𝐕𝐈

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Escócia, 1943Castelo de Hogwarts8 de setembro, 2:01pm

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Escócia, 1943
Castelo de Hogwarts
8 de setembro, 2:01pm

HEAVEN WINDSOR

Cruzo os braços e espero por longos minutos. O jovem de expressão neutra e cabelos escuros como os de um corvo não me encara enquanto argumenta com o vice-diretor. Alvo Dumbledore espera pacientemente, alternando seu olhar entre o jovem astuto ao meu lado e eu. Encolho os ombros, tentando controlar o formigamento na minha pele. Agora não.

— E quais são as ocorrências, Tom? — Dumbledore pergunta, sereno.

— Desrespeito ao Monitor, porte de Criaturas Mágicas nos corredores — ele me olha rapidamente. — E o atraso nas aulas.

Reviro os olhos.

— Tem algo à dizer, Heaven? — o mais velho pergunta.

— Sim, senhor — respondo, firme. — Posso explicar os ocorridos, se me permitir.

— Certamente, não há nada que anule a sua detenção — o jovem bruxo responde, também firmemente. Encaro-o de cima à baixo e solto um riso de escárnio. Mentalmente, reviso receitas de poções e começo a imaginar qual irei usar para matá-lo lentamente. Bastardo arrogante.

Isso não será você que vai decidir — murmuro, afiada como uma lâmina.

— Basta, vocês dois — mantenho a postura ereta e, assim que Dumbledore nos repreende, engulo à seco. — Tom, deixe a moça falar.

De canto de olho, consigo ver a expressão amarga de Tom Riddle. Este acena com a cabeça, rígido. Tenho vontade de rir, no entanto, sei que isto apenas pioraria minha atual situação.

— Certo, muito bem — começo. Repasso mentalmente os acontecimentos do dia e tento achar uma explicação para tudo isso. Não há nenhuma, ou seja, estou encrencada. Não adianta ficar nervosa ou mentir à esta altura do campeonato, então, apelo para a sinceridade. — Fui conhecer os terrenos de Hogwarts e acabei indo longe demais. Minha curiosidade falou mais alto e, como uma boa aluna da Corvinal, acabei entrando na Floresta Proíbida. Não era a intenção atrasar-me para as aulas, Professor.

— E, mesmo assim, você se atrasou — Dumbledore ri, empático. — Enquanto a Criatura Mágica?

— Um pelúcio, senhor — respondo. — Estava ferido e perdia muito sangue. Não pude deixá-lo morrer. Saí da floresta com ele nos braços e, assim que cheguei na escola, me impediram. — encaro Tom, raiva emanando de minhas últimas palavras. — Graças à Merlin, outro aluno o apanhou bem à tempo. Se não fosse por Hagrid, o animal estaria morto agora.

𝐘𝐎𝐔𝐍𝐆 𝐆𝐎𝐃 • tom riddleOnde histórias criam vida. Descubra agora