Capítulo 4

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MADLYN

Hoje é o grande dia, o que dia em que iremos nos vingar de cinco monstros que vem infernizando nossas vidas desde que pisamos naquele colégio.

Para ser sincera, nunca achei que algo assim fosse realmente acontecer. Nunca tivemos coragem para ir tão longe. Mas anseio pelo momento em que vamos mostrá-los que também podemos ser fortes, e colocá-los em seu lugar.

Essa manhã desci até mais cedo que o normal. Eu estava disposta para tudo hoje, até para levantar para ir ao colégio assistir aulas insuportáveis.

Logo encontro o meu pai tomando café na cozinha. Enquanto me junto a ele, tenho um enorme sorriso no rosto.

— Bom dia pai.

— Animada pra ir para à escola, o que aconteceu?

Era óbvio que ele estranharia, qualquer um que tivesse contato comigo na verdade. É que não se fica muito animada para ir a um lugar onde debocham de você todos os dias. Mas hoje, tudo seria diferente.

— Nada, só acordei de bom humor.

Eu não contaria a ele sobre os meus planos, mesmo que esse fosse o motivo da minha empolgação.

— Adoro te ver assim Madsmile. — Sorri para ele, havia muito tempo que meu pai não me chamava assim. — Como estão as panquecas?

— Uma maravilha, como sempre. — Elogiei.

— Não vou poder te levar e nem te buscar hoje, vou pedir para o Derick fazer isso, tudo bem? — penso que o destino não poderia ter feito melhor sendo o Derick o nosso motorista, ele fazia vista grossa para tudo, sempre bem discreto.

— Sem problemas. — respondi.

Era até melhor mesmo que meu pai não fosse, do jeito que ele me conhece era capaz de descobrir tudo.

— Já estou indo. — Falei me levantando assim que terminei o café.

— Tão cedo? O que está acontecendo com você, não está aprontando nada não é mesmo? — Pronto. Agora ferrou! Como ele pode desconfiar tanto assim de mim? Por acaso não sou uma filha que nunca se mete em problemas?

— Claro que não pai, é que eu e as meninas ficamos de passar na casa da April hoje. É que aquela ali não levanta da cama por nada. — Menti na cara dura.

— Tudo bem então. Me liga pra avisar que chegou bem.

— Olha a preocupação excessiva. — Disse cantarolando.

Já tínhamos conversado sobre isso. Meu pai precisava ser um pouco mais desapegado, eu não diria liberal, porque isso ele já era na medida do possível. Não teria como eu exigir mais dele.

— Tá legal colega, até mais tarde.

— Até. — Dei um beijo em sua bochecha e sai de casa.

*

Quando já estávamos todas no colégio discutindo os detalhes do nosso plano, April de repente solta uma que foi de acabar com a minha manhã.

— Não sei mais se quero fazer isso. — olhei para ela desacreditada. Sou tentada a voar em seu pescoço. Por algum acaso ela tinha batido a cabeça e perdido completamente o único neurônio que ainda lhe restava?

— Eu sabia! Aconteceu alguma coisa, pode contando.

Não é de agora que eu tinha notado ela estranha, já havia alguns dias para falar a verdade.

—Também percebi isso. — Emmy concordou comigo. — Anda estranha desde que ficamos presa na sala de música.

— Está com medo pelo que o Harvey fez com você? — Pearlyn perguntou com dúvidas da sua repentina mudança de opinião.

Não Se Esqueça De Mim [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora