GAME NIGHT | VÉSPERA DE NATAL
Nina amava o Natal.
A data era, com certeza absoluta, sua época favorita do ano. Claro, ela adorava a comida: Bolo de nozes e panetones, vinhos, tortas deliciosas, pudins, assados gigantescos e mais vinhos. Ela adorava o cheiro das manhãs, a neve que – com sorte – cobria Manhattan e o clima agradável que se instalava nas ruas, nas casas e, principalmente, entre as pessoas. Durante todo esse período, as relações costumavam ser mais amigáveis e, geralmente, os sorrisos eram mais fáceis de serem arrancados.
E Nina amava sorrisos.
Ela cantarolava uma música natalina para si mesma enquanto ouvia o barulho de vozes vindas da sala de estar. Ela e Ian, geralmente, faziam o Game Night – aquele que Alfonso fora, educadamente, banido há alguns anos, tanto por não ter um par, quanto por ser competitivo demais – uma vez por mês, mas em dezembro, fazer a junção entre a noite de jogos e a tradicional comemoração para os amigos que continuaram na cidade foi a solução ideal. Dentre a correria de preparativos e a compra de presentes, aqui estava ela:
Na cozinha.
Cortando aipo, tomates e cenouras e os organizando em formato de árvore de Natal numa bandeja prata.
Felizmente, todos seus convidados já estavam presentes, exceto dois de seus amigos mais próximos que ainda não haviam dado o ar da graça com seus respectivos pares.
Pares.
Ainda era estranha a ideia de Alfonso finalmente ter se encantado por alguém. Quer dizer, obviamente ele era uma pessoa incrível e ela estava borbulhando de felicidade por ele, mas ... cá entre nós:
Alfonso e sua amiga Gigica fariam um par muito mais bonito.
Secretamente, Nina ainda tinha esperanças de que a apresentação deles esta noite pudesse despertar algo entre os dois e, mesmo ainda não tendo conhecido esse tal carinha que a amiga traria para a festa, não havia maneira nenhuma dele ser melhor do que Alfonso. Herrera era exatamente o tipo de homem que sua melhor amiga precisava.
Porque eles não a escutavam nunca?
Mas que droga!
Ao longo de todos os anos de amizade, Gigica namorou uma série de herdeiros milionários e egocêntricos. Mesmo os homens mais "normais" com quem saíra tendiam a ser completos babacas fora do trabalho. Inclusive, quanto menos se falar daquele filho da mãe do Paul – ex da amiga que, sem dó nenhum, a traíra descaradamente – melhor. A verdade é que Nina nunca chegou a considera-lo como noivo da amiga.
Como poderia? Não havia amor ali.
Foi com deus, aquele babaca.
Ela admirava Anahi por muitas qualidades, mas ser destemida era a principal delas. Deixar a vida na Califórnia e vir para Nova York foi uma medida corajosa e necessária para a amiga. Ela precisava de um novo começo, um novo emprego, longe da mãe – um caso complicado de amor e ódio – e principalmente, longe de todo aquele mundo que a consumia pouco a pouco.
E era por isso que Alfonso, um homem gentil, decente e estável – assim como Ian ... ou mais ou menos como ele – era exatamente o tipo de cara que somaria à vida de Anahi.
Era uma pena que, infelizmente, Nina não conseguira juntar os dois!
Merda ...
A morena soube que algo estava rolando com a amiga em setembro, quando Anahi apareceu radiante em um happy hour entre amigas. Supostamente, ela estava apaixonada por um carinha misterioso que jurava de pés juntos ser o mais próximo de um "professor sexy" que poderia existir.
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Something Stupid | Adapt.
Fanfic"Seis meses" ele disse a si mesmo; Ele poderia ser seu amigo por seis meses. Apenas seu amigo. Mas Alfonso não queria ser apenas um amigo. Ele só gostaria de saber se ela também. - Uma história original de NorthernLights37 - Ao3. Tradução e adap...