7. Se voce puder ... e quiser

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Era quase 18:00 quando Alfonso deixou sua casa acompanhado por Apolo, que caminhava animado pelas ruas do Chelsea puxando seu humano para algumas pequenas corridas. Ele pegou seu telefone se certificando do endereço que Anahi havia enviado e se sentiu estranho em entrar lá, era um "quase-nervosismo" que o fez sentir patético.

Pelo amor de Deus, ela nem ESTARIA lá.

Ele seguiu, sendo parado por algumas garotas que aparentemente amaram seu bebê gigante peludo. Ele achava graça do sucesso que se cão fazia, era adorável. Não demorou mais do que 15 minutos e lá estava, Church Street n°115. Alfonso se aproximou da porta e pode ouvir alguns latido fininhos e arranhões pelo lado de dentro. Ele observou ao redor por um instante – se certificando que ninguém o olhava – e se ajoelhou, pegando o vaso de flor ao lado da escada e encontrando a chave reserva, bem como Ana havia instruído.

Abriu a porta lentamente – com medo que a bola de pelos caramelo saísse correndo em disparada para fora da casa – enquanto Apolo balançava a imensa cauda branca e empurrava a porta com o focinho.

Alfonso: Ei, tem que colocar sua coleira primeiro, senhorita. – Recuou, contendo Edwiges que realmente quase saiu correndo – pela pequena brecha da porta, agora já fechada.


Ele acendeu as luzes e olhou ao redor enquanto colocava a cadela de volta no chão. Era uma casa bonita, o piso de madeira escura brilhava na sala assim como na cozinha enquanto uma lareira de tijolos dominava quase toda a parede principal. No outro canto, próximo a escada, uma imensa prateleira cheia de livros se acomodava logo acima de uma TV imensa nichada na parede próxima às ... caixas. Haviam caixas empilhadas por todas as partes, algumas semiabertas, mas todas etiquetadas ordenadamente como ele sabia que Anahi faria.

No balcão da cozinha ele encontrou a coleira de Edwiges – que ficou animada ao ouvir o barulho da corrente. Já Apolo não parecia muito feliz com a companhia. O cachorro – muito maior que a bolinha de pelos – deu um suspiro enquanto caminhava, arrastando a coleira atrás de si.

Alfonso: Tudo bem – Disse, pegando as duas correias e abrindo a porta – vamos ver se isso funciona.


Não funcionou. "Caótico" era pouco para descrever. "A pior experiência de passear com cachorros de sua vida" chegava mais próximo.

Edwiges, ele não sabe como, conseguia enrolar sua coleira com a de Apolo mesmo quando Alfonso mantinha as cordas separadas. Enquanto Apolo aproveitava a caminhada, ela corria. MUITO. Ele ficou surpreso vendo o quão forte aquela pequena bolinha caramelo poderia o puxar e, se lembrar de Ana quase caindo no parque sendo levada pelo animal, o fez rir.

Já passava das 19:00 quando eles voltaram. Alfonso trocou a água do potinho ao lado do balcão e viu Edwiges correr, literalmente, com sede ao pote.

Seu telefone zumbiu em seu bolso.

Ana: Você ainda está na minha casa? Edwiges já descobriu como acender fósforo e tacar fogo em tudo?

AHD: Não. Mas acho que está no caminho pra isso!

Ana: 😂😂😂🙈🙈🙈

AHD: Acabamos de voltar e sua cachorra tentou me matar várias vezes. Você agora me deve uma lavagem de carro, uma lustrada e uma pintura nova.
 

Quando ela não respondeu imediatamente, ele ficou um pouco inquieto e começou a digitar novamente.

AHD: Já estou indo, espero que você tenha destruído a vida do babaca do Turner, Portilla.

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