriu de canto.
Blásio: - Não chore por causa desse babaca, Granger.
Sorri.
Hermione: - Pode me chamar de Hermione.
Blásio: - Pode me chamar de Blásio. Tchau, Hermione.
Pansy: - Tchau, amiga. Te vejo amanhã. Você pode comer na mesa da sonserina?
Pensei em responder não, mas eu não queria encarar o Ronald.
E... eu queria estar com eles.
Hermione: - Claro.
Eles sorriram e foram embora, me deixando sozinha com Malfoy.
Draco: - Você precisa de alguma coisa?
Hermione: - Acho que vou tomar um banho.
Draco: - Certo. Qualquer coisa me chama.
Fui até o banheiro do meu quarto e tomei banho, tentando esquecer tudo.
Saí e fui pegar um pijama para vestir.
Merda.
Eu deixei minha mala no quarto da Ginny mais cedo. A única rouba que eu tinha aqui era o meu uniforme de grifinória e a minha roupa suja do bar.
Merda.
Não acredito que eu estava fazendo isso.
Saí do meu quarto de toalha e bati na porta do quarto de Malfoy.
Draco: - Entra.
Abri a porta do quarto, tímida.
Malfoy me olhou, arqueando uma sobrancelha.
Draco: - Precisa de algo?
Hermione: - Deixei minha mala no quarto da Ginny. Pode me emprestar uma camiseta?
Ele sorriu e se levantou, pegando uma camiseta verde - da sonserina - enorme.
Hermione: - Posso usar seu banheiro?
Ele assentiu.
Entrei no banheiro e coloquei a camiseta de Malfoy.
Ela batia nos meus joelhos.
Era estranho vestir roupas da sonserina, mas eu gostei.
Saí do banheiro.
Malfoy riu.
Hermione: - O que foi, Draco?
Ele sorriu com a menção ao seu primeiro nome.
Eu nem pensei em chamá-lo assim. Apenas... chamei.
Draco: - Você é tão pequena, parece um bebê.
Hermione: - Não sou. - reclamei, fazendo beicinho.
Draco: - E age como um bebê. - ele riu.
Continuei com um biquinho.
Ele se aproximou de mim e bagunçou meu cabelo.
Draco: - Um bebê muito fofo.
Bufei.
Draco: - Sabia que você fica linda com as roupas da sonserina?
Corei, e acho que ele percebeu, porque sorriu.
Hermione: - Boa noite, Draco.
Me aproximei e dei um beijo em sua bochecha.
Não sei o porquê fiz isso, mas eu fiz.
Draco: - Boa noite, Hermione.
Sorri e fui até o meu quarto.
Me deitei, tentando dormir.
Mil pensamentos invadiram minha cabeça.
Por que eu fiquei com Rony por tanto tempo? Por que ele me tratou daquele jeito?
O que Ginny acharia do término? Ela ficaria com raiva de mim?
Eu não conseguia dormir.
Eu não queria parecer fraca, mas eu não conseguia ficar sozinha naquele momento.
Eu me sentia... perdida.
É como se minha vida tivesse virado de cabeça para baixo de momento para o outro.
Eu, Harry e Rony éramos família, éramos inseparáveis.
Então Harry fica com Ginny e simplesmente se afasta de nós.
Então Rony me abandona.
Levantei da cama, ouvindo as batidas fortes do meu coração, e bati na porta do quarto de Draco.
Já havia se passado uma hora, será que ele estava dormindo?
Draco: - Entra.
Abri a porta lentamente.
Ainda não acredito que estou fazendo isso.
Draco: - Está tudo bem, Hermione?
Draco parecia realmente preocupado comigo, nunca imaginei que isso aconteceria.
Hermione: - Draco... posso dormir com você?
Uma lágrima teimosa escapou do meu olho.
Eu a sequei.
Draco: - Claro.
Seu olhar transmitia pura compreensão, como se ele me entendesse sem que eu precisasse falar.
Me deitei na cama dele, um pouco tímida.
Draco passou a mão em minha cintura e me apertou contra si.
Draco: - Quer que eu me afaste?
Coloquei minha cabeça em seu peito, o abraçando.
Fiquei em silêncio, sem coragem de pedir que ele me abraçasse.
Apenas coloquei a mão em seu peito e me agarrei a ele.
Draco entendeu e me apertou mais forte.
Draco: - Weasley é um canalha por te perder.
Ele ficou fazendo carinho no meu cabelo e me deixando com sono.
Logo, adormeci.

NOTAS DA AUTORA:
Ninguém nem deve estar lendo isso, mas tudo bem KAKKAKAKAKA

Dramione | Treat You BetterOnde histórias criam vida. Descubra agora