Something Stupid | Adapt.

23. Grandes Planos | pt. 2

| In Case You Didn't Know - Boyce Avenue |

Anahi: ... E eu preciso que você escute muito bem o que eu vou te falar. É a minha vez de te contar como as coisas aconteceram para mim! – Disse, sentada na bancada, com as mãos dele apoiadas ao lado de seus quadris – E talvez, apenas talvez, você me ache um pouco assustadora ...

Ele deu uma risadinha.

Alfonso: Duvido muito.

Anahi: Apenas ouça, ok?– perguntou, arregalando os olhos, parecendo quase tímida enquanto o olhava de baixo e soltava um suspiro pesado. – A primeira vez que nos vimos, você lembra? – questionou, e ele assentiu – Bem, eu tinha acabado de chegar na empresa. Era tudo muito novo e eu estava literalmente surtando de ansiedade, você sabe como eu sou ...  – afirmou, e ele sorriu em uma resposta silenciosa. – até que eu te encontrei; Sentando, todo sério naquele porão gelado. Não me pergunte a razão, mas a forma como você ficou totalmente sem jeito quando nos falamos me fez sentir cócegas na barriga.

Ele engoliu seco, a vendo sorrir de lado e corar com a lembrança.

Anahi: E eu não tinha certeza do que fazer para falar com você outra vez. Pelo amor de Deus, eu só sabia seu nome, que era gerente de T.I. e que era, com todo respeito, um puta gato. – ela riu, o fazendo sorrir junto. – Então eu tive que me utilizar dessas informações para conseguir me aproximar. Você sabe ... usar meus dotes incríveis de espiã pra algo produtivo. – dessa vez ele mesmo gargalhou e Ana seguiu o observando. – Preciso confessar que alguns problemas no meu computador – pausou, o olhando de relance – bem ... eu mesma causei. – confessou, fazendo um biquinho lindo que Alfonso fez questão de beijar, brevemente.

"Baby, eu sei que você está pensando
Mm, então aqui vai"

Alfonso: Estragando as máquinas da empresa, Ana? – Ele sorriu, prendendo uma mecha dos cabelos loiros atrás da orelha e a vendo encolher os ombros. – Tão pequena e tão vândala.

Anahi: Você é um cara muito difícil, Alfonso Herrera! – afirmou, sorrindo de canto e o vendo franzir o nariz –Eu tive que usar armamentos pesados para te conquistar.

Ele não conseguiu responder, as mãos de Ana cobriram sua boca, o fazendo se calar e apenas ouvir o que viria a seguir.

Anahi: Naquele dia, quando nos encontramos no supermercado, – prosseguiu, logo fazendo uma pausa e mordendo o lábio por um segundo – não foi bem uma coincidência. – afirmou – Eu perguntei ao Christopher em qual mercado você fazia compras e quando costumava ir. – ela sorriu, travessa – Obviamente ele não soube me responder de cara, então eu tive que implorar para que ele descobrisse para mim – concluiu, sem o olhar diretamente – e desde então ele te repassa as ligações do meu andar. Meio que eu o obriguei a isso, espero que não se importe.

Alfonso inclinou a cabeça, uma lembrança vaga de Ucker o questionando sobre supermercados aleatoriamente vindo à sua mente. Ele seguiu em silêncio, apertando os lábios com força, tentando conter sua surpresa.

Anahi: Eu fiquei sentada naquele estacionamento por uns trinta minutos, literalmente congelando só para que pudéssemos nos "esbarrar" – Ela novamente desviou o olhar quando os olhos verdes se arregalaram. – E talvez, só talvez, eu tenha andado com Edwiges algumas vezes ao redor do quarteirão até nos "encontramos" no parque no dia seguinte.

Ele sorriu, incapaz de se conter, e ela começou a relaxar.

Anahi: Naquela noite em que você aceitou vir aqui em casa e passear com ela para mim – continuou, seus dedos começando uma lenta carícia na nuca dele. – Eu poderia ter pedido para que Nina a levasse, ou até mesmo ir eu mesma quando chegasse. Mas eu não quis. – Ana o beijou, lentamente desta vez, sua língua brincando com seu lábio inferior antes de se inclinar para trás. – Eu queria que você viesse para cá e ... não sei – Ela fechou os olhos por um segundo e tudo ficou claro para ele.