13. Encontro | pt.1

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Primeiro encontro
10:00 hrs

Alfonso estacionou seu Jeep ​​no meio-fio, o plano era ir até sua porta e levá-la até o carro, mas antes que ele pudesse sequer sair do veículo, Anahi desceu as escadas apressada, correndo pela calçada gelada e entrando no carro com um sorriso imenso.

UAU.

Anahi: Olá! – Ela parecia especialmente alegre, com seus cabelos ondulados caindo pelas costas sob uma toca vermelha e um casaco branco grosso, protegendo-a de um frio que Alfonso mal podia sentir. Os lábios rosados pareciam meio molhados, provavelmente com algum tipo de maquiagem que ele não sabia identificar. Seus olhos – mais azuis do que nunca – brilhavam fortemente na luz da manhã. Ela afivelou o cinto e se recostou no banco do passageiro, cruzando as mãos no colo. Ele, por sua vez, achava que ia desmaiar.– Você vai dirigir acima dos quarenta quilômetros por hora nesse Jeep, certo vovô?

Alfonso teve que sair de seu transe total, franzindo o cenho com a brincadeira e embarcando na dela.

Alfonso: Chega! – Disse, apontando para a calçada e tentando não rir quando ela o olhou com olhos arregalados e a boca meio aberta. – Sai do meu carro! – Anahi apenas o fitava, claramente tentando entender se estava realmente falando sério. Ele sorriu. – Te enganar foi muito fácil, Ana. Você está meio enferrujada hoje!

Ela cruzou os braços sobre o peito, tentando parecer seria.

Anahi: Nossa, você é muito malvado! – disse fazendo biquinho e Alfonso quis beija-la ali, naquele instante.

Alfonso: Pare de fingir que está brava! Não vou cair nessa jogada só porque está fazendo bico. – exclamou a fazendo sorrir.

Anahi agarrou seu antebraço com a mão, apertando com força.

Anahi: E você está abusando da sorte. Agora dirija – ordenou – e vamos, pelo menos, tentar atingir o limite de velocidade no nosso caminho para ... – parou, as sobrancelhas levantadas em expectativa.

Alfonso: Para um lugar que você saberá quando chegarmos.

Ana bufou, revirando os olhos e encostando a cabeça no banco. Alfonso gargalhou com seu desespero por descobrir onde iriam e o som de sua risada a fez, finalmente, ceder. Ela levantou uma das sobrancelhas com um sorriso atrevido nos lábios.

Anahi: Estou curiosa para ver o que você planejou, Alfonso Herrera!

Ele ligou o carro, igualmente curioso para ver se tinha acertado dessa vez.

Seria um dia perfeito para Anahi Portilla.

Ele a levou até Hamilton Heights, um bairro calmo ao norte da ilha de Manhattan. Não era um caminho muito longo, mas ele fez questão de dirigir por um labirinto de ruas secundárias que, obviamente, a fizeram ficar perdida. A verdade era que a rota não fora mudada apenas para despista-la, e sim porque ele sabia que as vitrines das pequenas lojas – já todas enfeitadas para as festas de fim de ano – a fariam sorrir.

Alfonso olhou para Ana – que observava o entorno pela janela com os olhos arregalados de animação – e sorriu. Ela estava quietinha, minúscula no meio de seu casaco imenso, mas totalmente interessada em observar o caminho.

Alfonso: Os Natais na Califórnia não eram tão divertidos, eu suponho.

Anahi: Não tão divertidos quanto os daqui! – disse, virando-se para olhá-lo – Não chegavam nem perto! Você sabe ... minha mãe não é muito fã de feriados.

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