Squad's

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Capítulo com 9900 palavras 





- Atenção a partir daqui. – Louis disse mais à frente, virando-se para encarar o grupo não patenteado que o seguia em meio as trilhas rochosas com pouca vegetação. O Classe S havia a muito se desfeito de seu singelo sorriso ao responder uma pergunta curiosa pelos recém chegados ao local, adotando uma expressão idoneamente rigorosa, séria. – Bao.M fica no topo dessas montanhas, cercando e percorrendo por toda ela, entre muralhas de gelo e rocha.

Billie e Nick já haviam de distanciado, comunicando-se apenas diante de um único olhar ao ômega, dirigindo-se para longe com os demais integrantes da guarda, todos já habituados ao ambiente em que estavam, sabendo como e para onde iriam. O quarteto lúpus e a dupla de alphas S haviam ficado para trás, acompanhados apenas por Louis.

- Precisam saber de algumas coisas, em primeiro lugar. – O ômega disse, a tsuka de sua katana serpenteando entre seus dedos em um giro categoricamente perfeito. Os olhos azuis vagando pelas paredes altas e rochosas que os cercavam, cuja as quais ele sabia estarem repletas de perigos. Nenhum deles meramente propensos a machucar.

Cada coisa ali possuía um único e primordial objetivo.

Matar.

- Os guardiões de Bao.M matam qualquer coisa que se atreva a pisar em meio a essas montanhas. Basta não ser um guardião e sua presença aqui será integralmente indesejada. – As palavras soaram pesadas, ainda que estivessem sido ditas de forma tão suave e simples pelo Classe S de leão. – Bao.M é a última e mais rigorosa cidade de GuardBao, é também o último lugar em que esperaremos ser atacados, sendo definido dentre todos os guardiões algumas regras existentes aqui que não se aplicam as demais cidades.

O silêncio em meio ao grupo poderia ser quase visual.

- Eles têm permissão para matar imediatamente qualquer um que não seja um guardião, sem que seja preciso uma captura de reconhecimento por vias de falta de objetivos danoso ao local e sua população. – Louis continuou, ciente de que não seria interrompido. – Os motivos para isso não serão lhes dito agora. Por hora, o que precisam saber, é que estarão sozinhos.

O ômega deslizou a kami de volta a saya em suas costas, a lâmina não produzindo qualquer ruído no ato, quase como se o homem que a manuseou sequer tivesse se movido. Silencioso.

- Precisam chegar ao topo, saberão para onde ir e para onde não ir quando estiverem na metade do caminho. – Prosseguiu. – Vocês estão aqui para serem patenteados, e sua última prova será conseguir chegar, vivos, em Bao.M.

Os olhos azuis fúlgidos varreram entre as expressões parcas no rosto de cada membro do grupo. Atentos, todos parecendo absorver cada uma de suas palavras.

- Existem armadilhas naturais e as armadas pelo caminho, até os pontos em que precisam chegar. Guardiões de Bao.M não irão lutar contra vocês ou tentar mata-los, sabem que estamos aqui, então não são algo com que devam se preocupar. – O ômega se afastou, fixando seu olhar nos verdes rutilantes do maior dos lúpus. – Todos vocês já possuem dados e pontos que mostram para qual patente, presumidamente, deverão ir. Bao.M é uma confirmação.

Ele virou-se, dando as costas, alguns passos para longe antes de parar, hesitando em determinado momento antes de olhar sobre o ombro.

O mesmo ponto cujo seus olhos pareciam sempre estarem à procurar.

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