25. Feliz Game Navidad | pt. 1

1.2K 127 125
                                    

GAME NIGHT | VÉSPERA DE NATAL

Nina amava o Natal.

A data era, com certeza absoluta, sua época favorita do ano. Claro, ela adorava a comida: Bolo de nozes e panetones, vinhos, tortas deliciosas, pudins, assados ​​gigantescos e mais vinhos. Ela adorava o cheiro das manhãs, a neve que – com sorte – cobria Manhattan e o clima agradável que se instalava nas ruas, nas casas e, principalmente, entre as pessoas. Durante todo esse período, as relações costumavam ser mais amigáveis ​​e, geralmente, os sorrisos eram mais fáceis de serem arrancados.

E Nina amava sorrisos.

Ela cantarolava uma música natalina para si mesma enquanto ouvia o barulho de vozes vindas da sala de estar. Ela e Ian, geralmente, faziam o Game Night – aquele que Alfonso fora, educadamente, banido há alguns anos, tanto por não ter um par, quanto por ser competitivo demais – uma vez por mês, mas em dezembro, fazer a junção entre a noite de jogos e a tradicional comemoração para os amigos que continuaram na cidade foi a solução ideal. Dentre a correria de preparativos e a compra de presentes, aqui estava ela:

Na cozinha.

Cortando aipo, tomates e cenouras e os organizando em formato de árvore de Natal numa bandeja prata.

Felizmente, todos seus convidados já estavam presentes, exceto dois de seus amigos mais próximos que ainda não haviam dado o ar da graça com seus respectivos pares.

Pares.

Ainda era estranha a ideia de Alfonso finalmente ter se encantado por alguém. Quer dizer, obviamente ele era uma pessoa incrível e ela estava borbulhando de felicidade por ele, mas ... cá entre nós:

Alfonso e sua amiga Gigica fariam um par muito mais bonito.

Secretamente, Nina ainda tinha esperanças de que a apresentação deles esta noite pudesse despertar algo entre os dois e, mesmo ainda não tendo conhecido esse tal carinha que a amiga traria para a festa, não havia maneira nenhuma dele ser melhor do que Alfonso. Herrera era exatamente o tipo de homem que sua melhor amiga precisava.

Porque eles não a escutavam nunca?

Mas que droga!

Ao longo de todos os anos de amizade, Gigica namorou uma série de herdeiros milionários e egocêntricos. Mesmo os homens mais "normais" com quem saíra tendiam a ser completos babacas fora do trabalho. Inclusive, quanto menos se falar daquele filho da mãe do Paul – ex da amiga que, sem dó nenhum, a traíra descaradamente – melhor. A verdade é que Nina nunca chegou a considera-lo como noivo da amiga.

Como poderia? Não havia amor ali.

Foi com deus, aquele babaca.

Ela admirava Anahi por muitas qualidades, mas ser destemida era a principal delas. Deixar a vida na Califórnia e vir para Nova York foi uma medida corajosa e necessária para a amiga. Ela precisava de um novo começo, um novo emprego, longe da mãe – um caso complicado de amor e ódio – e principalmente, longe de todo aquele mundo que a consumia pouco a pouco.

E era por isso que Alfonso, um homem gentil, decente e estável – assim como Ian ... ou mais ou menos como ele  – era exatamente o tipo de cara que somaria à vida de Anahi.

Era uma pena que, infelizmente, Nina não conseguira juntar os dois!

Merda ...

A morena soube que algo estava rolando com a amiga em setembro, quando Anahi apareceu radiante em um happy hour entre amigas. Supostamente, ela estava apaixonada por um carinha misterioso que jurava de pés juntos ser o mais próximo de um "professor sexy" que poderia existir.

Something Stupid | Adapt.Onde histórias criam vida. Descubra agora